Ela apertou os dentes, a mão que segurava as tesouras tremia. Estava sorrindo, mas seus olhos estavam lacrimejando. Ela rapidamente arrumou as flores, sem se preocupar com a estética, simplesmente colocou a tesoura de lado e disse: — Então, vou para casa me preparar, amanhã vou me divorciar dele. — Você não precisa voltar para casa. — George percebeu sua tristeza, não queria que ela fosse embora assim, porque sabia que ela voltaria sozinha. “Mesmo que o Roberto esteja em casa, com certeza não vai ser simpático com ela.” — Ele disse que amanhã vai levar a carteira de identidade nacional ao cartório de registro civil. Você não precisa voltar para casa. Amanhã, eu te levo até a porta do cartório, não é longe. — Isso não é muito adequado, não? — Jaqueline forçou um sorriso. Ela realmente não conseguia sorrir. George disse: — Não tem nada de errado. Você já estava planejando ficar alguns dias aqui comigo. Não deixe que isso atrapalhe seus planos. Esse homem não vale a pena
Jaqueline fez uma pausa e continuou: — Embora eu ficasse triste vez após vez, sempre mantinha a esperança. Mas na noite passada, quando ele recebeu outra ligação dela, ele logo quis partir e, por mais que eu pedisse, por mais que tentasse impedi-lo, não consegui segurá-lo. Fiquei tão brava que fui atrás dele às escondidas. Eu vi com meus próprios olhos o quanto ele se preocupa com Ângela, segurando a mão daquela mulher e prometendo que, assim que ela saísse da sala de cirurgia, eles secasariam. — Jaqueline de repente sorriu. — Ele falou de um jeito tão fácil, como se não tivesse esposa. Mas, no fim, tem razão, ele não ama a esposa dele. Não importa se tem esposa ou não, isso não faz diferença. Ela falou com tanta calma, sem demonstrar muita emoção, mas sua voz estava cheia de uma desesperança profunda, que deixava quem a ouvia com um sentimento de tristeza. — Jaque, ele não é um bom homem. Você vai encontrar alguém melhor. — George a olhou profundamente. Jaqueline fechou os olh
Jaqueline enxugou as lágrimas do rosto e balançou a cabeça: — Não precisa, obrigada. George disse: — Tudo bem, mas se algum dia você quiser que eu bata nele, é só me avisar, eu vou na hora. Ele realmente queria bater em Roberto. Jaqueline respondeu suavemente: — Tá bom. No entanto, esse dia nunca chegaria, depois que se divorciasse de Roberto, a relação entre eles se tornaria a de dois estranhos, e ela não tinha intenção de vê-lo novamente. Independentemente do que Roberto tivesse feito ou de como as coisas entre ele e Ângela evoluíssem, isso não seria mais problema dela, o que tinha que terminar, terminaria, e quando isso acontecesse, ela talvez já não se sentisse mais tão triste. Embora precisasse de um tempo para se recuperar, ela ficaria bem. — Eu gostaria de ficar um tempo sozinha, pode ser? — Jaqueline falou suavemente, com a voz fraca e sem força. George se levantou: — Se você precisar de algo, me chame a qualquer momento. Jaqueline concordou com um som
Isabelly, magoada, disse: — Ela foi para o quarto descansar, eu fiquei sozinha em casa e entediada, claro que fui sair para me divertir. Agora não voltei? O irmão dela só sabia brigar com ela, se tivesse capacidade, deveria brigar com a Jaqueline. George balançou a cabeça, sem saber o que fazer, porque sua irmã falava coisas sem sentido às vezes. — Você não vai tocar nessas comidas. — George a advertiu, antes de voltar para a cozinha. Isabelly largou a bolsa e o seguiu:— Irmão, onde a Jaque está? — Ela está no quarto. — Então vou procurá-la. — Pare. — George a chamou, com uma expressão séria. — Não a incomode. — Qual é o problema? Ela é feita de papel, não pode ser tocada? "George estava sendo excessivamente protetor com Jaqueline, ele nem era assim com a própria família. Além disso, Jaqueline era casada com outro." George respondeu: — Aconteceu algo, ela está muito chateada, não a incomode. Jaqueline estava extremamente sensível, e qualquer coisa poderia dei
