Jaqueline disse:— O que ela precisa é de um médico, você não é médico, o que você pode fazer para curá-la? Quantas vezes isso já aconteceu? Você...— Jaque. — Roberto interrompeu ela, franzindo a testa, aparentemente impaciente, ou talvez achando que ela estava sendo irracional. — Se você fosse levada às pressas para o hospital, eu também iria, não importa se sou médico ou não.— Você é meu marido. — As emoções de Jaqueline estavam bagunçadas, seus olhos estavam cheios de lágrimas, e grandes gotas caíam sem parar. — Mas quem é Ângela para você? Ela é sua esposa? Ou sua amante?Roberto ficou olhando para ela em silêncio por um longo tempo.Parecia que meio século havia passado, ele suspirou:— Vá dormir, eu volto logo.— Não, você não vai voltar! — Jaqueline, encontrando forças, pulou da cama e o abraçou por trás. — Eu sei que se você for, não vai voltar!Roberto já havia saído assim antes, mas naquela noite o estado emocional de Jaqueline estava particularmente agitado, ela tinha cert
Quando Roberto ouviu isso, seu rosto se fechou imediatamente.— Se você não quer falar, então deixe para a próxima vez. — Disse Roberto, friamente, se virando para sair.Ele estava quase na porta quando Jaqueline gritou repentinamente em sua direção:— Não haverá uma próxima vez, Roberto! Se você sair por essa porta hoje, não haverá uma próxima vez!Na porta, a figura alta hesitou por um breve segundo, mas depois partiu sem olhar para trás, implacável.Jaqueline começou a rir.Com um soluço, ela caiu no tapete, chorando e rindo ao mesmo tempo, se agarrando firmemente ao tecido."Roberto, você realmente não se importa com a próxima vez. Você não se importa comigo, você só se importa com a Ângela!"— Jaqueline, você é tão tola! — Exclamou para si mesma.Ela esbofeteou seu próprio rosto com força.Jaqueline não alimentaria mais esperanças nele, ele sempre escolheria Ângela. Sempre! Cada vez que Roberto mostrava um pouco de atenção por ela, ela aceitava, como a tola que era, e inevitavelme
Ângela falou:— Beto, por favor, responda! Caso contrário, prefiro falecer na mesa de cirurgia a continuar esperando dessa forma. Te amo demais, você é minha vida. — Ela fez uma pausa antes de continuar. — Sem você, certamente não conseguirei viver, não posso mais esperar, permita que eu morra, não realize a cirurgia!Roberto respondeu:— Ângela, não diga isso, você vai se recuperar.Ver Ângela sofrer tanto se tornava insuportável para Roberto, que não conseguia conter sua emoção.— Não vou melhorar, Beto. Se a vida persistir assim, prefiro morrer. Não desejo mais viver desta maneira, me deixe partir deste mundo. Se não posso ser sua esposa nesta vida, então minha vida perde o sentido!Ângela começou a se debater desesperadamente na cama do hospital, com a respiração cada vez mais ofegante, quase sem conseguir respirar.— Eu caso! — Roberto afirmou com firmeza. — Desde que você saia bem da sala de cirurgia, você será a Sra. Santana!— Verdade? — Ângela olhou para ele incrédula, com um
Mais de uma hora depois, Jaqueline abriu os olhos e avistou um homem ao lado de sua cama no hospital.Ao ver George, pensou estar sonhando e, com voz rouca, indagou:— George, como você veio parar aqui?— Jaque. — George se sentou ao lado de sua cama. — Como se sente?— Eu... — Subitamente, Jaqueline se recordou de algo importante e, num gesto rápido, passou a mão sobre o ventre. — E o meu filho? Está bem?George respondeu:— O bebê está bem, não se preocupe. Mas você agiu imprudentemente ao ficar na chuva. Felizmente foi encontrada na entrada do hospital. E se fosse em outro lugar? — Jaqueline contorceu o rosto numa expressão amarga e triste. — E você? O que houve?George perguntou, preocupado:— George, por que você está aqui? — Ela repetiu, pois ele ainda não havia respondido à sua pergunta inicial.— Eu liguei para você, e por coincidência um médico atendeu. Ele me informou sobre sua condição, então vim imediatamente.— Entendi.Ela sempre precisava de alguém ao seu lado, e invaria
