Poderia estar de noite, ela supunha pelo silêncio no lugar.
Tudo estava quieto demais e Alyssa simplesmente não conseguia dormir, talvez fosse porque tecnicamente já estava dormindo.
A agonia por não conseguir o controle de si própria a remoia minuto a minuto, fazendo com que tivesse a certeza de que nunca sairia daquele coma.
Com os pensamentos negativos e outros lamentos, ela passou a madrugada discutindo consigo mesma sobre o quão foi idiota ao fugir sem pensar pra onde iria.
Quando o dia chegou, ela pôde sentir a luz do sol aquecê-la. Era um novo dia.
A movimentação ao seu redor se fez presente, e então pelas conversas concluiu que seus irmãos entraram no quarto.
— Acha que ela vai acordar mano?
— Você sabe, ela é nossa irmã, ela prometeu cuidar da gente até o nosso casamento. Com certeza ela vai acordar e vai nos dar uma bronca grande por termos trincado
"Eu tenho que acordar, eu tenho que acordar". Foram os pensamentos em que Alyssa passou a focar por meses.Agora que sabia de sua gravidez, queria lutar para que assim pudesse dar vida a seu pequeno.Não podia tocar sua barriga, saber o quão grande estava, as visitas de familiares passaram a ser novamente escassas e Alyssa perguntava-se dia atrás dia se realmente era tão forte quanto Chris a achava.Ela tinha que pelo bem de seus filhos ser, não só aquela nova vida dependia dela, mas Charlotte, Bernardo, Christopher, sua mãe e seus irmãos. Todos querendo-a de volta com eles, e a apoiando todos os dias."Tenho que ser forte!", gritou uma última vez consigo mesma.De repente era isso, Alyssa estranhou a vista clarear, a sua frente figuras embassadas e nada fazia sentido.— Aí! — Gritou Alyssa sentindo-se estranha.Dormindo ao seu lado, Christopher acordou com o
Ela acordou momentos depois, com o estranho homem apertando sua mão.Ele estava sentado em um banco perto de sua cama, com a cabeça recostada na maca e a mão direita segurando a de Alyssa.Retiraria sua mão de imediato de perto dele, se não fosse porque o maior parecia ter pesadelos.- Lyss... Lyss... - Ele a chamava. - Por favor acorda... - Murmurava.Ela o estranhou, mas ele parecia a conhecer e com certeza ela havia perdido algo do qual realmente não conseguia se lembrar.Vendo-o daquele modo, Alyssa deixou que ele segurasse sua mão e passou a acariciar os cabelos do estranho.- Eu estou aqui. - Ela o disse, vendo as expressões do homem relaxar.Passou algumas horas até que o CEO despertasse de seu sono, ele não havia dormido bem desde o acidente de Alyssa e agora seguro de que ela estava bem, seu corpo se rendeu ao cansaço.Abriu os olhos lentamente, e per
Beija-lá. Christopher estava surtando com o pedido de Alyssa. Tudo o que ele mais queria era beijá-la. Mas não uma estranha, não uma versão mental mais nova da esposa.Ele queria sua Alyssa, a Alyssa com todas as recordações do quê passaram juntos.Ele não tinha ideia do quê responder exatamente para o pedido.- Ah, é na testa. Não como está pensando. - Alyssa esclareceu depois do silêncio de Chris.- Anh, claro. Tudo bem. - Ele assentiu, sem graça por ter pensado demais.Inclinou-se sobre Alyssa e depositou um beijo em sua frente. Parou a milímetros de seu rosto, inalando o cheiro de seus cabelos recém lavados.Ele mesmo havia trago o shampoo de casa, porque praticamente vivia no hospital.O cheiro natural de Alyssa, com a fragrância de maracujá e côco, traziam uma paz que ele não sentia a muito tempo.Alyssa o encarou, o homem estava muito perto e par
Ele voltou, sem ninguém, o quê fez Alyssa estranhar e o perguntar.— Onde foram todos?— Pra casa. Achei melhor assim.— Eles queriam me ver, aquela mulher mais velha é minha mãe? Não é? — Alyssa fez outra pergunta, cabisbaixa.— É sim.— Então, acho que eles precisavam curtir as meninas. Não acredito que estraguei.— Ei, você não estragou nada. — Christopher pegou em seu queixo levantando sua cabeça. — Vocês três terão alta amanhã, vamos pra casa e uma festa de boas vindas estará esperando por vocês.Ouvir que fariam uma festa fez com quê Alyssa se animasse e olhasse para as garotinhas.— Chris, nós…— O quê foi?— Lembrei de nosso casamento. Mas tudo ainda está fora de ordem e eu não acredito que estamos em dois mil e vinte um. — Ela falava de seus medos, segura de que os podia contar a ele.<
