Jaqueline segurou a mão dele e a pressionou contra seu ventre, sobre as roupas. Seu corpo estava quente por causa da febre.— O bebê precisa do pai, não nos abandone mais. Mesmo que você não me queira, você não pode abandonar seu bebê!Enquanto falava, Jaqueline parecia ficar confusa, caindo nos braços dele, quase adormecendo, mas com medo de que "Roberto" a deixasse, ela se agarrava firmemente à sua roupa.— Vamos, meça sua temperatura. — Disse George, com uma voz ainda suave.— Primeiro prometa que não vai me deixar, e que não verá Ângela novamente. — Ela disse teimosamente.— Está bem, eu prometo.Ele podia fazer essa promessa a ela, ele podia prometer qualquer coisa, pena que ele não era Roberto."Será que Roberto sabe quão sortudo ele é por ter Jaqueline? Ele não a valoriza, sempre acha que os outros lhe devem algo. E aqueles que realmente tentam valorizá-la com todo esforço, não importa quão duro tentem, só podem olhar, o que é realmente frustrante. Roberto é tão bom assim? Não,
George cuidava de Jaqueline com cautela, medindo a temperatura dela de vez em quando e se aproximando o suficiente para se inclinar e escutar o que ela sussurrava ao seu ouvido, com paciência e ternura. Jaqueline se moveu e começou a chorar novamente. Ele rapidamente a abraçou para consolá-la e, enquanto o fazia, os lábios de George e Jaqueline ficaram a apenas alguns centímetros de distância, bastando um leve movimento para que se beijassem. George olhava fixamente para a mulher à sua frente, seu olhar gradualmente se tornava distante, como se tivesse perdido a capacidade de pensar, enquanto seus cílios tremiam levemente, refletindo a aparência angustiada dela. Jaqueline mordeu o lábio, deslizando a ponta da língua suavemente sobre eles, seu corpo continuava se contorcendo e ela emitia sons desconfortáveis. Percebendo que ela estava de olhos fechados e desorientada, ele chegou a pensar que, não importava o que fizesse, ela não se daria conta, seria apenas um instante, as mãos
George disse: — Eu não a beijei, você viu errado. Estava apenas ouvindo o que ela dizia.Ele se apressou em explicar, visivelmente nervoso, com os olhos desviando e inquietos.Isabelly respondeu: — Então por que a pressa? Dê a ela o remédio e deixe ela dormir, não é?— Ela não pode tomar medicamentos, está grávida.— O que você disse? — Isabelly exclamou, surpresa. — Ela está grávida? Meu Deus, você... — Isabelly apontou para ele. — Você a fez engravidar? Eu vou contar aos nossos pais!— Você está falando bobagem. Jaque já é casada, o filho é do marido dela.Ele tentava não se livrar da responsabilidade, mas se preocupava com a reputação de Jaqueline.Isabelly arregalou os olhos, chocada. Olhou para a porta do quarto de Jaqueline. — Ela é casada, então o que é isso? Você traz a esposa de outro para casa e é tão íntimo com ela, está interessado em mulheres casadas? O marido dela não se importa?George disse: — Não quero discutir isso com você.A situação era complicada e envolvia a
Jacqueline ainda estava um pouco tonta, seus olhos carregavam uma expressão de cansaço profundo, e sua voz soava rouca, como se estivesse com a garganta seca.Com cuidado, George serviu um copo de água quente para ela da chaleira.Ela aceitou o copo e bebeu toda a água, se sentindo muito mais confortável. Sua mente começou a clarear, e ela parecia se lembrar do que aconteceu na noite anterior, embora não conseguisse recordar os detalhes, ela tinha uma ideia do que tinha ocorrido.— Você está mentindo para mim. — Jacqueline disse de repente, com uma expressão séria.George sentiu um sobressalto ao ver o olhar dela. Será que ela se lembrava dele tentando beijá-la na noite anterior?Ele começou a ficar nervoso e tentou explicar:— Jaque, eu...— Você cuidou de mim a noite toda, e agora ainda está mentindo para mim. — Ela o interrompeu antes que ele pudesse terminar. — Quanto mais você faz isso, mais culpada me sinto. Eu preferiria que você me dissesse a verdade.Observando o olhar dela,