Ele colocou Jaqueline no carro, e ela estava visivelmente abatida.— Jaque, para onde você quer ir? Eu te levo.Jaqueline respondeu:— Eu não sei para onde ir.Ela só sabia que não queria voltar para casa.Após alguns segundos, ela disse:— Me leve para um hotel por perto, eu quero ficar alguns dias lá.George acenou com a cabeça em concordância.Quando estavam a meio caminho, de repente, Jaqueline espirrou várias vezes, indicando que estava resfriada, provavelmente devido à chuva.Ao chegar na entrada do hotel, Jaqueline desafivelou o cinto de segurança e disse:— Obrigada por hoje, você realmente se deu ao trabalho de ir me buscar pessoalmente.— Não foi nada, somos amigos. — George respondeu com um sorriso gentil.De repente, Jaqueline espirrou novamente.Ela estava prestes a sair do carro quando George a chamou:— Espere um momento, você está doente, pode ficar sozinha no hotel?— Não se preocupe, é só um resfriado.— Que tal eu te levar para minha mansão?— O que você disse? — Jaq
George disse: — Isabelly, como você veio parar aqui?— Eu discuti com meus pais, então vim me esconder aqui. Você ainda não me disse quem é essa senhora? — Perguntou Isabelly Cardoso, curiosa, olhando para Jaqueline.— Ela é minha amiga. — George apresentou.Em seguida, George disse a Jaqueline: — Essa é minha irmã. Se chama Isabelly, é minha irmã de verdade, filha dos mesmos pais que eu.Ele acrescentou essa última frase para evitar mal-entendidos.Jaqueline soltou um suspiro de alívio. — Então ela é sua irmã.Ela pensou que Isabelly fosse sua namorada, o que seria embaraçoso.— Irmão, você faz uma introdução tão detalhada, até menciona que somos filhos dos mesmos pais. Nunca vi você me apresentar assim para alguém. — Isabelly, usando saltos altos, se aproximou. — Está preocupado que essa senhora possa entender errado?George franziu a testa.— Não fale bobagens. Você está desabrigada, então por que veio aqui?Isabelly disse: — Você é meu irmão, não posso vir te procurar? Vai me m
George disse: — Por que você está se desculpando? — George franziu a testa. — Não é sua culpa. Ela veio por conta própria sem me avisar com antecedência. Mesmo que você não estivesse aqui, eu ainda iria querer que ela fosse embora. Jaqueline perguntou: — Você se dá bem com ela? Ela sentiu que George era um pouco severo com sua irmã. George deu um sorriso resignado. — Ela é apenas uma pessoa travessa e teimosa, sempre brigando com nossos pais. Por favor, não sinta pena dela. Você entenderá o temperamento dela se a conhecer melhor. — Entendi. — Vou te levar para o seu quarto, venha comigo. — George, carregando algumas coisas, conduziu Jaqueline até o andar de cima. Entraram em um quarto de hóspedes muito arrumado e limpo, com uma grande janela de vidro que oferecia uma bela vista exterior. De repente, Jaqueline espirrou e esfregou o nariz. George imediatamente pegou alguns lenços de papel e entregou a ela. — Vou pegar um remédio para resfriado para você. Ele col
Somente ao colidir com a porta, George recuperou os sentidos, um sorriso constrangido surgiu em seu rosto e ele se virou para sair.Jaqueline tomou um banho quente, secou o cabelo e se deitou na cama, porém se revirava sem conseguir adormecer.Sua saúde se deteriorava, e sua tosse se intensificava à medida que a noite progredia.Ela até tentou beber água quente, mas tinha dificuldade para engolir.Não sabia se era por estar doente, mas encolhida sob as cobertas, se sentia profundamente triste.Entre sonhos e devaneios, não conseguia para de pensar em Roberto e Ângela juntos.— Roberto, seu idiota, eu te odeio! — Jaqueline abriu os olhos e subitamente percebeu um homem ao lado da cama.Sua emoção desabou imediatamente, e ela se ergueu, se atirando em seus braços.Ela o abraçava apertado, dizendo:— Beto, por que você não me ama? Por quê? O que há de errado comigo? É porque eu não sou boa o suficiente para você? Por causa do meu background? Ou você acha que sou muito feia, ou... Ou minha