Cap. 113 Momento especial.Eu apenas assentia, sem palavras, mas com o coração batendo de forma diferente, mais acelerado. Caminhamos juntos por algumas ruas próximas, passando por cafés charmosos e jardins urbanos escondidos, cada passo mais silencioso e cheio de intenções não ditas. E então, ele parou diante de uma estufa de vidro e ferro, escondida entre dois prédios antigos, cercada por plantas, um daqueles lugares que só quem presta atenção na cidade conhece, foi interessante e inédito está passeando de mãos dadas com Andrews.— Um dos meus lugares preferidos — ele disse, empurrando a porta com delicadeza.Dentro, a atmosfera era acolhedora, quase mágica. A música instrumental suave preenchia o espaço, criando um ambiente calmo e íntimo. O local estava vazio, claro que estaria, ele era Andrews. Flores pendiam do teto em vasos suspensos, e o ar tinha um cheiro doce de jasmim. À nossa frente, uma pequena mesa de madeira nos esperava ao centro, uma refeição bem elaborada como se tive
Cap. 114 Quem é a outra?Ele se inclinou sobre mim me fazendo deitar sobre a cama, prendi a respiração ao sentir as mãos dele correr pela minha cintura, ele era como uma montanha por cima de mim, muito maior e cada parte definida que exalava um pouco de perigo, daqueles que parecia que uma vez quando você esta por baixo não consegue escapar, mas... ao mesmo tempo que eu queria fugir, ele avançou contra meu corpo e de repente meu corpo está a disposição dele sem conseguir me mover com ele pressionado entre minhas pernas com o peso do seu corpo sutilmente sobre o meu.— Sim... um pouco — respondi, a voz saindo quase como um sussurro hesitante. Seus olhos intensos não facilitavam em nada a minha tentativa de manter a compostura. Senti o calor subir pelo meu pescoço.Ele suspirou, um som rouco que pareceu ecoar no silêncio do quarto. Seus dedos ainda seguravam meu queixo, mas a intensidade de antes havia se dissipado, dando lugar a uma preocupação genuína.— Aurora... olha para mim. — Sua
Cap. 115: Evitar filhos ou planejar?Aurora westwoodEra final de semana, então não havia pressa em sair da cama. O sol entrava suave pela fresta da cortina, aquecendo o quarto numa luz dourada e tranquila. Só quando mexi o corpo foi que percebi a posição em que dormira, completamente deitada sobre Andrews, com o rosto encostado em seu peito e seus braços firmemente enlaçados ao redor da minha cintura.Corri os olhos para cima, e ele abriu os dele devagar, como se tivesse sido despertado pelo meu movimento. Um sorriso carinhoso surgiu em seus lábios.— Bom dia... — disse com a voz ainda rouca.— Eu estava dormindo assim há muito tempo? Você não está desconfortável?— Confesso que estou um pouco dolorido. — Ele apertou os olhos de novo.Corei na hora e me afastei, saindo de cima dele e ajeitando o cabelo embaraçado.— Desculpa! — sussurrei, mas ele apenas riu.— Eu gostei. Mas a gente precisa levantar. Vamos sair hoje.— Sair? — franzi o cenho. — Hoje é sábado...— Eu sei, mas é algo i
Cap. 116: desconfiança silenciosa.Aurora estava encolhida em sua cama como se quisesse desaparecer dentro dos lençóis. O quarto permanecia em penumbra, mesmo com a tarde se desfazendo aos poucos lá fora. Os olhos ardiam, mas ela não havia chorado, não deixaria que isso acontecesse. Sentia-se ridícula por se importar tanto. Por esperar... o quê? Romance? Exclusividade? Amor?O clique suave da porta a fez prender a respiração.Andrews entrou devagar, sem dizer nada. Seu perfume fresco e suave preencheu o ambiente. Devia ter acabado de sair do banho, seu cabelo ainda úmido denunciava. Ele se deitou atrás dela, envolvendo-a com o corpo quente. Seus braços a abraçaram com naturalidade, e ela não reagiu. Apenas se encolheu mais.Mas ele não se afastou. Pelo contrário.Os lábios dele tocaram de leve sua nuca, brincando com sua pele arrepiada. Um beijo... depois outro... e outro, até que sua respiração começou a se acelerar. Seu corpo queria ceder, mas algo dentro dela estava preso. Andrews
