- Você gosta do seu trabalho? – Eduardo me perguntou enquanto estávamos sentados lado a lado no tapete macio da sala.
Juliana tinha capotado no sofá há mais ou menos meia hora, deitada de lado, num sono pesado e profundo que não se alterara por nenhuma palavra que dissemos desde então.
- Na verdade, não. – respondi, sorrindo – Foi o que eu consegui primeiro.
- Você estava com pressa, não é? – ele comentou.
- Sim, eu precisava recomeçar o quanto an
- Até que enfim te encontro em casa. – Juliana comentou quando entrei. Revirei os olhos, sorrindo para seu comentário exagerado. No último mês, Eduardo e eu havíamos nos aproximado ainda mais. Nos encontrávamos quase todos os dias, e algumas vezes eu dormia em sua casa, mas Juliana tinha horários tão loucos que ignorava as noites que eu passava sozinha no nosso apartamento. - Então... – ela me olhou com aqueles olhos brilhantes e curiosos – Vai me contar? - Contar
Sam - Sam, não! – Liz gritou, me puxando por um dos braços. Eu estava cego de irritação, lançando meu corpo para aquele imbecil que eu adoraria nunca mais ter encontrado em toda a minha vida, e que agora me olhava com um uma expressão irritada. - Me solta. – pedi para ela, com a voz mais gentil que pude manter. Me afastei rapidamente, louco para me colocar para fora daquele lugar. Eu sabia que era uma péssima ideia voltar para aquela cidade.&n
Passei as pernas ao redor de Eduardo, me sentando em seu colo, e continuei nossos beijos com ainda mais intensidade do que anteriormente. Ao fundo, o som do filme se perdia enquanto nos concentrávamos um no outro cada vez mais. Estávamos juntos a cerca de três meses. Grande parte desse tempo passamos nos beijando dessa forma, ávidos por mais, mas nunca indo adiante. Eu sabia que ele queria, uma parte de mim também queria, no entanto, sempre parávamos quando parecia que iria acontecer algo mais. Me afastei do seu corpo, com a respiração completamente alterada, e fui até a cozinha para beber um copo de água. Eu queria me acalmar, relaxar toda aquela tensão que est
Sam - Sam, o seu Sam? – escutei o dono da livraria dizer ao meu lado. Eu estava petrificado no lugar, encarando Sarah. Ela estava estonteante num vestido marcado na cintura, os cabelos soltos, maiores do que eu me lembrava, caindo pelos ombros e os olhos muito abertos. Eu era o seu Sam? Eles haviam conversado sobre mim? - O que está acontecendo? – Liz surgiu ao meu lado, alheia à atmosfera confusa que tinha se estabelecido. Assim que seus dedos tocaram m
Saí da livraria com as pernas completamente bambas e os olhos marejados. Não era possível que Sam estivesse justamente ali, naquele dia, bem ao lado de Eduardo. - Sarah? – Eduardo saiu atrás de mim, preocupado. - Desculpe. – pedi, começando a andar pela calçada. Eu precisava me afastar o máximo possível, mas Eduardo me seguiu. Eu não tinha condições de falar com ele naquele momento, explicar porque eu estava tão abalada. - Sarah. – sua m&atild
Tomei um banho para me acalmar, e finalmente as lágrimas pararam de sair e meus olhos ficaram muito secos, vermelhos e inchados. Juliana me esperava do outro lado da porta do banheiro, visivelmente preocupada e agitada. Ela nunca tinha me visto daquele jeito e não sabia o que fazer ou dizer para eu me sentir melhor. - Está tudo bem. – falei com a maior estabilidade que consegui. - Estou me sentindo uma péssima amiga por ter que ir trabalhar nesse segundo. – ela parecia verdadeiramente angustiada. - N&ati
Havia tantas flores ao meu redor que eu estava ficando ligeiramente zonza. E todas eram excepcionalmente brancas, com algumas gotas de água sobre as pétalas como se tivessem acabado de ser regadas. Dei um passo adiante, totalmente perplexa com aquele lugar, e comecei a notar que era uma espécie de labirinto. Várias camadas formando um círculo cada vez menor, levando até uma pequena câmara no centro. Eu não fazia ideia do que estava fazendo naquele lugar, e estava começando a ficar sinceramente curiosa. Afinal, onde estava Sam? Ele já deveria ter chegado. Nós est&aa
As luzes brilhando estavam me incomodando profundamente, bem como a música excessivamente alta naquela casa imensa e desconhecida. O que, diabos, eu estava fazendo naquele lugar? Por que eu tinha que ter cedido as suplicas de Sam? Eu nunca mais ia cair nas lamentações dele na minha vida! Percebi um movimento ao meu lado, um garoto movendo os lábios, mas eu não conseguia ouvir uma única palavra por causa daquele som insuportável. Olhei para ele com a testa franzida, e ele riu abertamente. - Oi? – ele se inclinou para falar diretamente no meu ouvido.