POV CELESTE—Vamos para as Filipinas.—Quando? — Fiquei surpresa e animada ao mesmo tempo quando Eros chegou tarde uma tarde e anunciou que iríamos para as Filipinas por um assunto de negócios.—Neste fim de semana — Ele me segurou pela cintura com os dois braços e me levantou até que nossos rostos ficassem no mesmo nível. Me beijou demoradamente e me fez derreter.Enlacei meus braços em volta do pescoço dele e retribuí os beijos com igual fervor. A mão de Eros deslizou por baixo da barra da minha saia e subiu até a parte interna da minha coxa quando a porta se abriu de repente.—Mãe! Você viu meus tênis novos da Nike? Aqueles que compramos na semana passada? — disse Wade, invadindo o nosso quarto.Me assustei e me soltei dos braços de Eros.—Olá, rapazinho. Eu te disse para bater antes de entrar no nosso quarto — disse Eros a Wade.—Eu bati — respondeu Wade, com uma expressão confusa.Eros e eu nos entreolhamos. Ele bateu mesmo? Não ouvimos.—Da próxima vez, bate mais forte — disse E
POV CELESTE—Estamos esperando visitas para o jantar? —me perguntou Eros quando chegou em casa depois do trabalho. Ele encostou meu corpo ao peito duro dele e me beijou no pescoço.—Não —respondi, virando-me para ele e dando-lhe um beijo nos lábios.—Por que preparou tanta comida? Quem vai comer tudo isso? —Seus olhos percorreram os diferentes pratos em cima da bancada da cozinha: carbonara, frango adobo, maki californiano, uma tigela de ramen e frango na manteiga com pão.—Nós.—O quê? Amor... você sabe que não janto muito. Um sanduíche já me basta —ele disse, fazendo uma careta.—Não se preocupe. As crianças e eu damos conta disso tudo.—A Esmeralda mal come, e você sabe que o Wade também não come muito. Ele está magrinho demais.—Para de reclamar. Estou com desejo desses pratos... e morrendo de fome. —Peguei um prato e coloquei na mão dele. —Seja bonzinho e me ajuda a levar isso pra mesa de jantar. Tô faminta.Ele sorriu.—Uau, isso é novidade. Achei que só tinha fome de mim.—De n
POV CELESTEEu estava no café bebendo chá verde quente e observando a menina do lado de fora vendendo biscoitos. Estava frio, mas ela já estava ali havia quase trinta minutos. Não tinha vendido muito. As pessoas passavam direto e a ignoravam.Ela estava muito pálida e magra. Sua franja grossa e o cabelo preto e liso quase cobriam seu rosto. Eu conseguia ver a tristeza em seu semblante e como seus ombros afundavam de vez em quando. Parecia desesperada por dinheiro.Fiquei com pena. Lembrei de mim mesma quando meu pai morreu. As dificuldades que enfrentei para ajudar minha família a pagar as contas mensais, o aluguel, os remédios da mamãe, a comida, tudo.Ela percebeu que eu estava encarando. Fiz um gesto com a mão para que entrasse.Seu rosto se iluminou e ela entrou no café imediatamente.— Bom dia, senhora. Estou vendendo biscoitos.— Olá, querida. Sente-se — eu disse.A menina sentou-se timidamente à minha frente e colocou a caixa de biscoitos sobre a mesa. Parecia mais jovem do que
POV CELESTE— A Rubí é tão fofa — disse minha mãe.— Tem um cabelo preto muito bonito. Igual ao do Wade — Lillian passou os dedos pelo cabelo de Rubí. — Ela puxou mais para os traços dos Pedrosa.Sorri.— Sim, mas não o temperamento.Lillian riu.— Aleluia por isso.— Quase não chora. Desde que a trouxemos para casa, nunca chorou a não ser por fome. Dorme a noite toda. O pediatra disse que está tudo bem. Tivemos sorte dela ter nascido assim — continuei.— Igualzinha a você. Você quase não chorava quando era bebê — disse mamãe, brincando com a mão da Rubí.— Sério?— Sim. Acho que Rubí tem a sua personalidade.— Quem deu chocolate pra bebê Rubí? — gritei. Tinha acabado de ir ao banheiro e, quando voltei pra sala, vi a boca da bebê toda suja de chocolate.— Eu não — Wade saiu da cozinha.Esmeralda estava no chão brincando com nosso cachorro, Marsh. Fingiu que não me ouviu. Sabia que era culpada.— Vocês dois. Não deem comida pra Rubí, tá bom? Ela não é um cachorro, pelo amor de Deus — f
