Dante Voyaller
Um estranho peso em meu corpo faz cada parte da minha pele queimar, uma dor de cabeça infernal dificulta e atrapalha a minha visão e por mais que tente abrir os olhos a luz faz minha íris doer desfocando a visão a minha frente.
Remexo as mãos na tentativa de levá-la aos olhos, mas meus punhos estão presos a correntes apertadas que ao me mexer balançam fazendo pequenos barulhos.
Aos poucos me dou conta do que está acontecendo e sinto raiva por ter baixado a guarda e ter permitido que Donatel me pegasse. Infelizmente a sua volta foi em um dos piores momentos da minha vida e agora me encontro neste estado lastimável e caótico.
Ouso abrir meus olhos mais uma vez e agora consigo focar minha atenção no homem sentado em uma poltrona a minha frente. Donatel fuma um dos meus charutos com as pernas cruzadas e o seu típico sorriso cruel n
EvaPerdi as contas de quantas vezes rolei nesta cama tentando me esquecer do que aconteceu mais cedo e a culpa de ter sido tão inflexível com Dante me consome lentamente. Culpa essa que não deveria sentir, afinal, mesmo que ele tenha sofrido da mesma maneira que eu, ainda tirou a vida dos meus pais e quase me matou, mas me lembrar dos seus olhos magoados depois das minhas duras palavras pesa meu peito de uma maneira que não deveria.Não sei como serão as coisas de agora em diante e não tenho para onde ir. É claro que posso usar o dinheiro das empresas, mas dói pensar que o único lugar que posso ir é o Japão.Encarar Dante de agora em diante será um verdadeiro sacrifício, e não posso negar que amo aquele homem prepotente, mas nada justifica a atrocidade que ele cometeu com minha família, ainda assim, me pergunto como vou descobrir toda
Minhas mãos tremem enquanto seguro os papéis, as lágrimas rolam livres pelo meu rosto e desta vez não reprimo uma única gota. A tanto tempo culpei Dante, o julguei e desejei sua morte, mas os verdadeiros culpados sempre foram nossos pais e no momento o emaranhado de sentimentos que me assolam me deixam em desespero.Sinto-me um objeto que desde o início foi usado, na verdade, nunca tive o direito de escolha, minha vida estava premeditada de acordo com as vontades do meu pai e de Donatel.Aperto os papéis nas mãos atordoada, pois minha vida foi regada de mentiras. Preciso ver Dante, preciso estar perto dele. É claro que ele também omitiu verdades, que também tem sua parcela de culpa em toda essa história, mas no momento o seu pecado se torna irrelevante perante tudo o que nos fizeram passar.— O que tem nesta carta? — Jack pergunta confuso ao me ver chorar.&mda
— Desgraçado, deixe ele em paz — grito procurando por uma arma próxima que possa usar contra Donatel. Apesar desse quarto ser um arsenal, poucas são as armas de combate direto, a maioria são utilizadas em tortura e queima de arquivos.— Maldito o dia que fiz aquela proposta ao seu pai, deveria ter te matado quando tive a oportunidade. — Ele caminha em direção a Dante novamente.— Pouco me importa, vocês são um bando de mentirosos — rosno desferindo uma sequência de chutes que acaba acertando sua costela em cheio, mas ele aproveita aquele momento para travar minha perna com seu braço puxando meu corpo próximo ao seu.— Tenho que admitir que você luta bem, além de ser uma vadia linda como sua mãe. — Aproveita o momento para acariciar meu rosto e a única coisa que sinto é nojo.Tomada pelo impulso e pela
