Passada meia hora, Jaqueline foi ao quarto de Catarina e encontrou a avó lendo um livro, sem saber há quanto tempo ela estava acordada. Ao entrar, Jaqueline cumprimentou:— Vovó.— Jaque, Roberto já acordou?— Sim, vovó. Eu preparei uma sopa para curar a ressaca dele, e ele já tomou.— Por que você é tão dedicada a ele? Você cuida dele como se fosse a mãe dele, cuidado para ele não te tratar mal.— Vovó, fazer uma sopa para curar a ressaca não é nada demais. E se ele ficasse bêbado na sua frente, o que faríamos?— Se ele me incomodar, eu mando ele embora. — Respondeu Catarina, sem rodeios.Jaqueline se sentou na beira da cama e propôs:— Eu e o Roberto passamos a tarde com a senhora. Que tal jantarmos juntos esta noite?Ela havia planejado roubar o documento de identidade durante o dia, mas como o plano falhou, teve que adiar. Ela precisava conseguir o documento o mais rápido possível, pois não queria mais adiar o divórcio com Roberto. Não suportava mais ver o homem com quem estava
Jaqueline se assustou, e a chave que segurava caiu ao chão com um clique metálico. Instintivamente, ela levantou a mão e pressionou contra o peito do homem, tentando empurrá-lo para longe:— Roberto, o que você está fazendo? Me solte!Os beijos dele tocavam sua bochecha e pescoço, e ela sentiu que ele estava agindo de forma estranha.— Roberto... Ah...Sua boca foi silenciada por ele novamente. Determinada a detê-lo, ela endureceu o coração e o mordeu com força. Uma dor aguda surgiu, fazendo com que ele franzisse levemente a testa e soltasse seus lábios, ela havia mordido com força, mas não o suficiente para causar ferimento.— Você virou um cachorro agora? Mordendo as pessoas! — Sua respiração quente batia em seu rosto.Jaqueline levantou a cabeça, encarando o homem sombrio diante dela. Sua respiração era dolorosamente quente, como se a temperatura do quarto tivesse subido vários graus. Ela rapidamente se afastou dele, procurando a chave no chão. Depois de um momento, encontrou em
A grande mão do homem deslizou pelo braço dela até segurar seus dedos, enquanto finas gotas de suor começavam a se formar em sua testa. Jaqueline se soltou do aperto e tocou diretamente a testa dele, percebendo o quão quente ele estava. Sua mão pequena gradualmente desceu para acariciar seu rosto e pescoço.Ela se levantou rapidamente e disse:— Não dá, precisamos ir ao hospital, você está com febre!Jaqueline tinha acabado de se levantar quando, de repente, foi abraçada por trás pelo homem. Em seguida, seu corpo foi erguido e, num giro, ela já estava na cama, com o corpo forte do homem pressionando ela para baixo, encurralando seu pequeno corpo sem saída.O corpo dele era como uma grande montanha pressionando ela. Jaqueline sentiu dificuldade para respirar, as chaves caíram de sua mão, mas ela nem percebeu. Ela levantou a mão e pressionou contra o ombro firme dele, sentindo a pele dele assustadoramente quente.Ela engoliu em seco, seu olhar estava extremamente tenso e seu corpo tremi
"Minha avó também é astuta, por que ela fez isso? Ela finalmente parecia se importar um pouco com o neto, mas no final era só um plano dela." Não era de se admirar que, assim que ela entrou no quarto, Roberto se lançou sobre ela. Um homem cheio de vigor, depois de ter bebido tantas coisas fortificantes, seria estranho se ele não ficasse impetuoso."Então ele soltou minha mão porque estava preocupado que ficasse impetuoso e não conseguisse se controlar? Entendi tudo errado."Vendo o homem desconfortável, Jaqueline disse baixinho:— E agora, o que fazemos?Nessa situação, só fazendo aquilo para aliviar, mas o relacionamento deles agora não era mais como antes, ainda mais porque ela está grávida.— Vou tomar um banho frio.Roberto se levantou e foi para o banheiro.Jaqueline, pensando que tinha entendido errado, se sentiu um pouco envergonhada. Ela deixou o quarto e foi até o freezer na cozinha para pegar alguns cubos de gelo para colocar no jarro.De repente, uma voz veio de trás:— Sr