Uma semana mais tarde...- Já está mais do quê na hora de dá-las um nome. - Marcélia disse depois de notar que não poderia continuar se referindo às netas como "bebês" ou "gêmeas".Christopher também queria mais do quê tudo que Alyssa se interessasse por escolher os nomes, mas por algum motivo do qual ela não queria falar, simplesmente se negava a lhes colocá-los.Olhando para ela, da janela da sala que tinha vista para o jardim, Chris a podia ver brincando e saltando com as crianças. Sua recuperação era rápida, mas ele se perguntava se aquilo era a custo de sua memória.Antes que ele pudesse responder, seu telefone recebeu uma chamada de seu advogado particular e o CEO estranhou.Seu advogado, Leon Santin, nunca o chamou por motivos fúteis e só este fato já é para se temer.Atendeu a ligação e depois do quê ouviu, simplesmente perdeu o chão.- Como assim audiência
Os dias se seguiram...Com a intimação para comparecer a audiência em breve, o CEO deixou-se afastar das rédeas da empresa para dedicar tempo à família.Em sua mente tinha a certeza de quê mesmo que tivesse provas contra as acusações de Cecília, ela ainda tinha uma grande possibilidade de ganhar o júri, fosse com uma atuação falsa ou comprando todos os jurados.No dia em questão, Christopher está sentado no tapete de atividades da sala, olha para Alyssa, quem brinca com as crianças, mas não olha em seus olhos.- Lyss, eu não...- Não quero falar sobre isso. - Disse ela o calando a tempo.Tudo que ela precisava era esquecer, em sua mente foi assustador acordar abraçada ao CEO, e senti-lo cutucando sua entrada, tão firmemente quanto o havia sentido naquela manhã.Ele queria explicar que não fez por mal, acabou aninhando-se com ela por costume e simplesmente era algo natura
— Pode me sol...tar? — Perguntou depois de não aguentar ser esmagada contra Christopher.Ele deixou que ela respirasse novamente, mas naquele dia em especial ela sabia que ele não a deixaria tão fácil. Via nos olhos do homem o quanto ele precisava estar perto dela e sentiu pena que não pudesse ser a Alyssa que ele queria.Ele a levou para dentro do closet novamente, escolheu um pijama e entregou para quê ela vestisse.— Estamos no meio da tarde, não tenho vontade de dormir.— Não é minha intenção abusar, mas estou morrendo de sono a semanas e dormir perto de você me ajuda. Pode deitar comigo?Alyssa o fitou por um longo tempo e antes que pudesse lhe dizer não, ele se antecipou.— É só até eu dormir, depois pode ir almoçar ou brincar com as crianças. — O maior já quase lhe implorava.Ela olhou para a cama, para o CEO e para o pijama. Se importava com Chris, era
Haviam muitas coisas cruzando a mente de Christopher Hemsworth, o que o fez se levantar abruptamente quando seu nome foi chamado.O nervosismo de fato já estava presente desde quê soube que teria de passar por uma audiência, e apesar de Leon Santin ter sua total confiança e os melhores resultados nos tribunais, as emoções o sufocaram fortemente por ter de ver Cecília à sua frente.No fundo, pressentia que as coisas não lhe cairiam bem.Sentados nas cadeiras, com os advogados debatendo quem oferecia as melhores condições sobre a guarda unilateral, o fez saber que o advogado realmente estava dando tudo de si.Mas então, Leon demonstrou provas de que Cecília não poderia ser uma boa guardiã e pelo descaso com que o juiz olhou para as provas, Chris soube;A terrível mulher só poderia estar usando do dinheiro que dispunha dos cofres públicos para comprar o juiz.Quando a audiência chegou ao fim, o homem deu p