16: Fama que ele te deu.Aurora ficou ali, imóvel, sentindo o peso daquela nova missão, Ela sentia que aquilo poderia ser mais do que ela estava pensando.Ela olhou para a sacola de facas em suas mãos e, por um breve segundo, pensou que talvez fosse o momento de começar a devolver tudo ao seu dono.Mas não daquele jeito, Não ainda, até pensar no que fazer com Andrews.Após esconder tudo debaixo da cama, a governanta trouxe para ela uma farda, um vestido preto de volume, com uma tiara de babado e um avental branco, Ela olhou incrédula para aquilo, mas já tinha concordado.Após receber a roupa, ela desceu para a cozinha, Não tinha ideia do que fazer, então pesquisou receitas de alguns petiscos para fazer e se virou com o que tinha na cozinha, sem se importar muito com detalhes.— Ele não quer que eu cozinhe? Deveria confiar em alguém que te odeia, para cozinhar para você? Eu deveria era envenenar tudo! — ela berrou enquanto misturava os ingredientes.Ela não saiu da cozinha até o final
17: Reagindo ao menos uma vez.O silêncio era quase ensurdecedor ali, ela não tinha escolha a não ser o seguir até que ele parou próximo a mesa, Andrews soltou ela com um gesto brusco e cruzou os braços, os olhos sombrios fixos nela.— Você tem ideia do vexame que causou?Aurora massageou o pulso, a dor na mão ferida, voltando a incomodá-la.— Eu avisei que isso era um erro, Mas você me obriga a trabalhar como se eu fosse uma qualquer. — ela asseverou o encarando com dureza, tentando disfarçar sua verdadeira reação.Ele riu, mas sem humor.— Uma qualquer? Não, Aurora, Eu apenas espero que você conheça seus próprios limites, Se não consegue segurar uma bandeja, deveria ter dito, afinal você acordou bem disposta, não é? Fez toda a bagunça que quis sem minha permissão e ainda causou uma bagunça lá dentro.Ela levantou a voz, cheia de fúria.— E você teria me ouvido? Como quando me obriga a lavar roupas mesmo sabendo que estou machucada? Ou cozinhar para depois jogar minha comida fora?An
18 - O Preço da obediência.A reunião já havia terminado, O silêncio dominava o grande salão, exceto pelo leve estalar da lareira ainda acesa, Aurora esperou até que todos tivessem saído antes de finalmente entrar para limpar os vestígios do jantar luxuoso.O cheiro forte do vinho derramado e os estilhaços da garrafa quebrada ainda marcavam o tapete caríssimo no centro do salão, Sem olhar para os lados, ela pegou um pano e começou a esfregar o chão de forma ansiosa sem se importar nem com os cacos.Andrews ainda estava lá, Sentado no sofá, com as pernas cruzadas e um copo de uísque na mão, observava cada movimento dela com um olhar indecifrável, como se fosse a cena já esperava quando se tratava de aurora.— Sabe quanto custou esse tapete que você manchou? — Sua voz soou calma, porém intimadora que fez o estomago de Aurora se contrair.Mas não respondeu, Apenas continuou esfregando os dedos, apertando o pano como se sua vida dependesse disso.— Talvez eu desconte do seu salário, Mas,
19 - O Peso do OrgulhoAurora terminou de limpar tudo com grande dificuldade, Cada músculo de seu corpo estava tenso, a dor latejante na mão enfaixada tornava cada movimento mais difícil, Mas ela ignorou tudo, Apenas termine, Vá para o quarto e acabe com isso. Ela repetia isso em sua mente enquanto limpava suportando a dor.Seguiu em direção à escada, ela estava tão dispersa que nem percebeu que Andrews ainda estava ali sentado no sofá quando atravessou a sala, ela apenas continuou até a escada, sentindo o alívio crescer dentro de si, Finalmente poderia descansar, ele observava enquanto ela subia lentamente cada degrau, como se suas pernas estivesse com algum peso.Mas seu corpo não suportou mais.Na metade do caminho, suas pernas fraquejaram, A visão escureceu, Sentiu o mundo girar antes de tudo simplesmente desaparecer, o desespero lhe tomou quando tentou se equilibrar segurando no degrau, mas não conseguiu perdendo a consciência, ela podia sentir que estava caindo e esperava a dor
