— Vem, se sente logo. — Catarina olhou para Roberto com frieza.Roberto propositalmente escolheu sentar ao lado de Jaqueline, simulando uma intimidade.— Vovó, parece que está mais animada do que antes.— Não venha tentar me agradar, a única razão pela qual estou animada é porque a Jaque tem me trazido alegria, você só tem me irritado. — Catarina não mediu palavras.Roberto não se irritou, sua devoção à avó era grande, e ele sabia que a severidade dela visava o seu bem, então ele realmente não se zangava.— Desculpe, vovó, a culpa foi minha. — Ele pediu desculpas com sinceridade.— Já que reconhece sua culpa, agora a vovó vai ter que te punir.Catarina disse isso e se virou para o mordomo: — Traga uma garrafa de vinho para o Sr. Roberto, deixe-o beber três copos como punição.O mordomo logo trouxe uma garrafa de vinho tinto, abriu e serviu numa taça, colocando em frente ao Roberto.— Vovó. — Jaqueline interveio rapidamente. — Ele ainda precisa dirigir de volta, beber não é prudente.—
A capacidade de uma pessoa para consumir álcool não se correlaciona necessariamente com o dano que o álcool pode causar ao corpo. Beber em excesso é prejudicial, independentemente da tolerância ao álcool. Jaqueline estava consciente disso.Ademais, ele ainda não tinha comido nada. Ela já havia oferecido a ele uma garfada antes, mas aquela quantidade de álcool e tão pouco alimento dificilmente seriam suficientes para atenuar os efeitos.— Jaque. — Disse Catarina. — Veja como você está preocupada. Ele é adulto e conhece seus limites. Se ele não pudesse beber, eu certamente não permitiria.— Por favor, vovó, poupe Roberto. E se ele ficar realmente bêbado? — Jaqueline defendia o marido, a preocupação era evidente em seu rosto.— Qual o problema se ele ficar bêbado? Não é como se ele não fosse acordar. Um sono e passa. — Respondeu Catarina, desinteressada.Quando se tratava de implicar com o neto, ela realmente não era nada sentimental.Jaqueline ainda queria dizer algo, mas viu Roberto col
Jaqueline olhou suplicante para Catarina, enquanto dizia:— Não deixe ele beber mais, por favor, por minha causa, eu peço, vovó.Antes que Catarina pudesse responder, Jaqueline já estava visivelmente aflita ao observar a cena, e Catarina lamentou:— Veja como você está ansiosa, são apenas três taças de vinho. — Então, se dirigiu ao mordomo. — Está bem, leve o que sobrou de volta.— Certo. — Respondeu o mordomo, se preparando para levar as taças de vinho e a garrafa.Roberto segurou a garrafa de vinho tinto que tinha na mão.— Não precisa, mordomo, já que sobrou tão pouco, eu mesmo bebo.— Roberto, o que você está fazendo?Jaqueline tentou intervir, mas Roberto segurou sua mão.— Não faz diferença essa pequena quantidade, não tem problema.Jaqueline queria dizer mais alguma coisa, mas Catarina interveio:— Tudo bem, se você quer beber, beba. Jaque, coma e não se preocupe com ele.— Mas... — Jaqueline queria continuar, mas viu que Roberto já estava servindo o vinho tinto no copo.Ela sus
— Não. — Jaqueline disse com um sorriso. — Apenas estava observando Roberto beber desenfreadamente. Como alguém que não pode consumir álcool, acabei me sentindo nauseada por um momento. Eu pedi para você não contar a eles porque não queria que a vovó se preocupasse.— Certo, Sra. Santana, não direi nada. Mas, você está realmente bem?— Estou sim, me senti melhor depois de vomitar. A culpa é do Roberto por beber tanto, até parece que eu também bebi aquela quantidade.— Entendo, Sra. Santana.A empregada saiu do banheiro pelo lado esquerdo.Jaqueline se virou e caminhou para a direita, mas depois de apenas alguns passos, de repente viu um homem alto surgir atrás dela.Ela se assustou e, um tanto culpada, perguntou:— Roberto, o que você está fazendo aqui?Roberto se aproximou lentamente, ainda exalando um leve cheiro de vinho tinto.— Você vomitou?Jaqueline desviou o olhar, parecia que ele tinha ouvido a conversa anterior, ela sabia que precisava tomar a iniciativa.— Sim, é tudo culpa