POV CELESTE— O que é isso? — perguntei para Eros. Tínhamos acabado de acordar e ficamos surpresos ao ver cinco caixas grandes na sala.— Não sei — respondeu ele, examinando as caixas. — São para a Esmeralda.— O quê? — Conferi as caixas. Eram mesmo para Esmeralda, de uma loja online.O que tem dentro? Ela pediu tudo isso pela internet?Com as mãos na cintura, olhei para Eros com raiva, e ele deu de ombros.Foi ideia dele dar um cartão de débito para Esmeralda há um mês, quando ela fez oito anos. Eu disse pra esperar até que ela fosse suficientemente responsável, talvez com doze, como o Wade. Mas Eros insistiu que era melhor dar agora. Ela podia perder o dinheiro e passar fome na escola. Assim aprenderia a ser responsável com o próprio dinheiro.Mas isso aqui?!— Uau! Pacotes? — disse Wade atrás de mim. Também tinha acabado de acordar, descendo correndo com seu pijama azul.— São para a Esmeralda.— Tudo isso? — as sobrancelhas dele se ergueram surpresas.— Sim. Ela pediu tudo numa lo
POV ALICIAOh, Deus! Onde está meu celular?Dei um tapa na testa e depois cocei a cabeça. Senti pequenos flocos brancos caindo no meu terno preto de negócios, como se fossem flocos de neve.Droga! Essa caspa está piorando. Talvez seja porque sempre uso o cabelo preso em um coque, como meu namorado gosta, ou talvez seja culpa daquele novo shampoo que experimentei recentemente. Seja o que for… não importa agora. Só preciso encontrar meu celular.Desesperada, comecei a jogar almofadas, roupas, revistas e qualquer coisa que estivesse no caminho, procurando no meu pequeno apartamento de cinquenta metros quadrados. Onde diabos eu o deixei? Lembro-me de que, ao chegar em casa, só passei pelo banheiro, tirei o casaco e me joguei na cama.Oh, não…! Acho que o deixei no escritório! Olhei as horas no meu relógio: já eram seis da tarde. Ótimo. Eu precisava do meu celular; Jay me ligaria hoje à noite por volta das oito.Jay Bredom, meu namorado, é um jovem repórter de campo da rede ABZ Television
POV ETHANMerda.Eu desabei na cadeira, tremendo ao me sentir saciado. Grossas gotas de suor deslizavam pelo meu corpo enquanto cada célula começava a relaxar.Mas o sentimento de culpa ainda estava lá, me fazendo lamentar por que diabos eu tinha feito isso de novo. Da última vez, prometi a mim mesmo que devia parar, mas aqui estou eu, caindo de novo. Por que não consegui me controlar para não tocá-la? Isso me fazia sentir tão fraco, incapaz de resistir.Observei Grace vestir o vestido. Aquele vestido sedutor, com uma fenda mais alta que o Monte Everest. Um movimento e ele revelava sua montanha, úmida e pronta.Droga! Ela é tão boa na cama. Conhece as fraquezas e os pontos de prazer de um homem.Deveria parar. Isso já não me ajudava, estava me destruindo. Onde estava meu orgulho? Sou um homem, pelo amor de Deus. Eu mereço algo melhor.Seis anos atrás, Grace me deixou para se casar com um velho bilionário australiano. Naquele momento, eu não era ninguém na Itália, apenas um jovem com u
POV ALICIASaí do escritório quase correndo, sentindo-me como se tivesse visto um fantasma. Ver meu chefe, Ethan Miller, em uma cena tão intensa e desenfreada sobre sua mesa foi algo assustador e, no entanto... surpreendentemente excitante.Em seu estado desnudo, ele irradiava força e sensualidade, como um daqueles heróis da Marvel. Não pude evitar pensar em como ele se parecia com todos os "Chris" mais bonitos de Hollywood: Hemsworth, Evans, Pratt, Pine...Mas ele não é o meu tipo.Ethan é seguro de si, com uma personalidade imponente, intimidadora e dominante. Às vezes, ele me faz saltar quando dá ordens. Sempre que ele entra em uma sala, posso sentir como sua energia poderosa me envolve, como se emanasse cem mil volts. Seu temperamento é exaustivo, e todos tememos desagradar a ele. Inclusive eu.*Fora, chovia torrencialmente. Não tive outra opção senão correr até o ponto de táxi mais próximo. Abri a porta de um táxi e me acomodei dentro. Quando olhei para o motorista pelo retrovis