Jaqueline achava difícil imaginar como um homem tão excepcional quanto George poderia nçao tem uma namorada."Certamente muitas mulheres gostam dele, mas também não sei que tipo de mulher George gosta. Que tipo de mulher seria digna de sua gentileza?"O nariz de Jaqueline estava um pouco vermelho, ela esfregou a ponta do nariz e forçou um sorriso.— Entendi, vou enterrar esse sentimento de amor no fundo do meu coração.Seu amor por Roberto não tinha futuro, e ela não queria sofrer por ele pelo resto de sua vida. Assim como George havia dito, guardaria o amor por Roberto, o escondendo secretamente no lugar mais profundo de seu coração, permitindo que, com o tempo, se tornasse uma memória empoeirada, sem afetar sua vida.De repente, alguém bateu na porta do quarto.A voz de Isabelly soou de fora:— Irmão, você quer almoçar?George olhou para o relógio, já era meio-dia.— Jaque, você está se sentindo mal? Pode almoçar?Jaqueline sorriu levemente.— Estou bem.— Então, quer que eu traga o
George disse: — Você...George estava prestes a dizer algo mais, mas Jaqueline rapidamente interveio: — Não há problema em conversarmos, é até bom assim.— Você ouviu? — Indagou Isabelly, insatisfeita. — A convidada disse isso, e você ainda discute comigo?Uma sombra de resignação passou pelos olhos de George, que realmente não sabia o que fazer com sua irmã.Jaqueline até invejava a relação entre os irmãos. Ela gostaria de ter um irmão também, mas, infelizmente, não tinha.Ela dizia considerar Roberto como um irmão, mas Roberto não era seu irmão, ele era seu marido, o que era completamente diferente.Como ela poderia considerar o homem que mais amava como seu irmão? Ela não conseguia.Após o almoço, ao perceber George exausto, Jaqueline sugeriu: — George, você deveria ir para o quarto descansar um pouco. Você não dormiu nada esta noite, deve estar muito cansado.George respondeu: — Estou bem.Ele havia levado Jaqueline para sua casa, e se fosse dormir, ela ficaria sozinha.Isabell
Isabelly levou Jaqueline para passear pelo parque ao redor da mansão. Quando as duas se cansaram de caminhar, se sentaram em um banco. — Jaque, ouvi meu irmão dizer que você se casou, é verdade? — Jaqueline acenou com a cabeça. — Você está grávida? Jaqueline respondeu: — Sim. — Quem é o seu marido? — Isabelly perguntou, curiosa. Ao mencionar a palavra "marido", Jaqueline sentiu, de repente, uma sensação de aperto no peito. — O que aconteceu? Você está se sentindo mal? Isabelly observou o semblante frágil de Jaqueline, não querendo que ela desmaiasse, se isso acontecesse, quando George acordasse, ele certamente procuraria problemas com ela. Jaqueline disse: — Eu... Eu estou um pouco cansada, queria voltar para descansar um pouco. — Tá bom. — Isabelly, de repente, percebeu que Jaqueline estava muito quieta, sem graça. "Mas, pelo visto, meu irmão gosta de mulheres assim, silenciosas." No caminho de volta, Isabelly entrelaçou o braço de Jaqueline. — Você ainda nã
Roberto disse: — Eu não vou quebrar minha promessa. Eu prometi que ia me casar com você e vou cumprir. — Então me diga, quando você vai se casar comigo? — Ângela perguntou, chorando. — Por favor, não me diga que vai ser depois que encontrar o coração e a cirurgia for um sucesso. — Eu... — Na verdade, Roberto queria dizer isso, mas essas palavras já tinham sido ditas por Ângela, e ele ficou sem saber como continuar. — Por que você está em silêncio? Você realmente pensa assim? — Ângela chorava ainda mais. — Beto, eu não sou idiota, sei o quanto é difícil encontrar um coração, pode ser que eu nem viva o suficiente para esperar, você não quer mais se casar comigo, então está me enrolando? Se for assim, não procure mais um coração pra mim, prefiro não ter esse coração do que ouvir suas promessas vazias! Ângela virou a cabeça com dor e continuou: — Beto, vá embora. Eu não quero mais te ver. Me deixe morrer sozinha, ninguém nunca se importou com meus sentimentos nesta vida. Ânge