Acordo com uma forte dor de cabeça, meu peito dói, minhas mãos também, bom, para ser sincera todo meu corpo está pesado e dolorido. Um estranho vazio consome cada parte do meu ser e a tristeza domina meu coração.Abro os olhos com dificuldade gemendo com a claridade que recebo em meus olhos. Levo as mãos até o rosto para afastar a luz que insiste em machucar minha retina e me surpreendo ao sentir minhas mãos enfaixadas.Passo os dedos sobre as fitas e faço uma careta ao sentir sensibilidade em certos locais. Respiro profundamente conforme meus olhos finalmente se acostumam com a claridade e por um momento me sinto entorpecida pela sonolência, mas flashes da noite passada me deixam em desespero. Meus olhos transbordam ao perceber que havia perdido mais uma pessoa preciosa para mim.Choro silenciosamente deixando que as lágrimas diminuam o nó que se forma em minha garg
Frase“Não julgue o livro pela capa, nem o homem pelos seus erros, antes de tudo você precisa conhecer os dois lados de uma moeda”SinopseEva Becker sempre foi regada de amor e carinho e apesar de ser envolvida por regalias e mimos nunca foi uma menina medíocre e arrogante, muito pelo contrário, a gentileza sempre dominou seu interior, mas uma reviravolta em seu mundo acontece quando todos os seus familiares são mortos diante dos seus olhos pela pessoa que ela mais confiava.Tomada pelo desejo de descobrir a verdade por trás de seu passado e matar o homem que destruiu a sua vida, Eva Becker dedica o seu tempo a intensos treinos e depois de onze anos volta em busca de vingança. Ela com toda certeza mataria aquele que destruiu sua vida no passado e colocaria um fim no homem que se denominava “O dragão de Veneza”.
Abro meus olhos com dificuldade e me arrependo no exato momento em que o faço, uma vez que dores terríveis se espalham por todo meu corpo.Mal consigo enxergar. Sinto meu peito pesar e uma forte ardência se espalhar pelo meu tórax. É uma sensação estranha e ao mesmo tempo dolorosa.Forço alguns movimentos, mas os vários fios enroscados em meus braços não permitem que eu faça muito esforço. Gemo baixinho sentindo a dor constante, insistente e sem piedade dominar meu peito.Com muita resistência foco minha visão e percebo estar em um quarto de hospital com vários médicos a minha volta, alguns me olhando de forma assustada e desesperada, até que de repente um bombardeio de perguntas chove em minha direção.Eles estavam confusos e curiosos, mas eram perguntas das quais eu não tinha respostas. A única coisa que
Ansiedade me define. Nem posso acreditar que depois de onze anos pisarei novamente em solo italiano e a cada pequena turbulência do avião em meio as nuvens espessas meu coração se acelera em ansiedade.Apesar das cansativas horas de viagem do Japão à Itália finalmente ouço o piloto anunciar nosso pouso.E uma vez que desembarco, abro os braços respirando profundamente o ar do meu doce e amado país. Desembarcar em solo norte italiano me faz relembrar os bons momentos do meu passado ignorando os ruins. Senti tanta falta desse lugar maravilhoso.— Como eu senti falta desse país maravilhoso — falo para mim mesma, sem me importar com as pessoas que desembarcam ao meu redor me observando desconfiadas.Após pegar minha mala na esteira procuro por Robert, um amigo que considero irmão.A lotação de pessoas ao me r
Fico boquiaberta ao olhar para casa que estava a minha frente.Esses ricos de merda que não sabem dar valor ao dinheiro suado que eles mesmo ganham, desço do carro irritada.— Está casa é sua? — pergunto indignada chutando sua bunda.Como ele não esperava o ataque repentino bate a cabeça no porta-malas do carro que estava aberto, pois estava pegando as malas.— Sua cretina. — Me lança um olhar mortal passando a mão na cabeça onde havia batido. — Se você quisesse algo mais simples ficasse em um hotel — grita irritado.Sorrio cruzando os braços. Irritar Robert sempre foi algo maravilhoso e nem depois de longos anos ele não perde seu jeito explosivo e carrancudo.O bom de tudo isso é que posso usar sua própria fúria contra ele mesmo.— Você me odeia é isso? — Faço um b