— Não. — Jaqueline disse com um sorriso. — Apenas estava observando Roberto beber desenfreadamente. Como alguém que não pode consumir álcool, acabei me sentindo nauseada por um momento. Eu pedi para você não contar a eles porque não queria que a vovó se preocupasse.— Certo, Sra. Santana, não direi nada. Mas, você está realmente bem?— Estou sim, me senti melhor depois de vomitar. A culpa é do Roberto por beber tanto, até parece que eu também bebi aquela quantidade.— Entendo, Sra. Santana.A empregada saiu do banheiro pelo lado esquerdo.Jaqueline se virou e caminhou para a direita, mas depois de apenas alguns passos, de repente viu um homem alto surgir atrás dela.Ela se assustou e, um tanto culpada, perguntou:— Roberto, o que você está fazendo aqui?Roberto se aproximou lentamente, ainda exalando um leve cheiro de vinho tinto.— Você vomitou?Jaqueline desviou o olhar, parecia que ele tinha ouvido a conversa anterior, ela sabia que precisava tomar a iniciativa.— Sim, é tudo culpa
O hálito quente do homem se aproximava do rosto dela, fazendo com que Jaqueline tivesse dificuldade para respirar. Ela corou e virou a cabeça para evitar sua respiração, seu coração batia mais rápido.— Você sabe o que está dizendo?Ele provavelmente estava bêbado.O cheiro de álcool de Roberto se espalhava em seu rosto, ele estava realmente bêbado, mas era uma embriaguez tênue, ainda consciente.— Eu sei o que estou dizendo. A questão é, você sabe o que está dizendo? Eu sinto como se houvesse um toque de ciúmes.Ele sorriu levemente, olhando para ela como se estivesse olhando para uma criança.— Quem está com ciúmes? — Jaqueline empurrou seu peito com força. — Me solte, eu não estou com ciúmes. Se você quer trocar a roupa dela, troque, o que isso tem a ver comigo?De qualquer forma, ela estava prestes a se divorciar desse homem.— Se não tem nada a ver com você, por que você trouxe isso à tona? Você até imitou o que ela disse, e agora diz que não está com ciúmes.Seria estranho se ela
— Quando você vai despertar dessa bebedeira? Você sabe exatamente o que tínhamos programado para hoje, e mesmo assim, você complicou tudo. Você realmente deseja se divorciar? Se Ângela descobrisse, ficaria furiosa com você também.Jaqueline realmente não conseguia compreender esse homem. Eles estavam a um passo do divórcio, e ele, unilateralmente, causava todos esses problemas.Alegava ser um imprevisto, mas não parecia, pois era algo controlável. Ele poderia simplesmente não ter ido até Ângela, mas ter ido diretamente para a casa da avó, para acompanhá-la no almoço, sem a necessidade de beber. Tudo poderia ter transcorrido de maneira suave.Eles já poderiam ter ido ao cartório para se divorciar.Roberto, de repente, segurou sua cintura e a puxou com força.De repente, Jaqueline se viu em seus braços.Ela se assustou e rapidamente tentou se levantar, se apoiando em seu peito, mas Roberto a segurou firmemente.Ela tentou se desvencilhar, mas percebeu que ele estava confuso, como se esti
Jaqueline chegou ao quarto de Roberto, nervosa e inquieta, e se deitou ao seu lado na cama, se aconchegando sob as cobertas. Ela estava incerta se Enrico havia desconfiado de algo. De qualquer forma, não havia nada que pudesse fazer naquele momento, então decidiu aproveitar para tirar uma soneca.Mais de uma hora depois, Roberto, ainda meio sonolento, abriu os olhos e viu uma mulher dormindo ao seu lado. Se virou de lado para encará-la, seus olhos ligeiramente embriagados a observavam atentamente. A verdade é que uma garrafa de vinho tinto não era suficiente para deixá-lo completamente inconsciente. Ele se aproximou dela, levantou o braço e a envolveu gentilmente, fechando os olhos novamente....Jaqueline dormiu por aproximadamente duas horas e, ao acordar, percebeu que Roberto a estava abraçando profundamente. "Quando foi que ele me abraçou?" Ela ficou um pouco atordoada, mas, se lembrando da relação deles, afastou esses pensamentos. Preocupada que ele pudesse ter dormido dem
