Jacqueline ainda estava um pouco tonta, seus olhos carregavam uma expressão de cansaço profundo, e sua voz soava rouca, como se estivesse com a garganta seca.Com cuidado, George serviu um copo de água quente para ela da chaleira.Ela aceitou o copo e bebeu toda a água, se sentindo muito mais confortável. Sua mente começou a clarear, e ela parecia se lembrar do que aconteceu na noite anterior, embora não conseguisse recordar os detalhes, ela tinha uma ideia do que tinha ocorrido.— Você está mentindo para mim. — Jacqueline disse de repente, com uma expressão séria.George sentiu um sobressalto ao ver o olhar dela. Será que ela se lembrava dele tentando beijá-la na noite anterior?Ele começou a ficar nervoso e tentou explicar:— Jaque, eu...— Você cuidou de mim a noite toda, e agora ainda está mentindo para mim. — Ela o interrompeu antes que ele pudesse terminar. — Quanto mais você faz isso, mais culpada me sinto. Eu preferiria que você me dissesse a verdade.Observando o olhar dela,
Jaqueline achava difícil imaginar como um homem tão excepcional quanto George poderia nçao tem uma namorada."Certamente muitas mulheres gostam dele, mas também não sei que tipo de mulher George gosta. Que tipo de mulher seria digna de sua gentileza?"O nariz de Jaqueline estava um pouco vermelho, ela esfregou a ponta do nariz e forçou um sorriso.— Entendi, vou enterrar esse sentimento de amor no fundo do meu coração.Seu amor por Roberto não tinha futuro, e ela não queria sofrer por ele pelo resto de sua vida. Assim como George havia dito, guardaria o amor por Roberto, o escondendo secretamente no lugar mais profundo de seu coração, permitindo que, com o tempo, se tornasse uma memória empoeirada, sem afetar sua vida.De repente, alguém bateu na porta do quarto.A voz de Isabelly soou de fora:— Irmão, você quer almoçar?George olhou para o relógio, já era meio-dia.— Jaque, você está se sentindo mal? Pode almoçar?Jaqueline sorriu levemente.— Estou bem.— Então, quer que eu traga o
George disse: — Você...George estava prestes a dizer algo mais, mas Jaqueline rapidamente interveio: — Não há problema em conversarmos, é até bom assim.— Você ouviu? — Indagou Isabelly, insatisfeita. — A convidada disse isso, e você ainda discute comigo?Uma sombra de resignação passou pelos olhos de George, que realmente não sabia o que fazer com sua irmã.Jaqueline até invejava a relação entre os irmãos. Ela gostaria de ter um irmão também, mas, infelizmente, não tinha.Ela dizia considerar Roberto como um irmão, mas Roberto não era seu irmão, ele era seu marido, o que era completamente diferente.Como ela poderia considerar o homem que mais amava como seu irmão? Ela não conseguia.Após o almoço, ao perceber George exausto, Jaqueline sugeriu: — George, você deveria ir para o quarto descansar um pouco. Você não dormiu nada esta noite, deve estar muito cansado.George respondeu: — Estou bem.Ele havia levado Jaqueline para sua casa, e se fosse dormir, ela ficaria sozinha.Isabell
Isabelly levou Jaqueline para passear pelo parque ao redor da mansão. Quando as duas se cansaram de caminhar, se sentaram em um banco. — Jaque, ouvi meu irmão dizer que você se casou, é verdade? — Jaqueline acenou com a cabeça. — Você está grávida? Jaqueline respondeu: — Sim. — Quem é o seu marido? — Isabelly perguntou, curiosa. Ao mencionar a palavra "marido", Jaqueline sentiu, de repente, uma sensação de aperto no peito. — O que aconteceu? Você está se sentindo mal? Isabelly observou o semblante frágil de Jaqueline, não querendo que ela desmaiasse, se isso acontecesse, quando George acordasse, ele certamente procuraria problemas com ela. Jaqueline disse: — Eu... Eu estou um pouco cansada, queria voltar para descansar um pouco. — Tá bom. — Isabelly, de repente, percebeu que Jaqueline estava muito quieta, sem graça. "Mas, pelo visto, meu irmão gosta de mulheres assim, silenciosas." No caminho de volta, Isabelly entrelaçou o braço de Jaqueline. — Você ainda nã