"O marido da Jaqueline é tão desprezível que nem eles querem falar o nome dele, parece que o marido dela realmente é um grande idiota." — E tem mais... — George avisou. — Não vá lá fazer um monte de perguntas para ela. Se você a deixar irritada, não vou deixar barato. George não só alertou com o olhar e tom de voz, mas também apontou a colher para ela, como se fosse ameaçá-la com um golpe se ela não obedecesse. Isabelly deu alguns passos para trás, fazendo um biquinho e disse irritada: — Não vou perguntar, tá? Por que você tem que ser tão bruto? Parece até que você está bem feliz com isso. — O que você disse? — George, ao ouvir suas palavras sem sentido, fez uma expressão fria. — Eu disse que, já que ela vai se divorciar do marido, você está muito feliz. — Isabelly, você quer apanhar? — George falou seriamente. — Se você realmente quiser, me avise, e eu não vou pegar leve com você. — Mas eu estou falando a verdade. — Isabelly sorriu e disse. — Não pense que eu não perce
Isabelly sabia que Jaqueline estava de mau humor e, com certeza, não queria conversar muito. — O jantar está pronto, vamos descer e comer. — Isabelly, com entusiasmo, agarrou o braço de Jaqueline. Jaqueline assentiu com a cabeça e respondeu suavemente. Isabelly podia sentir profundamente o quão péssimo estava o humor de Jaqueline. "Jaqueline deve amar muito aquele marido dela, caso contrário, não ficaria tão triste com o divórcio." Quando chegaram a sala de jantar, havia uma mesa cheia de comida, toda adequada para gestantes, não era gordurosa e estava maravilhosa, tanto no sabor quanto na aparência. — Jaque, se sente, por favor. — George, depois de colocar a última panela na mesa, tirou o avental e o colocou ao lado. Jaqueline olhou para a mesa de comida com um pouco de surpresa e perguntou: — George, foi você quem fez tudo isso? — Sim. — Antes que George pudesse responder, Isabelly falou primeiro. — Esta noite, meu irmão fez tudo pessoalmente. É a primeira vez que o
George disse: — Isabelly, posso te perguntar uma coisa? Isabelly respondeu: — O que é? — Será que o meu interesse por ela... Está tão óbvio assim? Isabelly percebeu de imediato, será que ela era muito perspicaz ou ele estava sendo muito apressado? — Você acha que está se controlando? — Isabelly respondeu com outra pergunta. — Eu estou te perguntando, não me pergunte nada. — George franziu a testa. — Responde a minha pergunta. Isabelly respondeu: — Sim, você está sendo muito óbvio, só de dar uma olhada já percebi que algo entre vocês não está certo. — Eu e ela estamos fora de sintonia? — George apoiou uma mão na beirada da mesa, se virou, com uma expressão um tanto desconfortável. — Então você acha que só eu estou fora de sintonia, ou... Ele fez uma pausa, como se estivesse um pouco constrangido, mas ao mesmo tempo, a necessidade de saber a resposta ficou evidente. Isabelly nunca tinha visto George tão desconcertado. Quem diria que o imponente Presidente George f
Isabelly respondeu: — Claro que sim. — Isabelly, com um sorriso doce, se encostou no braço dele. — Você é bonito, charmoso. Tem inúmeras mulheres que te adoram, e você sabe disso. — Se não é a mulher que eu quero, não importa quantas mil eu tenha, não muda nada. — George suspirou profundamente, com um olhar melancólico. — A mulher que eu quero não está ao meu alcance, então não tem sentido. Vendo George tão abatido, Isabelly tentou consolá-lo: — Você já está desanimado logo no começo? Isso não é nada como você. Eu vou torcer por você. George virou o rosto: — Você quer dizer que me apoia? — Claro que sim, você é meu irmão, eu vou sempre te apoiar. — Mesmo que ela já tenha sido casada e esteja esperando um filho de outro homem, você não acha isso um problema? George não via nenhum problema nisso. Ele tinha uma mentalidade aberta e não se deixava prender por ideias antiquadas, mas não esperava que sua família tivesse a mesma abertura. — E daí? Se você gosta dela, o que