Isabelly levou Jaqueline para passear pelo parque ao redor da mansão. Quando as duas se cansaram de caminhar, se sentaram em um banco. — Jaque, ouvi meu irmão dizer que você se casou, é verdade? — Jaqueline acenou com a cabeça. — Você está grávida? Jaqueline respondeu: — Sim. — Quem é o seu marido? — Isabelly perguntou, curiosa. Ao mencionar a palavra "marido", Jaqueline sentiu, de repente, uma sensação de aperto no peito. — O que aconteceu? Você está se sentindo mal? Isabelly observou o semblante frágil de Jaqueline, não querendo que ela desmaiasse, se isso acontecesse, quando George acordasse, ele certamente procuraria problemas com ela. Jaqueline disse: — Eu... Eu estou um pouco cansada, queria voltar para descansar um pouco. — Tá bom. — Isabelly, de repente, percebeu que Jaqueline estava muito quieta, sem graça. "Mas, pelo visto, meu irmão gosta de mulheres assim, silenciosas." No caminho de volta, Isabelly entrelaçou o braço de Jaqueline. — Você ainda nã
Roberto disse: — Eu não vou quebrar minha promessa. Eu prometi que ia me casar com você e vou cumprir. — Então me diga, quando você vai se casar comigo? — Ângela perguntou, chorando. — Por favor, não me diga que vai ser depois que encontrar o coração e a cirurgia for um sucesso. — Eu... — Na verdade, Roberto queria dizer isso, mas essas palavras já tinham sido ditas por Ângela, e ele ficou sem saber como continuar. — Por que você está em silêncio? Você realmente pensa assim? — Ângela chorava ainda mais. — Beto, eu não sou idiota, sei o quanto é difícil encontrar um coração, pode ser que eu nem viva o suficiente para esperar, você não quer mais se casar comigo, então está me enrolando? Se for assim, não procure mais um coração pra mim, prefiro não ter esse coração do que ouvir suas promessas vazias! Ângela virou a cabeça com dor e continuou: — Beto, vá embora. Eu não quero mais te ver. Me deixe morrer sozinha, ninguém nunca se importou com meus sentimentos nesta vida. Ânge
Jaque devia estar muito irritada com ele. Ele também estava frustrado, se perguntando por que sempre falhava em suas promessas para as mulheres, prometendo que não iria se divorciar, mas agora a situação havia mudado abruptamente, se continuasse assim, acabaria machucando duas mulheres, se tivesse que escolher uma... Roberto dirigiu de volta para casa, mas percebeu que Jaqueline não estava lá. O mordomo também não sabia para onde ela tinha ido e não a tinha visto desde cedo. Roberto achou que Jaqueline poderia estar na casa de Catarina, então ligou para ela. Porém, Catarina disse que Jaqueline não estava lá. Ao ouvir que Jaqueline havia sumido, Catarina ficou nervosa e o xingou com força. Preocupado em não alarmar Catarina ainda mais, Roberto a confortou brevemente e começou a procurar Jaqueline por toda parte. Ele ligou para ela mais de dez vezes, mas todas as ligações foram direcionadas para a caixa postal. Roberto estava angustiado e irritado. Naquela época, quando Ja
A expressão "dois pesos e duas medidas" já cansava Roberto, mas, justamente, ele não conseguia encontrar um argumento para refutar. De fato, ele estava acompanhando Ângela, mas se incomodava com o fato de Jaqueline estar com outro homem. Ele não sabia exatamente o que estava sentindo, talvez fosse algo da natureza masculina, algo que ele não conseguia controlar. — Você tem algo a falar com a Jaque? Quer que eu passe o celular para ela? — George insistiu. — Não é necessário. — A voz de Roberto soou irritada. — Diga à Jaqueline para estar amanhã às nove da manhã na porta do cartório de registro civil, eu vou levar a carteira de identidade nacional e vou me divorciar dela. George ficou surpreso, parecendo um pouco incrédulo. Ele estava prestes a dizer algo, mas Roberto já havia desligado o telefone. George sabia que eles já haviam decidido se divorciar há algum tempo, mas sempre havia algum problema que os impedia de formalizar o divórcio. O divórcio deles estava sendo protel
