Jaqueline sentiu uma irritação nos olhos de repente, ela não estava acostumada a cenas tão intensas. Imediatamente, virou a cabeça para o lado e perguntou:— Isabelly, posso sair um momento?— Já não está aguentando? Ainda nem começou. — Respondeu Isabelly, já acostumada. — Este círculo social é muito caótico, você nem imagina o que elas são capazes de fazer. Olha aquela mulher ali, ela vai ser a esposa do meu irmão.Jaqueline seguiu o olhar de Isabelly e viu uma mulher num vestido tomara que caia prateado, alta e de presença marcante. Ela segurava um microfone, dançando sem pudor e aceitou uma bebida entregue por um garoto de programa.Depois de engolir a bebida de uma só vez, Dolores puxou o garoto para si, pulou em cima dele e se agarrou ao seu corpo como um polvo.Os narizes deles quase se tocaram.Ao ver essa cena, Jaqueline se preocupou se, após se casar com George, Dolares continuaria a viver dessa maneira."Como marido, será que George seria traído?"Dolores percebeu que estava
Dolores falou enquanto estendia a mão, e um garoto de programa atraente prontamente lhe ofereceu um cigarro, o acendendo com um isqueiro. Dolores fumou com habilidade, soltando nuvens de fumaça. Jaqueline se sentiu desconfortável, o cheiro do cigarro e do álcool era muito desagradável para ela, mas ela tinha ido por vontade própria e não podia pedir para pararem de fumar ou beber, afinal, aquele era o local de diversão deles e ela não tinha o direito de criticar. — Já que você não pode beber nem fumar, quer tentar jogar um pouco? Posso te dar algumas fichas. Dolores exibiu um ar de generosidade implícita. — Não precisa. — Jaqueline respondeu. — Não jogo, só vim acompanhar Isabelly e vou embora em breve. Nesse momento, uma mulher bonita, tropeçando com um copo de bebida na mão, se aproximou. Seus olhos brilharam ao ver Jaqueline e ela a abraçou: — Sozinha, senhorita? Está parecendo um peixe fora d’água aqui. Jaqueline se mexeu desconfortavelmente: — Desculpe, eu... Ah.
— Sim. — Disse Dolores, estendendo a mão. — Me dê isso. O homem colocou um pacote de papel dobrado na palma da mão de Dolores. Jaqueline arregalou os olhos. "O que é isso?" Dolores desdobrou o pequeno pacote branco, revelando uma fina substância em pó. Ela pegou uma lâmina de metal côncava que o garoto de programa lhe passou e, com ela, pegou um pouco do pó. Em seguida, levou ao nariz e inalou profundamente. Depois, ela abriu a boca, inclinou a cabeça para trás e, com um semblante de conforto, exclamou: — Realmente é do bom. Jaqueline sentiu um arrepio no couro cabeludo e se virou para fugir. "Meu Deus, ela está consumindo isso tão descaradamente." — Jaqueline, você está bem? — Perguntou Isabelly, que tinha acabado de ser detida por algumas meninas e, depois de se libertar, correu para procurar Jaqueline. Jaqueline estava visivelmente agitada: — Eu preciso sair daqui. — Tudo bem, vamos logo. — Disse Isabelly e rapidamente a levou para fora, sabendo que Jaqueli
Ao ouvir essa última frase, Jaqueline de repente compreendeu algo que jamais ousou imaginar antes. Uma cena terrível se formou em sua mente, fazendo ela tremer:— Precisamos salvar seu irmão, seu pai perdeu o senso? Como ele, mesmo desejando um casamento de conveniência para o filho, escolhe alguém indigno?— Meu pai ignora esses detalhes, busca apenas o que é mais vantajoso. A família Cruz, além de rica, é sustentada por poderosas forças, e meu pai valoriza muito o poder.— Então, para ele, o poder é mais importante que o próprio filho! — Exclamou Jaqueline, furiosa.Isabelly percebeu Jaqueline um tanto ofegante e prontamente a abraçou pelos ombros:— Vamos dar uma volta, você precisa respirar um pouco de ar puro. — Isabelly levou Jaqueline para fora do clube. Lá fora, o ar era mais fresco, e Jaqueline respirou profundamente, estava se sentindo sufocada lá dentro. — Desculpa, Jaqueline, eu não deveria ter te trazido aqui hoje, te assustei, não foi?— Não, agradeço por me trazer, caso