O hálito quente do homem se aproximava do rosto dela, fazendo com que Jaqueline tivesse dificuldade para respirar. Ela corou e virou a cabeça para evitar sua respiração, seu coração batia mais rápido.— Você sabe o que está dizendo?Ele provavelmente estava bêbado.O cheiro de álcool de Roberto se espalhava em seu rosto, ele estava realmente bêbado, mas era uma embriaguez tênue, ainda consciente.— Eu sei o que estou dizendo. A questão é, você sabe o que está dizendo? Eu sinto como se houvesse um toque de ciúmes.Ele sorriu levemente, olhando para ela como se estivesse olhando para uma criança.— Quem está com ciúmes? — Jaqueline empurrou seu peito com força. — Me solte, eu não estou com ciúmes. Se você quer trocar a roupa dela, troque, o que isso tem a ver comigo?De qualquer forma, ela estava prestes a se divorciar desse homem.— Se não tem nada a ver com você, por que você trouxe isso à tona? Você até imitou o que ela disse, e agora diz que não está com ciúmes.Seria estranho se ela
— Quando você vai despertar dessa bebedeira? Você sabe exatamente o que tínhamos programado para hoje, e mesmo assim, você complicou tudo. Você realmente deseja se divorciar? Se Ângela descobrisse, ficaria furiosa com você também.Jaqueline realmente não conseguia compreender esse homem. Eles estavam a um passo do divórcio, e ele, unilateralmente, causava todos esses problemas.Alegava ser um imprevisto, mas não parecia, pois era algo controlável. Ele poderia simplesmente não ter ido até Ângela, mas ter ido diretamente para a casa da avó, para acompanhá-la no almoço, sem a necessidade de beber. Tudo poderia ter transcorrido de maneira suave.Eles já poderiam ter ido ao cartório para se divorciar.Roberto, de repente, segurou sua cintura e a puxou com força.De repente, Jaqueline se viu em seus braços.Ela se assustou e rapidamente tentou se levantar, se apoiando em seu peito, mas Roberto a segurou firmemente.Ela tentou se desvencilhar, mas percebeu que ele estava confuso, como se esti
Jaqueline chegou ao quarto de Roberto, nervosa e inquieta, e se deitou ao seu lado na cama, se aconchegando sob as cobertas. Ela estava incerta se Enrico havia desconfiado de algo. De qualquer forma, não havia nada que pudesse fazer naquele momento, então decidiu aproveitar para tirar uma soneca.Mais de uma hora depois, Roberto, ainda meio sonolento, abriu os olhos e viu uma mulher dormindo ao seu lado. Se virou de lado para encará-la, seus olhos ligeiramente embriagados a observavam atentamente. A verdade é que uma garrafa de vinho tinto não era suficiente para deixá-lo completamente inconsciente. Ele se aproximou dela, levantou o braço e a envolveu gentilmente, fechando os olhos novamente....Jaqueline dormiu por aproximadamente duas horas e, ao acordar, percebeu que Roberto a estava abraçando profundamente. "Quando foi que ele me abraçou?" Ela ficou um pouco atordoada, mas, se lembrando da relação deles, afastou esses pensamentos. Preocupada que ele pudesse ter dormido dem
Passada meia hora, Jaqueline foi ao quarto de Catarina e encontrou a avó lendo um livro, sem saber há quanto tempo ela estava acordada. Ao entrar, Jaqueline cumprimentou:— Vovó.— Jaque, Roberto já acordou?— Sim, vovó. Eu preparei uma sopa para curar a ressaca dele, e ele já tomou.— Por que você é tão dedicada a ele? Você cuida dele como se fosse a mãe dele, cuidado para ele não te tratar mal.— Vovó, fazer uma sopa para curar a ressaca não é nada demais. E se ele ficasse bêbado na sua frente, o que faríamos?— Se ele me incomodar, eu mando ele embora. — Respondeu Catarina, sem rodeios.Jaqueline se sentou na beira da cama e propôs:— Eu e o Roberto passamos a tarde com a senhora. Que tal jantarmos juntos esta noite?Ela havia planejado roubar o documento de identidade durante o dia, mas como o plano falhou, teve que adiar. Ela precisava conseguir o documento o mais rápido possível, pois não queria mais adiar o divórcio com Roberto. Não suportava mais ver o homem com quem estava