Na festa de comemoração…
— O quê há de errado com os jovens hoje? — Marcélia questionava diante das coisas recém ditas por sua filha e genro.
— Mãe, eu já disse que não iremos à lua de mel agora. É completamente desnecessário, e meus filhos precisam de mim. — Alyssa dizia se recusando a deixar as crianças para passar a noite em um hotel com Christopher.
Para uma mãe como Alyssa era, os pequenos vinham primeiro e sobre qualquer coisa.
O CEO sorriu admirando a esposa, tinha uma tremenda mulher ao seu lado e com certeza ouvi-la dizer "meus filhos" fez com quê Christopher soubesse, que de fato, ela amava sua filha como se fosse dela.
— Certo, não discutirei com você Alyssa. Mas pense em vocês também, vejo-a todo o tempo vivendo para as crianças. As crianças crescem, mas você deverá ainda ter Chris ao seu lado. — Marcélia terminou, batendo no ombro de Christopher.
O maior sabia o quê sua
Em qualquer outra realidade, Alyssa acordaria nos braços de Christopher, eles se dariam bom dia e sorririam achando um ótimo dia para os recém casados.Na realidade deles, Alyssa foi despertada pelas batidas. Levantou-se da cama a contra gosto e abriu a porta do quarto.— Ok! — Louise disse tampando os olhos. — É algo urgente, mas cunhada, por favor se vista.O comentário fez com quê Alyssa batesse a porta contra o batente e correu para o closet buscando o quê vestir.Se Louise há viu nua, provavelmente já teria somado um mais um e o resultado eram dois na cama. O CEO e ela tiveram uma noite quente, o quê já há fazia por si só corar. Alyssa não imaginaria o que faria com os comentários e indiretas que provavelmente surgiriam de Louise por saber sobre eles.Depois de cobri
Três meses passaram-se voando…Diante dos constantes enjoos, e das emoções voláteis, Louise fez questão de insistir em que Alyssa devia mesmo fazer o teste de gravidez.Ela achava que devia esperar um pouco mais, do contrário estaria ansiosa se não fosse um resultado conclusivo.Queria também estar ao lado do CEO para que descobrissem juntos, mas Louise a havia passado toda a semana insistindo e não via outro remédio.As crianças dormiam no quarto, e Alyssa pediu então para quê Louise os cuidasse.— Compre todos, vai ser divertido poder confirmar os resultados.— Dois são suficientes. — Alyssa disse rindo.— Não, pelo menos traga três. — A mais nova insistia.— Tudo bem. — Alyssa cedeu. — Meu táxi já chegou, cuide deles até eu voltar.Checando mais uma vez seus filhos, Alyssa garantiu-se que dormiam bem, e olhando no relógio,
Já passavam das vinte e quatro horas, e nada de Alyssa despertar. Todos aqueles aparelhos conectados a ela, deixavam o CEO ciente de quê sua esposa estava em estado crítico.Seu braço direito estava enfaixado e sua perna imobilizada, além de inúmeros exames aguardando respostas.— Eu devia ter chego mais cedo do trabalho, se eu estivesse com você, nada disso teria acontecido… — Christopher lamentava segurando sua mão.Ele não tinha ideia, mas apesar de não conseguir o controle de seu corpo, nem mesmo para abrir os olhos, ela o ouvia e só queria poder lhe dizer que ele não tinha culpa em nada.O calor das lágrimas de Chris caindo sobre a palma de Alyssa, a fez saber que ele chorava, então um sentimento arrasador se lançava em seu peito.No monitor, as batidas acele
Poderia estar de noite, ela supunha pelo silêncio no lugar.Tudo estava quieto demais e Alyssa simplesmente não conseguia dormir, talvez fosse porque tecnicamente já estava dormindo.A agonia por não conseguir o controle de si própria a remoia minuto a minuto, fazendo com que tivesse a certeza de que nunca sairia daquele coma.Com os pensamentos negativos e outros lamentos, ela passou a madrugada discutindo consigo mesma sobre o quão foi idiota ao fugir sem pensar pra onde iria.Quando o dia chegou, ela pôde sentir a luz do sol aquecê-la. Era um novo dia.A movimentação ao seu redor se fez presente, e então pelas conversas concluiu que seus irmãos entraram no quarto.— Acha que ela vai acordar mano?— Você sabe, ela é nossa irmã, ela prometeu cuidar da gente até o nosso casamento. Com certeza ela vai acordar e vai nos dar uma bronca grande por termos trincado