Ao observar a mulher desviar o olhar, uma sombra de desagrado passou pelos olhos do homem. — Não é como se você nunca tivesse visto antes. Jaqueline não respondeu, ela se levantou e disse: — Você... Continue seu banho, vou sair agora. Ela estava prestes a deixar o local, quando, subitamente, escorregou e todo o seu corpo caiu para trás. — Ah! — Jaqueline gritou agudamente, protegendo instintivamente o ventre. No instante seguinte, um par de braços fortes a segurou por trás e, com um som de "pluft", ambos caíram na banheira, espirrando água para todos os lados. A água fria envolveu seu corpo, e Jaqueline começou a tremer, lutando para sair da água. Embora ainda estivesse vestida, o contato com o corpo do homem era inegável, cada contorno sendo claramente sentido por ela. Roberto prontamente retirou Jaqueline da água e saiu do quarto carregando ela nos braços. Encharcada e tremendo de frio, Jaqueline se agarrou firmemente ao corpo do homem, seu rosto pálido encostado n
Ela estava grávida e seu corpo não aguentava mais ser agitado. Existiam muitas maneiras de ajudá-lo, não necessariamente dessa forma. Roberto, com os lábios cerrados, deixou escapar um suspiro quente. Observando a hesitação e a relutância da mulher, seu olhar ardente escureceu consideravelmente. "Ela realmente está tão relutante assim? Ainda não quer fazer de verdade. Afinal, ela ainda não quer ter relações sexuais comigo!" — Não precisa, eu não quero te tocar! Já que esta mulher não queria que ele a tocasae, ele também não precisava se humilhar, para evitar parecer que ela foi coagida e, se a fizesse chorar, pareceria ainda mais desavergonhado. Ao ouvir "Eu não quero te tocar", Jaqueline primeiro ficou atônita, então sentiu como se tivesse sido jogada em águas geladas, sentiu um frio cortante da cabeça aos pés, era um frio que não tinha nada em comparação. Com sua face pálida, ela levantou a cabeça, olhando para ele confusa. Claramente, esse homem estava muito ansioso in
"Divórcio, sempre voltamos ao tema do divórcio." Roberto segurava a maçaneta com força. Eles já deveriam estar divorciados! — Roberto, combinamos que você pegaria sua identidade hoje, e agora você simplesmente vai embora? Eu... — Não estou indo embora. Então, devo ficar e dormir com você? — Sua voz estava visivelmente menos irritada. — Então me diga para onde você está indo. Você vai para casa ou vai encontrar a Ângela? Este homem não encontrou consolo ali, e agora queria sair no meio da noite, ela não podia deixar de suspeitar. Se Jaqueline tivesse perguntado apenas se ele queria ir para casa, talvez estivesse tudo bem, mas ela teve que mencionar o nome de Ângela. Roberto franziu a testa, virou a cabeça e disse, áspero: — Claro que vou encontrar a Ângela! O coração de Jaqueline afundou, se apertando em dor. — Roberto, ainda não nos divorciamos, mas você vai ver outra mulher, que posição isso me deixa? Você não pode esperar nem por esta noite? — E você? Ainda não
Depois de abrir o cadeado com as mãos trêmulas, Jaqueline levantou a tampa da caixa, que continha muitos documentos de diversas cores. Ela revirou o conteúdo, mas não encontrou sua carteira de identidade. Havia apenas outros tipos de documentos, incluindo até a certidão de casamento de seus avós, que parecia muito antiga e desbotada. Naquela época, as fotos nos certificados de casamento ainda eram em preto e branco. Seus avós, jovens na foto, eram visivelmente apaixonados: o avô, muito bonito, e a avó, extremamente bela, ambos sorriam felizes. A genética da família Santana era realmente notável. Infelizmente, os anos passam rapidamente, e o tempo envelhece as pessoas. Agora, apenas sua avó restava, guardando todas as memórias felizes naquela caixa, o que justificava o cadeado. Quanto a ela e Roberto, nem sequer teriam memórias felizes para guardar. Um ano de casamento foi muito pouco, tão breve que ao lembrar, tudo lhe parecia amargo. Jaqueline se deu conta de que pre