Ele colocou Jaqueline no carro, e ela estava visivelmente abatida.— Jaque, para onde você quer ir? Eu te levo.Jaqueline respondeu:— Eu não sei para onde ir.Ela só sabia que não queria voltar para casa.Após alguns segundos, ela disse:— Me leve para um hotel por perto, eu quero ficar alguns dias lá.George acenou com a cabeça em concordância.Quando estavam a meio caminho, de repente, Jaqueline espirrou várias vezes, indicando que estava resfriada, provavelmente devido à chuva.Ao chegar na entrada do hotel, Jaqueline desafivelou o cinto de segurança e disse:— Obrigada por hoje, você realmente se deu ao trabalho de ir me buscar pessoalmente.— Não foi nada, somos amigos. — George respondeu com um sorriso gentil.De repente, Jaqueline espirrou novamente.Ela estava prestes a sair do carro quando George a chamou:— Espere um momento, você está doente, pode ficar sozinha no hotel?— Não se preocupe, é só um resfriado.— Que tal eu te levar para minha mansão?— O que você disse? — Jaq
George disse: — Isabelly, como você veio parar aqui?— Eu discuti com meus pais, então vim me esconder aqui. Você ainda não me disse quem é essa senhora? — Perguntou Isabelly Cardoso, curiosa, olhando para Jaqueline.— Ela é minha amiga. — George apresentou.Em seguida, George disse a Jaqueline: — Essa é minha irmã. Se chama Isabelly, é minha irmã de verdade, filha dos mesmos pais que eu.Ele acrescentou essa última frase para evitar mal-entendidos.Jaqueline soltou um suspiro de alívio. — Então ela é sua irmã.Ela pensou que Isabelly fosse sua namorada, o que seria embaraçoso.— Irmão, você faz uma introdução tão detalhada, até menciona que somos filhos dos mesmos pais. Nunca vi você me apresentar assim para alguém. — Isabelly, usando saltos altos, se aproximou. — Está preocupado que essa senhora possa entender errado?George franziu a testa.— Não fale bobagens. Você está desabrigada, então por que veio aqui?Isabelly disse: — Você é meu irmão, não posso vir te procurar? Vai me m
George disse: — Por que você está se desculpando? — George franziu a testa. — Não é sua culpa. Ela veio por conta própria sem me avisar com antecedência. Mesmo que você não estivesse aqui, eu ainda iria querer que ela fosse embora. Jaqueline perguntou: — Você se dá bem com ela? Ela sentiu que George era um pouco severo com sua irmã. George deu um sorriso resignado. — Ela é apenas uma pessoa travessa e teimosa, sempre brigando com nossos pais. Por favor, não sinta pena dela. Você entenderá o temperamento dela se a conhecer melhor. — Entendi. — Vou te levar para o seu quarto, venha comigo. — George, carregando algumas coisas, conduziu Jaqueline até o andar de cima. Entraram em um quarto de hóspedes muito arrumado e limpo, com uma grande janela de vidro que oferecia uma bela vista exterior. De repente, Jaqueline espirrou e esfregou o nariz. George imediatamente pegou alguns lenços de papel e entregou a ela. — Vou pegar um remédio para resfriado para você. Ele col
Somente ao colidir com a porta, George recuperou os sentidos, um sorriso constrangido surgiu em seu rosto e ele se virou para sair.Jaqueline tomou um banho quente, secou o cabelo e se deitou na cama, porém se revirava sem conseguir adormecer.Sua saúde se deteriorava, e sua tosse se intensificava à medida que a noite progredia.Ela até tentou beber água quente, mas tinha dificuldade para engolir.Não sabia se era por estar doente, mas encolhida sob as cobertas, se sentia profundamente triste.Entre sonhos e devaneios, não conseguia para de pensar em Roberto e Ângela juntos.— Roberto, seu idiota, eu te odeio! — Jaqueline abriu os olhos e subitamente percebeu um homem ao lado da cama.Sua emoção desabou imediatamente, e ela se ergueu, se atirando em seus braços.Ela o abraçava apertado, dizendo:— Beto, por que você não me ama? Por quê? O que há de errado comigo? É porque eu não sou boa o suficiente para você? Por causa do meu background? Ou você acha que sou muito feia, ou... Ou minha