"Eu tenho que acordar, eu tenho que acordar". Foram os pensamentos em que Alyssa passou a focar por meses.Agora que sabia de sua gravidez, queria lutar para que assim pudesse dar vida a seu pequeno.Não podia tocar sua barriga, saber o quão grande estava, as visitas de familiares passaram a ser novamente escassas e Alyssa perguntava-se dia atrás dia se realmente era tão forte quanto Chris a achava.Ela tinha que pelo bem de seus filhos ser, não só aquela nova vida dependia dela, mas Charlotte, Bernardo, Christopher, sua mãe e seus irmãos. Todos querendo-a de volta com eles, e a apoiando todos os dias."Tenho que ser forte!", gritou uma última vez consigo mesma.De repente era isso, Alyssa estranhou a vista clarear, a sua frente figuras embassadas e nada fazia sentido.— Aí! — Gritou Alyssa sentindo-se estranha.Dormindo ao seu lado, Christopher acordou com o
Ela acordou momentos depois, com o estranho homem apertando sua mão.Ele estava sentado em um banco perto de sua cama, com a cabeça recostada na maca e a mão direita segurando a de Alyssa.Retiraria sua mão de imediato de perto dele, se não fosse porque o maior parecia ter pesadelos.- Lyss... Lyss... - Ele a chamava. - Por favor acorda... - Murmurava.Ela o estranhou, mas ele parecia a conhecer e com certeza ela havia perdido algo do qual realmente não conseguia se lembrar.Vendo-o daquele modo, Alyssa deixou que ele segurasse sua mão e passou a acariciar os cabelos do estranho.- Eu estou aqui. - Ela o disse, vendo as expressões do homem relaxar.Passou algumas horas até que o CEO despertasse de seu sono, ele não havia dormido bem desde o acidente de Alyssa e agora seguro de que ela estava bem, seu corpo se rendeu ao cansaço.Abriu os olhos lentamente, e per
Beija-lá. Christopher estava surtando com o pedido de Alyssa. Tudo o que ele mais queria era beijá-la. Mas não uma estranha, não uma versão mental mais nova da esposa.Ele queria sua Alyssa, a Alyssa com todas as recordações do quê passaram juntos.Ele não tinha ideia do quê responder exatamente para o pedido.- Ah, é na testa. Não como está pensando. - Alyssa esclareceu depois do silêncio de Chris.- Anh, claro. Tudo bem. - Ele assentiu, sem graça por ter pensado demais.Inclinou-se sobre Alyssa e depositou um beijo em sua frente. Parou a milímetros de seu rosto, inalando o cheiro de seus cabelos recém lavados.Ele mesmo havia trago o shampoo de casa, porque praticamente vivia no hospital.O cheiro natural de Alyssa, com a fragrância de maracujá e côco, traziam uma paz que ele não sentia a muito tempo.Alyssa o encarou, o homem estava muito perto e par
Ele voltou, sem ninguém, o quê fez Alyssa estranhar e o perguntar.— Onde foram todos?— Pra casa. Achei melhor assim.— Eles queriam me ver, aquela mulher mais velha é minha mãe? Não é? — Alyssa fez outra pergunta, cabisbaixa.— É sim.— Então, acho que eles precisavam curtir as meninas. Não acredito que estraguei.— Ei, você não estragou nada. — Christopher pegou em seu queixo levantando sua cabeça. — Vocês três terão alta amanhã, vamos pra casa e uma festa de boas vindas estará esperando por vocês.Ouvir que fariam uma festa fez com quê Alyssa se animasse e olhasse para as garotinhas.— Chris, nós…— O quê foi?— Lembrei de nosso casamento. Mas tudo ainda está fora de ordem e eu não acredito que estamos em dois mil e vinte um. — Ela falava de seus medos, segura de que os podia contar a ele.<