Jaqueline disse: — Amanhã eu também vou dormir aqui. O bebê dentro dela também queria a companhia do pai. — E depois de amanhã? — Ele perguntou, como uma criança que pede doce insistentemente aos adultos, querendo sempre mais. — Depois de amanhã também. — E no dia seguinte? — Ele continuou perguntando, extremamente insistente. — Eu não vou dormir no quarto ao lado, vou voltar a dormir com você. Esse homem não parava de fazer perguntas, Jaqueline ficou um pouco envergonhada e, com a mão nas costas, tocou levemente seu rosto ardente. — Sério? — Roberto parecia um pouco incrédulo, com um olhar cheio de dúvida. — Claro que é sério, por que eu mentiria sobre isso? Agora, se deite e descanse bem. Eu vou pegar o pijama no meu quarto. — Tá bom, mas você tem que voltar, vou esperar por você, senão não durmo. — Ele soltou sua mão com relutância, deitado na cama como uma criança desamparada. Jaqueline sorriu sem jeito. De repente sentiu como se fosse mãe, mas ela já era uma
Ele apoiou uma mão na parede, com cada músculo tenso, Jaqueline estava muito perto dele, conseguindo sentir a força de cada centímetro do seu corpo. Ele não parecia nada fraco, mas Jaqueline, por algum motivo, acreditava nas palavras dele. Roberto observava Jaqueline, que estava com o rosto todo corado, uma fina camada de névoa cobria sua pele branca, ela parecia ainda mais sedutora do que o normal, encantadora e cheia de charme. O jeito de Jaqueline dava a impressão de fragilidade, mas ele sabia que ela também precisava de carinho, seu coração era mole, senão ela não o teria perdoado tantas vezes. Ela só tinha 21 anos, ainda muito jovem, estava na melhor fase da sua vida, mas sempre se preocupava com ele. Às vezes, ele realmente sentia que era um idiota. Depois de ajudar Roberto a tomar banho, o rosto de Jaqueline estava extremamente vermelho. Ela secou o corpo e o cabelo dele, colocou o pijama nele e o ajudou a se deitar, cuidando dele como se fosse uma criança. Roberto
Roberto perguntou: — Ou seja, você não está mais brava comigo, certo? Jaqueline respondeu: — Estou temporariamente sem raiva. Ela enfatizou a palavra "temporariamente", ninguém sabia o que aconteceria no futuro, ela não podia garantir nada, mas agora, de fato, não estava brava com ele. Comparada aos homens que sempre falam coisas agradáveis e agradam os outros, mas fogem no momento de perigo, ela preferia perdoar homens como Roberto, que a irritavam no dia a dia, mas, no momento crucial, estavam prontos para se arriscar e dar suas vidas para protegê-la. Roberto sorriu satisfeito e a beijou na bochecha. — Obrigado por não estar mais brava comigo. — Não tem nada a agradecer, durma. Roberto respondeu suavemente e, naquele momento, o toque do celular soou. Roberto olhou rapidamente para o visor. Jaqueline também viu o nome "Ângela" brilhando na tela. Sua mente foi tomada por uma dor repentina, ela tinha acabado de dizer que não estava brava com ele, mas uma onda de ra
Roberto queria acender a luz para ver se ela estava chorando, mas, no final, não fez isso. Em vez disso, estendeu a mão, segurando o dorso da mão dela ao longo de seu braço, e começou a acariciar suavemente, falando em um tom rouco perto de seu ouvido: — Eu já disse, eu preciso manter distância dela. Jaqueline respondeu: — Então, você não vai mais até lá? "Como Roberto poderia desistir completamente de Ângela? Isso não é equivalente a tirar sua própria vida?" — Jaque, você está com ciúmes?Ele percebeu um leve tom de ciúmes na voz de Jaqueline. Ao perceber que ela estava com ciúmes, como homem, sua vaidade parecia ter sido satisfeita. — Quem disse que eu estou com ciúmes? Eu não estou. Roberto deu um leve sorriso e beijou a bochecha dela. — Mas como é que eu estou escutando sua voz soando como se você estivesse com ciúmes? Jaqueline sorriu timidamente: — Eu não sei, estou com sono, vou dormir. Ela realmente não queria responder mais a essas perguntas, quanto ma
