Tomei um banho para me acalmar, e finalmente as lágrimas pararam de sair e meus olhos ficaram muito secos, vermelhos e inchados.
Juliana me esperava do outro lado da porta do banheiro, visivelmente preocupada e agitada. Ela nunca tinha me visto daquele jeito e não sabia o que fazer ou dizer para eu me sentir melhor.
- Está tudo bem. – falei com a maior estabilidade que consegui.
- Estou me sentindo uma péssima amiga por ter que ir trabalhar nesse segundo. – ela parecia verdadeiramente angustiada.
- N&ati
Havia tantas flores ao meu redor que eu estava ficando ligeiramente zonza. E todas eram excepcionalmente brancas, com algumas gotas de água sobre as pétalas como se tivessem acabado de ser regadas. Dei um passo adiante, totalmente perplexa com aquele lugar, e comecei a notar que era uma espécie de labirinto. Várias camadas formando um círculo cada vez menor, levando até uma pequena câmara no centro. Eu não fazia ideia do que estava fazendo naquele lugar, e estava começando a ficar sinceramente curiosa. Afinal, onde estava Sam? Ele já deveria ter chegado. Nós est&aa
As luzes brilhando estavam me incomodando profundamente, bem como a música excessivamente alta naquela casa imensa e desconhecida. O que, diabos, eu estava fazendo naquele lugar? Por que eu tinha que ter cedido as suplicas de Sam? Eu nunca mais ia cair nas lamentações dele na minha vida! Percebi um movimento ao meu lado, um garoto movendo os lábios, mas eu não conseguia ouvir uma única palavra por causa daquele som insuportável. Olhei para ele com a testa franzida, e ele riu abertamente. - Oi? – ele se inclinou para falar diretamente no meu ouvido.
Abri os olhos, repentinamente desperta, e encarei o teto do quarto. A noite passada parecia um sonho distante e confuso. Mais uma vez jurei que jamais voltaria para uma festa daquele tipo em toda a minha vida. Me sentei, ainda me sentindo um pouco mau humorada, e observei Sam dormindo no colchão no chão, de boca aberta e barriga para baixo. Como é que aquele babaca sempre me convencia a ir naqueles locais que eu odiava? Taquei um travesseiro na cara dele com força. - O quê? – ele gritou, desperto e assustado.&n
- Você vai aceitar sair com ele? – Sam perguntou, deitado na minha cama e com as pernas para o alto, apoiadas na parede. - Não sei. – respondi abrindo meu guarda roupa e observando minhas roupas – Acha que eu devo? - Não sei. Ele era atraente? – ele começou a jogar uma bola de tênis contra a parede. - Para dizer a verdade, era sim. – respondi pensando em seus olhos escuros, na maciez dos lábios. Sam se sentou e me observou empurrar os cabides de um lado para o outro mecanica
- Pensei que estava num encontro. – Sam abriu a porta da casa usando apenas uma calça de moletom. - Está acompanhado? – perguntei olhando através dele. - Não, mas você não deveria? – insistiu. - Sei lá. – respondi passando por baixo do seu braço. - O que aconteceu? – Sam me seguiu, muito sério e preocupado – O que ele fez? Me joguei no sofá da
Enquanto eu estava suada, ajeitando algumas caixas que estavam fora do lugar nos meus últimos dez minutos, meu celular apitou. Retirei ele do bolso e constatei que Muriel havia me mandando uma mensagem. “Oi. Como você está?” Sério? Só isso? Revirei os olhos e terminei o que estava fazendo. “Só queria dizer que adorei nosso encontro ontem.” Sentei numa cadeira e fiquei encarando a tela. Será que eu deveria responder?&n
O dia seguinte passou incrivelmente devagar, mas sem clientes excessivamente chatos para acabar com clima do trabalho. Eu estava ansiosa por saber que encontraria Muriel, e minha mente teimava em se afastar da realidade o tempo todo. Onde iriamos? Será que dessa vez acabaria sem um clima estranho? Passaríamos mais tempo nos beijando do que da outra vez? Isso me dava um frio na barriga... Quando finalmente fui para casa, gastei um bom tempo no banho e depois ajeitando o cabelo e a roupa e, quando finalmente fiquei pronta, meus pais estavam sentados na sala apenas esperando que eu aparecesse. - Você está linda, quer
- Acho que ele está jogando com você. – Sam disse depois que acabei de contar tudo que tinha acontecido. - Jogando como? E por quê? – insisti, deitada ao seu lado. - Sei lá, Sarah. Alguns caras são muito babacas. – seu tom era levemente hostil – Ele queria... você sabe, algo mais. - Sim. E eu disse não e ele parou. – concordei. - Isso não é nada além do mínimo, você sabe. – ele virou o ro