: 20: Te vendo com outros olhos.Ele se manteve no corredor, olhou o relógio, já eram 22 hm, mas, ao invés de ir direto para seu próprio espaço, seus passos o guiaram de volta ao salão, ele queria um momento para se recompor, para organizar seus pensamentos confusos.A bandeja de petiscos intocados ainda estava sobre a mesa, então se lembrou das diversas vezes que o estômago dela roncou, Ele olhou para aquilo por um momento, depois suspirou, organizando os pequenos quitutes em fileiras ordenadas antes de pegar a bandeja e subir as escadas retornando pelo corredor,Quando entrou no quarto de Aurora, o que viu o fez parar por um instante, seu coração palpitou no peito, um misto de surpresa e... desejo? Ele não queria admitir, mas a visão de Aurora daquela forma o afetou de uma maneira que ele não esperava, porque ela estava o afetando tanto naquele momento, ele apertou os olhos e tentou acordar de algo que sua mente acusava ser algum pesadelo.— Não posso estar sentindo pensa dessa cois
Cap: 21: um homem submisso e obediente.Aurora estava sentada confortavelmente no sofá, os pés descalços encolhidos sob ela, observando a cena à sua frente com um brilho travesso nos olhos.Andrews, ainda preso ao transe do sonambulismo, fazia abdominais no meio da sala com uma disciplina quase militar. Cada movimento era preciso, controlado, como se até dormindo ele fosse incapaz de relaxar.Isso é tão injusto, pensou ela. Até dormindo ele é um robô de academia.Um sorriso surgiu em seus lábios quando uma ideia perigosa cruzou sua mente.— Agora, faça abdominais sorrindo!Ele obedeceu. E foi a coisa mais bizarra que ela já viu. O sorriso não combinava com os traços sempre sérios dele. Parecia algo que um boneco de ventríloquo faria.Ela se contorceu no sofá, tentando sufocar o riso.— Ok, ok, já sei! Faça abdominais de um jeito sexy!Andrews simplesmente passou a fazer os exercícios de maneira mais lenta, como se estivesse gravando um comercial de perfume caro.— Meu Deus! Isso é rea
Cap.: 22: Vamos a um lugar.Quando a voz de um homem soou do outro lado. Seu estômago se revirou, e uma fúria silenciosa tomou conta dele.Ele cerrou os dentes, tentando manter o controle, mas a raiva não diminuiu, ele nem sabia explicar a sensação de estar irritado porque um homem atendeu.— Quem está falando? — Andrews perguntou e de repente o bip da ligação encerrada soou em seus ouvidos.Donovan, que observava em silêncio, percebeu a tensão no ar.— Qual o próximo passo? — ele perguntou, ciente de que Andrews não perderia tempo.Andrews olhou para ele, ainda com os punhos apertados.— Investigue de onde vem esse número. Quero saber quem é o dono, o que ele tem a ver com Aurora.— podemos acompanhar seu celular, falando nisso... tem uma gravação de áudio, em particular, uma mulher exigindo dinheiro a Aurora, mas não dá muitos detalhes, por estranho que parece as pessoas sempre mandam mensagens muito curtas a ela, sem dar detalhes.— Investigue cada pessoa que entrar em contato com
Cap:23: Prisioneiros do Próprio TeatroAurora, com um sorriso ligeiramente provocador, começou a caminhar em direção a ele mais rápida, como se estivesse ansiosa para seguir as instruções, mas a confiança dela parecia apenas aumentar à medida que se aproximava, Andrews apenas lhe deu as costas e seguiu para a saída, voltando a antiga frieza, Aurora o seguiu tentando adiantar os passos mesmo que não conseguisse ir tão bem.Entretanto, ao atravessar a porta, ela tropeçou nos saltos altos ao pisar no pequeno degrau. Como se o tempo tivesse desacelerado, Andrews correu até ela e a segurou, pegando-a nos braços com uma precisão quase instintiva. A proximidade deles fez a respiração de Aurora falhar por um momento, mas ele não deu tempo para que ela reagisse, sua mão firme a segurando, ao mesmo tempo, em que ele voltava a realidade do momento.— Comporte-se como uma dama, Aurora. Se não quiser me ridicularizar em público, você precisa agir com mais cuidado.A repreensão foi clara, mas sua v