Hebe respondeu: [Por que você está tão nervosa? O filho que você está esperando é dele, ele realmente vai te bater? Se for esse o caso, me avise, eu vou ajudá-la a ensinar uma lição para ele.] Jaqueline respondeu: [Ele não vai me bater, ele não é esse tipo de pessoa.] Hebe respondeu: [Veja como você se apressa em defendê-lo, mas você não tem coragem nem de contar para ele que está esperando o filho dele.] Jaqueline respondeu: [Eu estou nervosa, não sei como vai ser o resultado.] Hebe respondeu: [Independentemente do resultado, você precisa contar para ele. Se a coisa ficar feia, você pega suas coisas e vem morar comigo, o que ele vai fazer? Afinal, você já planejava criar o filho sozinha.] Jaqueline respondeu: [Eu vou contar para ele, só preciso encontrar o momento certo.] Hebe respondeu: [Momento certo? Você já demorou tanto, diga logo. Eu já estou ansiosa por você. Diga a ele hoje à noite, eu arrumo a cama para você. Se ele não quiser esse filho ou falar algo desagradável
— Jaque. — Ele chamou o nome dela com a voz rouca, e seus olhos pareciam prestes a lançar fogo. A temperatura ao redor dos dois parecia ter subido alguns graus. Jaqueline até podia sentir as palmas das mãos suando. Ela viu Roberto se aproximando cada vez mais, até que seus lábios tocaram os dela. Jaqueline fechou os olhos, sentindo o calor dele, pensando que talvez nunca mais se beijassem. Surpreendentemente, o beijo dele não foi apenas um simples beijo, mas foi se intensificando, passo a passo, roubando dela mais e mais, e sua mão grande levantou suavemente a camisola dela. Jaqueline, atordoada, voltou à realidade e, de repente, abriu os olhos, agarrando a mão dele, interrompendo seus movimentos cada vez mais ousados: — Espera. Os movimentos de Roberto pararam instantaneamente. Ele olhou para a mulher nervosa sob ele, retirou a mão e segurou o rosto dela, dizendo suavemente: — Não tenha medo, eu não vou te machucar. Essa mulher sempre foi extremamente tímida, par
Jaqueline disse:— O que ela precisa é de um médico, você não é médico, o que você pode fazer para curá-la? Quantas vezes isso já aconteceu? Você...— Jaque. — Roberto interrompeu ela, franzindo a testa, aparentemente impaciente, ou talvez achando que ela estava sendo irracional. — Se você fosse levada às pressas para o hospital, eu também iria, não importa se sou médico ou não.— Você é meu marido. — As emoções de Jaqueline estavam bagunçadas, seus olhos estavam cheios de lágrimas, e grandes gotas caíam sem parar. — Mas quem é Ângela para você? Ela é sua esposa? Ou sua amante?Roberto ficou olhando para ela em silêncio por um longo tempo.Parecia que meio século havia passado, ele suspirou:— Vá dormir, eu volto logo.— Não, você não vai voltar! — Jaqueline, encontrando forças, pulou da cama e o abraçou por trás. — Eu sei que se você for, não vai voltar!Roberto já havia saído assim antes, mas naquela noite o estado emocional de Jaqueline estava particularmente agitado, ela tinha cert
Quando Roberto ouviu isso, seu rosto se fechou imediatamente.— Se você não quer falar, então deixe para a próxima vez. — Disse Roberto, friamente, se virando para sair.Ele estava quase na porta quando Jaqueline gritou repentinamente em sua direção:— Não haverá uma próxima vez, Roberto! Se você sair por essa porta hoje, não haverá uma próxima vez!Na porta, a figura alta hesitou por um breve segundo, mas depois partiu sem olhar para trás, implacável.Jaqueline começou a rir.Com um soluço, ela caiu no tapete, chorando e rindo ao mesmo tempo, se agarrando firmemente ao tecido."Roberto, você realmente não se importa com a próxima vez. Você não se importa comigo, você só se importa com a Ângela!"— Jaqueline, você é tão tola! — Exclamou para si mesma.Ela esbofeteou seu próprio rosto com força.Jaqueline não alimentaria mais esperanças nele, ele sempre escolheria Ângela. Sempre! Cada vez que Roberto mostrava um pouco de atenção por ela, ela aceitava, como a tola que era, e inevitavelme