Ela apertou os dentes, a mão que segurava as tesouras tremia. Estava sorrindo, mas seus olhos estavam lacrimejando. Ela rapidamente arrumou as flores, sem se preocupar com a estética, simplesmente colocou a tesoura de lado e disse: — Então, vou para casa me preparar, amanhã vou me divorciar dele. — Você não precisa voltar para casa. — George percebeu sua tristeza, não queria que ela fosse embora assim, porque sabia que ela voltaria sozinha. “Mesmo que o Roberto esteja em casa, com certeza não vai ser simpático com ela.” — Ele disse que amanhã vai levar a carteira de identidade nacional ao cartório de registro civil. Você não precisa voltar para casa. Amanhã, eu te levo até a porta do cartório, não é longe. — Isso não é muito adequado, não? — Jaqueline forçou um sorriso. Ela realmente não conseguia sorrir. George disse: — Não tem nada de errado. Você já estava planejando ficar alguns dias aqui comigo. Não deixe que isso atrapalhe seus planos. Esse homem não vale a pena
Jaqueline fez uma pausa e continuou: — Embora eu ficasse triste vez após vez, sempre mantinha a esperança. Mas na noite passada, quando ele recebeu outra ligação dela, ele logo quis partir e, por mais que eu pedisse, por mais que tentasse impedi-lo, não consegui segurá-lo. Fiquei tão brava que fui atrás dele às escondidas. Eu vi com meus próprios olhos o quanto ele se preocupa com Ângela, segurando a mão daquela mulher e prometendo que, assim que ela saísse da sala de cirurgia, eles secasariam. — Jaqueline de repente sorriu. — Ele falou de um jeito tão fácil, como se não tivesse esposa. Mas, no fim, tem razão, ele não ama a esposa dele. Não importa se tem esposa ou não, isso não faz diferença. Ela falou com tanta calma, sem demonstrar muita emoção, mas sua voz estava cheia de uma desesperança profunda, que deixava quem a ouvia com um sentimento de tristeza. — Jaque, ele não é um bom homem. Você vai encontrar alguém melhor. — George a olhou profundamente. Jaqueline fechou os olh
Jaqueline enxugou as lágrimas do rosto e balançou a cabeça: — Não precisa, obrigada. George disse: — Tudo bem, mas se algum dia você quiser que eu bata nele, é só me avisar, eu vou na hora. Ele realmente queria bater em Roberto. Jaqueline respondeu suavemente: — Tá bom. No entanto, esse dia nunca chegaria, depois que se divorciasse de Roberto, a relação entre eles se tornaria a de dois estranhos, e ela não tinha intenção de vê-lo novamente. Independentemente do que Roberto tivesse feito ou de como as coisas entre ele e Ângela evoluíssem, isso não seria mais problema dela, o que tinha que terminar, terminaria, e quando isso acontecesse, ela talvez já não se sentisse mais tão triste. Embora precisasse de um tempo para se recuperar, ela ficaria bem. — Eu gostaria de ficar um tempo sozinha, pode ser? — Jaqueline falou suavemente, com a voz fraca e sem força. George se levantou: — Se você precisar de algo, me chame a qualquer momento. Jaqueline concordou com um som
Isabelly, magoada, disse: — Ela foi para o quarto descansar, eu fiquei sozinha em casa e entediada, claro que fui sair para me divertir. Agora não voltei? O irmão dela só sabia brigar com ela, se tivesse capacidade, deveria brigar com a Jaqueline. George balançou a cabeça, sem saber o que fazer, porque sua irmã falava coisas sem sentido às vezes. — Você não vai tocar nessas comidas. — George a advertiu, antes de voltar para a cozinha. Isabelly largou a bolsa e o seguiu:— Irmão, onde a Jaque está? — Ela está no quarto. — Então vou procurá-la. — Pare. — George a chamou, com uma expressão séria. — Não a incomode. — Qual é o problema? Ela é feita de papel, não pode ser tocada? "George estava sendo excessivamente protetor com Jaqueline, ele nem era assim com a própria família. Além disso, Jaqueline era casada com outro." George respondeu: — Aconteceu algo, ela está muito chateada, não a incomode. Jaqueline estava extremamente sensível, e qualquer coisa poderia dei