Esposa por obrigação do mafioso
Esposa por obrigação do mafioso
Por: Lilly Fen
será que ela vai gostar de nós?

Próximos livros;

1;ESPOSA POR OBRIGAÇÃO DO MAFIOSO

2; O ARREPENDIMENTO DO MAFIOSO

3; A TENTAÇÃO DO MAFIOSO

PRÓLOGO

HIROSHI YAKUZA

—VOCÊ É UMA DECEPÇÃO!

Anos depois, ainda ouço as palavras ásperas e degradantes de meu pai ininterruptamente.

— Por que você não pode ser mais parecido comigo, hein?

Todas as minhas memórias de meu pai estão contaminadas por sangue, insultos e dor. Gosto de pensar que não sou nada como ele, pelo menos tento não ser.

Por ele.

Fico olhando para o menininho que se parece com meu irmão, dormindo na cama de carrinho que comprei para ele quando eles se mudaram. Como uma criatura tão pura pode ser o resultado de muitas mentiras e traições?

Não vi nada além de escuridão, não senti nada além de frio durante os últimos quatros anos em que meu irmão estava desesperado procurando pela sua família.

Quatros anos onde matei, trapaceei, menti e mutilei para chegar onde estou hoje.

Para manter meus irmãos seguros e tirar tudo do meu pai.

Eu forcei esta cidade a se curvar a mim até que se tornou minha cadela. Demorou um pouco para me estabelecer, Tommaso governou com punho de ferro por muitos anos até que o rei caiu.

Do seu sangue e cinzas, eu nasci.

A satisfação percorre cada célula do meu corpo toda vez que me lembro da queda do meu criador, Tommaso Yakuza, em desgraça. Não foi fácil e levou mais tempo do que eu gostaria, mas finalmente tirei tudo dele e manchei sua imagem até que os únicos sussurros que ouvi sobre meu pai foram gritos e maldições de raiva e o título imperdoável de rato.

Mesmo assim, muitos o adoram e esses são os inimigos que ganhei.

Esses são os responsáveis pelos terríveis acontecimentos de hoje. Meu pai não podia continuar vivendo sem pagar pelos pecados contra meu irmão.

Contra todas as pessoas de quem gosto.

Ele era uma nuvem sombria sobre a segurança e o bem-estar da minha família. Por isso, eu cuidei dele.

Bem a tempo, eu penso comigo mesmo. Jamais teria permitido que aquele monstro respirasse o mesmo ar e vivesse no mesmo mundo que este anjo.

Meu sobrinho.

Tudo o que fiz foi por eles.

Minha família.

E não tive remorso em matar minha mãe e eliminar essa poeira negra e tóxica.

Foi melhor assim.

— Precisa de ajuda?

Virei o rosto bruscamente e vi minha cunhada sorrindo para mim, não ouvi o apito do elevador indicando sua presença.

— Yuki disponibilizou seu código.

Ela revirou os olhos enquanto dizia isso, neste momento estou imaginado o drama que meu irmão aturou para aceitar que ela subisse mesmo reconhecendo nossas regras.

— Conhece as regras?

— Foram feitas para serem quebradas.

Ela sorriu revirando os olhos novamente.

— Vim ajudá-lo a vestir.

Ergue minha sobrancelha confuso, ela mencionou isso com tanta tranquilidade que seja a ser normal aos meus olhos.

Ela é louca ou não liga mesmo para as nossas regras.

— Nós confiamos muito em você, Yuki o admira muito, duvido que ficará chateado por ajuda-lo a vesti-lo para seu casamento.

Ela diz sorrindo desafiando-me.

Ela é louca ou seu mundo é louco. Penso comigo mesmo e retribuo o sorrio falsamente.

— Onde é seu quarto?

Ergui uma sobrancelha enquanto eu olhava para ela tentando compreender a porra que ela acabou de dizer.

— Vai ao casamento assim?

Ela repetiu novamente.

— Quer me lavar?

Perguntei no tom de piada e ela sorriu balançando sua cabeça inacreditavelmente.

Olhou para as escadas e fez o caminho rapidamente.

— Não autorizei, droga.

Nos bolsos das minhas calças, procurei pelo meu telefone e digitei rapidamente o número do meu irmão.

—私は来ている

Meu irmão respondeu quando atendeu a chamada é como se estivesse à espera da minha ligação ansiosamente.

Suspirei fundo e exalei o silêncio estalado no andar de cima.

— Ela vai me banhar?

Perguntei para ele, mas ele parece mais surpreso que eu.

—何のことをいっているのですか。

— Vai subir ou não?

Encarei meu irmão sem saber o que responder, segundos em silêncio, balancei minha cabeça e segui rumo ao meu quarto.

O que não faço pelos meus irmãos?

— O chuveiro está ligado.

Ela disse indo em direção contrária do meu banheiro, ela saiu do meu quarto desaparecendo rapidamente do meu campo de visão.

Confuso.

Entrei no banheiro e fiz o banho mais rápido que pretendido, abri meu closet e procurei roupas para vestir.

— Seu terno chegou a tempo.

Ouvi sua voz no quarto, revirei os olhos imaginando o pior da peça que ela comprou, mas, fiquei surpreso novamente por ela ter sido tão precisa na peça.

Foi feita a mão.

— O que o dinheiro não faz.

Ela sorriu entregando-me calças.

— Vá vestir, seus irmãos pediram alguns quartos no hotel em que passará sua lua de mel, ahw, antes de seguirmos com a viagem, teremos uma pausa para almoçar.

— Isso nã..

— Tempo.

Merda.

Como meu irmão ainda não surtou tendo ela como esposa?

Depois de vestir minhas calças, voltei para o quarto, ela pegou minha camisa depois subiu na minha cama para ficar da mesma altura que a minha.

— Porque não cuidou desse cabelo comprido?

Ela perguntou vestindo-me a droga da camisa, estou sentindo-me uma criança levando uma bronca por ter sido desleixado.

— Não se esqueça que você é chefe, mesmo que não tolere eles, precisa demonstrar poder e estabilidade.

Ela murmurou ajeitando a gravata.

Sim, eu deveria estar apreensivo por esta união.

Mas, nos últimos dias as ruas estão agitadas, mal tive tempo de conhecer minha futura mulher.

Não me interessa nada sobre ela. Foi criada para ser obediente, isso que importa. Será uma esposa exemplar.

— Armas.

Ela murmurou depois de vestir-me o colete.

— Você está mandona.

Reclamei. Peguei meu colete de armas e verifiquei se minhas armas carregam munição.

— Não fui eu que me esqueci do meu próprio casamento.

Ela suspirou fundo.

— Estivemos ocupados.

Respondi brevemente para ela, seus olhos demonstram preocupações além do meu dramático casamento.

— Será que ela vai gostar de nós?

Marcy perguntou preocupada.

Não sei.

— Claro que vai.

Eu disse a ela confiante, não vamos pensar nisso neste momento.

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