Cap. 117 Frustração de Andrews.A manhã se arrastava como se o tempo fizesse questão de provocar Andrews. No escritório, ele encarava a tela do computador, mas seus dedos estavam imóveis sobre o teclado.A mandíbula travada, os olhos escuros semicerrados. Seu mau-humor era evidente, denso o suficiente para deixar o ambiente mais frio que o ar-condicionado.Rodrigo, recostado na porta com uma xícara de café, não demorou a notar.— Você está assim por causa dela, né? — disse, casualmente, tomando um gole. — Aurora ainda se sente deslocada nessa casa. Você devia tirar ela daqui. Mostrar o mundo lá fora, sei lá. Vai que ajuda. — Seu conselho parecia mais debochado do que amigável.— O que é? Anda vigiando a casa agora?— Eu não, mas foi desconfortável ver ela saindo correndo enrolada na toalha como se tivesse fugindo de alguém. Você deve ter aprontado. Não tentou forçar ela a nada, certo?— Acha que sou esse tipo de homem? Além disso, minha intimidade com Aurora não lhe diz respeito.— Só
Cap. 118: Mariana tem todas a atenções.Mesmo se sentindo excluída Aurora os seguiu, Por curiosidade. Por orgulho. Ou talvez por um desejo masoquista de saber o que estava prestes a doer.Parou em frente a porta os observando seguir para próximo a entrada, quando o carro preto e luxuoso apareceu ao longe, deslizando como uma sombra elegante. Ela não sabia por quê, mas seu estômago se revirou.Assim que o carro estacionou, o motorista deu a volta rapidamente e abriu a porta. E então ela apareceu.Mariana, uma mulher completamente fora da curva, com uma presença marcante, Alta, morena, com curvas marcantes e um andar de mulher que sabe exatamente o que representa. Usava óculos escuros, que tirou com uma leveza encantadora antes de sorrir para todos acenando um olá.Aurora cruzou os braços, sentindo o peito apertar e seu olhar vacilou se sentindo pequena como nunca se sentiu, ela nem sabia quem ela era, ainda assim, ela a deixou incomodada como helena nunca deixou, mesmo sendo alguém que
Cap. 119 Mariana e Aurora.Assim que Aurora saiu do quarto, seus passos hesitantes a levaram até o corredor, e ela parou ao ver Andrews entrando no quarto onde ambos dormiam… com Mariana logo atrás.O ar ficou pesado em seu peito. Ela não ouviu o que diziam, apenas viu os dois juntos. Naquele momento, tudo em que pensou foi que realmente eles tinham algum caso.Andrews, por sua vez, estava tão animado que arrastou uma cadeira, subiu nela e pegou uma caixa em cima do guarda-roupa.Seu olhar se fixou em Mariana, que parecia à vontade demais naquele espaço.Ela não sabia que Mariana apenas o ajudava a pegar caixas antigas com fotos e objetos pessoais que ele queria reorganizar.— Acho meio inapropriado estar aqui dentro, sabia? Esse é o quarto que você divide com a sua esposa. Não vou passar muito tempo aqui dentro, mesmo sendo sua irmã. Aurora ainda não sabe quem eu sou, porque o senhorito é descuidado desse jeito.Andrews desceu da cadeira com uma das caixas nos braços, sorrindo.— É v
Cap. 120: Hora errada para dormir.Aurora seguiu às pressas pelo corredor, o coração batendo descompassado. As palavras de Mariana ecoavam em sua mente como uma avalanche desordenada, mas o que mais doía era o sentimento de ter sido deixada de lado por Andrews, a forma como ele a ignorou como se nem existisse. Ela atravessou os corredores e encontrou Rodrigo saindo da sala de jogos, completamente cambaleante, com um copo vazio na mão.— Ele… ele ainda tá lá — murmurou Rodrigo com um meio sorriso bêbado, antes de seguir trôpego pelos corredores.Aurora entrou devagar. A luz baixa da sala de jogos revelava Andrews, largado no sofá, com os olhos semiabertos e a camisa desabotoada. Ele a olhou com uma expressão confusa, mas havia ali algo além da embriaguez, uma chateação evidente quando ele desviou o olhar, virando a taça de vinho pela metade.— Por que está bebendo tanto? — ela perguntou, se aproximando com cautela.— De quem será a culpa, se não da minha querida esposa. — Ele bufou, ma