Após Isabelly enviar a mensagem, Jaqueline perguntou:— O que você escreveu?Isabelly levantou o celular diante dos olhos dela.Jaqueline viu o texto e franziu a testa:— Por que você enviou isso? Ele vai ficar preocupado ao ver.Logo após Jaqueline terminar de falar, o celular de Isabelly tocou, exibindo o nome do irmão na tela.Isabelly balançou orgulhosamente o celular, com um olhar que indicava que sua ação tinha surtido efeito.Em seguida, Isabelly atendeu a chamada e colocou no viva-voz.— Isabelly, o que aconteceu, onde está Jaqueline? A voz de George soava quase como um rugido.— Irmão, onde você está agora? Por que não atendeu as ligações?— Responda minha pergunta primeiro! — A voz de George estava um pouco irada. — Onde está Jaqueline?— Estou aqui. — Disse Jaqueline.Ao ouvir a voz de Jaqueline, George perguntou, preocupado:— Jaqueline, o que aconteceu, você está bem?— Estou bem. Você não atendia nossas ligações, então Isabelly enviou aquela mensagem para você.George re
Isabelly tomou um gole de sua bebida, arregalou os olhos e fixou o olhar neles dois, pensando consigo mesma: "Coragem."— Por que está em silêncio? — George notou que Jaqueline estava distraída e levantou a mão, acenando levemente diante de seus olhos. — O que aconteceu?Jaqueline balançou a cabeça:— Eu quero te contar uma coisa.— O que é?Jaqueline estava um pouco nervosa, segurou a bainha de sua roupa e levantou a cabeça para dizer:— Você não mencionou antes que nós dois deveríamos ter um casamento falso?George franziu a testa:— Por que você está trazendo isso à tona agora?— Vamos agora ver seu pai e dizer a ele que somos um casal. Mesmo que tenhamos que nos casar, tudo bem. — Jaqueline disse isso com firmeza.Uma expressão de surpresa passou pelo rosto de George:— Jaqueline, você tem certeza do que está dizendo?— Eu tenho. — A voz de Jaqueline se elevou. — George, eu sei o que estou dizendo. Vamos, vamos ver seu pai agora.Ela pegou a mão dele, tentando levá-lo para fora, ma
Jaqueline Valente estava encolhida na cama, acariciando levemente sua barriga. Ela suspirou de alívio, feliz por saber que o bebê estava bem. Na noite anterior, Roberto Santana havia retornado e queria ter um momento de intimidade com ela. Eles não se viam há dois meses e ela não teve coragem de recusar ele.Roberto já tinha terminado de se arrumar. Vestido com um terno cinza feito sob medida, ele exibia uma figura alta e esbelta, elegante e atraente. Sentado em uma cadeira, ele trabalhava em seu tablet, deslizando os dedos na tela de forma lenta e preguiçosa, exalando uma aura de sensualidade.Ele notou a mulher na cama, enrolada no cobertor, com apenas a cabeça de fora. Seus olhos negros e brilhantes o observavam atentamente. Com um tom indiferente, ele disse: — Acordou? Levanta e vem tomar café da manhã.— Está bem. — Respondeu Jaqueline, corando enquanto se levantava da cama e vestia seu pijama.Na sala de jantar, Jaqueline continuava a cutucar os ovos no prato com seu garfo, enq
Ela abaixou a cabeça e deu um sorriso amargo.O que mais ela poderia desejar? Poder se casar com ele já havia esgotado toda a sorte que ela teria na próxima vida.Seus pais eram funcionários comuns do grupo SK. Em um incêndio, ficaram presos na sala de controle, mas antes de morrer conseguiram desligar um sistema importante, evitando a liberação de substâncias tóxicas e prevenindo mais mortes.Na época, a mídia noticiou o ocorrido por muitos dias e a última conversa dos seus pais com o mundo exterior ficou registrada.Com apenas 10 anos, ela teve que ir morar com sua tia.No entanto, a tia era fumante, alcoólatra e viciada em jogos de azar. Um ano depois, perdeu todo o dinheiro da indenização do grupo SK em apostas.Quando ela tinha 11 anos, sua tia a abandonou diretamente na porta da sede do grupo SK.Jaqueline ficou esperando na porta da empresa por dois dias, abraçada a sua mochila. Estava faminta e exausta, até que o presidente do grupo SK passou por ali e a levou para casa.Desde