George suspirou, com cuidado a colocou na cama e a cobriu com o cobertor.Ele estava prestes a se virar para pegar um termômetro, quando Jaqueline segurou seu pulso.— Você pode não ir embora, por favor?George respondeu:— Não vou embora, vou pegar o termômetro para medir sua temperatura.— Você vai voltar? — Perguntou Jaqueline, com lágrimas nos olhos.— Eu volto logo.Jaqueline disse:— Você está mentindo, você não vai voltar, vai ficar com Ângela. Toda vez que ela liga, você vai ao encontro dela, dizendo que ela precisa de você, mas eu também preciso de você! Eu e o bebê em meu ventre também precisamos de você! — Ela fez uma pausa e continuou. — Beto, estou grávida, você vai ser pai!Era uma boa notícia, mas ao ser dita, soou triste e ela chorava cada vez mais.— Que maravilha, vou ser pai. — Concordou George, sorrindo gentilmente.— Você está feliz? — Jaqueline parecia incrédula. — Você quer este bebê?— Claro que quero, é nosso tesouro, como eu não iria querer?Ela estava confusa
Jaqueline segurou a mão dele e a pressionou contra seu ventre, sobre as roupas. Seu corpo estava quente por causa da febre.— O bebê precisa do pai, não nos abandone mais. Mesmo que você não me queira, você não pode abandonar seu bebê!Enquanto falava, Jaqueline parecia ficar confusa, caindo nos braços dele, quase adormecendo, mas com medo de que "Roberto" a deixasse, ela se agarrava firmemente à sua roupa.— Vamos, meça sua temperatura. — Disse George, com uma voz ainda suave.— Primeiro prometa que não vai me deixar, e que não verá Ângela novamente. — Ela disse teimosamente.— Está bem, eu prometo.Ele podia fazer essa promessa a ela, ele podia prometer qualquer coisa, pena que ele não era Roberto."Será que Roberto sabe quão sortudo ele é por ter Jaqueline? Ele não a valoriza, sempre acha que os outros lhe devem algo. E aqueles que realmente tentam valorizá-la com todo esforço, não importa quão duro tentem, só podem olhar, o que é realmente frustrante. Roberto é tão bom assim? Não,
George cuidava de Jaqueline com cautela, medindo a temperatura dela de vez em quando e se aproximando o suficiente para se inclinar e escutar o que ela sussurrava ao seu ouvido, com paciência e ternura. Jaqueline se moveu e começou a chorar novamente. Ele rapidamente a abraçou para consolá-la e, enquanto o fazia, os lábios de George e Jaqueline ficaram a apenas alguns centímetros de distância, bastando um leve movimento para que se beijassem. George olhava fixamente para a mulher à sua frente, seu olhar gradualmente se tornava distante, como se tivesse perdido a capacidade de pensar, enquanto seus cílios tremiam levemente, refletindo a aparência angustiada dela. Jaqueline mordeu o lábio, deslizando a ponta da língua suavemente sobre eles, seu corpo continuava se contorcendo e ela emitia sons desconfortáveis. Percebendo que ela estava de olhos fechados e desorientada, ele chegou a pensar que, não importava o que fizesse, ela não se daria conta, seria apenas um instante, as mãos
George disse: — Eu não a beijei, você viu errado. Estava apenas ouvindo o que ela dizia.Ele se apressou em explicar, visivelmente nervoso, com os olhos desviando e inquietos.Isabelly respondeu: — Então por que a pressa? Dê a ela o remédio e deixe ela dormir, não é?— Ela não pode tomar medicamentos, está grávida.— O que você disse? — Isabelly exclamou, surpresa. — Ela está grávida? Meu Deus, você... — Isabelly apontou para ele. — Você a fez engravidar? Eu vou contar aos nossos pais!— Você está falando bobagem. Jaque já é casada, o filho é do marido dela.Ele tentava não se livrar da responsabilidade, mas se preocupava com a reputação de Jaqueline.Isabelly arregalou os olhos, chocada. Olhou para a porta do quarto de Jaqueline. — Ela é casada, então o que é isso? Você traz a esposa de outro para casa e é tão íntimo com ela, está interessado em mulheres casadas? O marido dela não se importa?George disse: — Não quero discutir isso com você.A situação era complicada e envolvia a