Roberto disse: — Eu não vou quebrar minha promessa. Eu prometi que ia me casar com você e vou cumprir. — Então me diga, quando você vai se casar comigo? — Ângela perguntou, chorando. — Por favor, não me diga que vai ser depois que encontrar o coração e a cirurgia for um sucesso. — Eu... — Na verdade, Roberto queria dizer isso, mas essas palavras já tinham sido ditas por Ângela, e ele ficou sem saber como continuar. — Por que você está em silêncio? Você realmente pensa assim? — Ângela chorava ainda mais. — Beto, eu não sou idiota, sei o quanto é difícil encontrar um coração, pode ser que eu nem viva o suficiente para esperar, você não quer mais se casar comigo, então está me enrolando? Se for assim, não procure mais um coração pra mim, prefiro não ter esse coração do que ouvir suas promessas vazias! Ângela virou a cabeça com dor e continuou: — Beto, vá embora. Eu não quero mais te ver. Me deixe morrer sozinha, ninguém nunca se importou com meus sentimentos nesta vida. Ânge
Jaque devia estar muito irritada com ele. Ele também estava frustrado, se perguntando por que sempre falhava em suas promessas para as mulheres, prometendo que não iria se divorciar, mas agora a situação havia mudado abruptamente, se continuasse assim, acabaria machucando duas mulheres, se tivesse que escolher uma... Roberto dirigiu de volta para casa, mas percebeu que Jaqueline não estava lá. O mordomo também não sabia para onde ela tinha ido e não a tinha visto desde cedo. Roberto achou que Jaqueline poderia estar na casa de Catarina, então ligou para ela. Porém, Catarina disse que Jaqueline não estava lá. Ao ouvir que Jaqueline havia sumido, Catarina ficou nervosa e o xingou com força. Preocupado em não alarmar Catarina ainda mais, Roberto a confortou brevemente e começou a procurar Jaqueline por toda parte. Ele ligou para ela mais de dez vezes, mas todas as ligações foram direcionadas para a caixa postal. Roberto estava angustiado e irritado. Naquela época, quando Ja
A expressão "dois pesos e duas medidas" já cansava Roberto, mas, justamente, ele não conseguia encontrar um argumento para refutar. De fato, ele estava acompanhando Ângela, mas se incomodava com o fato de Jaqueline estar com outro homem. Ele não sabia exatamente o que estava sentindo, talvez fosse algo da natureza masculina, algo que ele não conseguia controlar. — Você tem algo a falar com a Jaque? Quer que eu passe o celular para ela? — George insistiu. — Não é necessário. — A voz de Roberto soou irritada. — Diga à Jaqueline para estar amanhã às nove da manhã na porta do cartório de registro civil, eu vou levar a carteira de identidade nacional e vou me divorciar dela. George ficou surpreso, parecendo um pouco incrédulo. Ele estava prestes a dizer algo, mas Roberto já havia desligado o telefone. George sabia que eles já haviam decidido se divorciar há algum tempo, mas sempre havia algum problema que os impedia de formalizar o divórcio. O divórcio deles estava sendo protel
Ela apertou os dentes, a mão que segurava as tesouras tremia. Estava sorrindo, mas seus olhos estavam lacrimejando. Ela rapidamente arrumou as flores, sem se preocupar com a estética, simplesmente colocou a tesoura de lado e disse: — Então, vou para casa me preparar, amanhã vou me divorciar dele. — Você não precisa voltar para casa. — George percebeu sua tristeza, não queria que ela fosse embora assim, porque sabia que ela voltaria sozinha. “Mesmo que o Roberto esteja em casa, com certeza não vai ser simpático com ela.” — Ele disse que amanhã vai levar a carteira de identidade nacional ao cartório de registro civil. Você não precisa voltar para casa. Amanhã, eu te levo até a porta do cartório, não é longe. — Isso não é muito adequado, não? — Jaqueline forçou um sorriso. Ela realmente não conseguia sorrir. George disse: — Não tem nada de errado. Você já estava planejando ficar alguns dias aqui comigo. Não deixe que isso atrapalhe seus planos. Esse homem não vale a pena