Passada meia hora, Jaqueline foi ao quarto de Catarina e encontrou a avó lendo um livro, sem saber há quanto tempo ela estava acordada. Ao entrar, Jaqueline cumprimentou:— Vovó.— Jaque, Roberto já acordou?— Sim, vovó. Eu preparei uma sopa para curar a ressaca dele, e ele já tomou.— Por que você é tão dedicada a ele? Você cuida dele como se fosse a mãe dele, cuidado para ele não te tratar mal.— Vovó, fazer uma sopa para curar a ressaca não é nada demais. E se ele ficasse bêbado na sua frente, o que faríamos?— Se ele me incomodar, eu mando ele embora. — Respondeu Catarina, sem rodeios.Jaqueline se sentou na beira da cama e propôs:— Eu e o Roberto passamos a tarde com a senhora. Que tal jantarmos juntos esta noite?Ela havia planejado roubar o documento de identidade durante o dia, mas como o plano falhou, teve que adiar. Ela precisava conseguir o documento o mais rápido possível, pois não queria mais adiar o divórcio com Roberto. Não suportava mais ver o homem com quem estava
Jaqueline se assustou, e a chave que segurava caiu ao chão com um clique metálico. Instintivamente, ela levantou a mão e pressionou contra o peito do homem, tentando empurrá-lo para longe:— Roberto, o que você está fazendo? Me solte!Os beijos dele tocavam sua bochecha e pescoço, e ela sentiu que ele estava agindo de forma estranha.— Roberto... Ah...Sua boca foi silenciada por ele novamente. Determinada a detê-lo, ela endureceu o coração e o mordeu com força. Uma dor aguda surgiu, fazendo com que ele franzisse levemente a testa e soltasse seus lábios, ela havia mordido com força, mas não o suficiente para causar ferimento.— Você virou um cachorro agora? Mordendo as pessoas! — Sua respiração quente batia em seu rosto.Jaqueline levantou a cabeça, encarando o homem sombrio diante dela. Sua respiração era dolorosamente quente, como se a temperatura do quarto tivesse subido vários graus. Ela rapidamente se afastou dele, procurando a chave no chão. Depois de um momento, encontrou em
Jaqueline Valente estava encolhida na cama, acariciando levemente sua barriga. Ela suspirou de alívio, feliz por saber que o bebê estava bem. Na noite anterior, Roberto Santana havia retornado e queria ter um momento de intimidade com ela. Eles não se viam há dois meses e ela não teve coragem de recusar ele.Roberto já tinha terminado de se arrumar. Vestido com um terno cinza feito sob medida, ele exibia uma figura alta e esbelta, elegante e atraente. Sentado em uma cadeira, ele trabalhava em seu tablet, deslizando os dedos na tela de forma lenta e preguiçosa, exalando uma aura de sensualidade.Ele notou a mulher na cama, enrolada no cobertor, com apenas a cabeça de fora. Seus olhos negros e brilhantes o observavam atentamente. Com um tom indiferente, ele disse: — Acordou? Levanta e vem tomar café da manhã.— Está bem. — Respondeu Jaqueline, corando enquanto se levantava da cama e vestia seu pijama.Na sala de jantar, Jaqueline continuava a cutucar os ovos no prato com seu garfo, enq
Ela abaixou a cabeça e deu um sorriso amargo.O que mais ela poderia desejar? Poder se casar com ele já havia esgotado toda a sorte que ela teria na próxima vida.Seus pais eram funcionários comuns do grupo SK. Em um incêndio, ficaram presos na sala de controle, mas antes de morrer conseguiram desligar um sistema importante, evitando a liberação de substâncias tóxicas e prevenindo mais mortes.Na época, a mídia noticiou o ocorrido por muitos dias e a última conversa dos seus pais com o mundo exterior ficou registrada.Com apenas 10 anos, ela teve que ir morar com sua tia.No entanto, a tia era fumante, alcoólatra e viciada em jogos de azar. Um ano depois, perdeu todo o dinheiro da indenização do grupo SK em apostas.Quando ela tinha 11 anos, sua tia a abandonou diretamente na porta da sede do grupo SK.Jaqueline ficou esperando na porta da empresa por dois dias, abraçada a sua mochila. Estava faminta e exausta, até que o presidente do grupo SK passou por ali e a levou para casa.Desde