Jaqueline sempre soube como acalmar Catarina, a cada vez que a consolava, conseguia rapidamente acalmar a avó.— Bem, vamos comer primeiro, não suporto ver a Jaque com fome.Então, as duas começaram a comer sozinhas.— Jaque, experimente esse peixe, você adora. Pedi especialmente para que o preparassem picante, do jeito que você gosta.— Obrigada, vovó. — Jaqueline provou um pedaço e acenou com a cabeça repetidamente. — Está realmente delicioso.— Se está gostoso, coma mais. Da próxima vez, não precisa se adaptar ao Roberto. Você adora comida picante, mas acaba não comendo por causa dele. Ele nunca se adaptou ao seu paladar. — Catarina observou, mesmo não vivendo com eles, ela sabia de algumas coisas.— Vovó, o Roberto é bom para mim, ele só não é o tipo que demonstra tudo. — Jaqueline tentava evitar que Catarina ficasse chateada com Roberto, ela parecia ser o elo que mantinha a família unida.Sem que percebessem, Roberto estava parado na entrada da sala, prestes a entrar, quando ouviu
Catarina respondeu: — Naquela época, Fábio era realmente teimoso, ninguém conseguia fazê-lo mudar de ideia. Ele realmente deixou tudo para trás, abandonou tudo para ficar com seu primeiro amor. Antes de ir, ainda teve uma briga com Nádia. Naquela época, Roberto tinha quase dez anos.Jaqueline franziu a testa e comentou:— Fábio agiu de forma tão extrema, isso é demais.— Sim, não sei o que deu nele, estava completamente confuso. O que esse primeiro amor tinha de tão especial?Ouvindo isso, Jaqueline também ficou curiosa sobre o que Ângela tinha de tão especial.— E então, o que aconteceu? — Perguntou Jaqueline.Catarina de repente sorriu:— É engraçado falar sobre isso agora, aquela mulher pensava que eu nunca deixaria meu filho sair de casa sem nada, mas, com o tempo, ela viu que eu realmente fiz Fábio sair sem nada. Fábio ficou sem um centavo, perdeu tudo, e quando ela percebeu que não poderia se tornar a senhora da família Santana, ela o deixou. — Catarina ria tanto que mal consegu
— Na verdade, eu também sei. — Disse Catarina. — Talvez eu ainda tenha um pouco daquela mentalidade antiga, mas há algo em que acredito firmemente, as pessoas que escolho nunca são erradas. Veja o Fábio, ele ainda está grudado na Nádia e finalmente reconheceu as qualidades de sua esposa.Ela continuou:— Quando eu escolhi essa esposa para ele, ele era totalmente contra, sempre sentindo que o mundo lhe devia algo. Os homens geralmente percebem as coisas tarde demais. Mas pelo menos você e o Roberto estão bem, a avó não é autoritária, afinal, vocês têm uma base de dez anos de relacionamento.Jaqueline sorriu amargamente:— Sim, eu e o Roberto estamos bem, não há problemas, a senhora não precisa se preocupar.— Claro, não haverá problemas entre vocês, embora anteriormente tenha aparecido aquela Ângela, já resolvemos isso.Essa foi a primeira vez que Jaqueline ouviu o nome "Ângela" da boca de sua avó.Ela de repente quis perguntar à avó se, na época da cirurgia de Ângela, ela realmente tin
— Vem, se sente logo. — Catarina olhou para Roberto com frieza.Roberto propositalmente escolheu sentar ao lado de Jaqueline, simulando uma intimidade.— Vovó, parece que está mais animada do que antes.— Não venha tentar me agradar, a única razão pela qual estou animada é porque a Jaque tem me trazido alegria, você só tem me irritado. — Catarina não mediu palavras.Roberto não se irritou, sua devoção à avó era grande, e ele sabia que a severidade dela visava o seu bem, então ele realmente não se zangava.— Desculpe, vovó, a culpa foi minha. — Ele pediu desculpas com sinceridade.— Já que reconhece sua culpa, agora a vovó vai ter que te punir.Catarina disse isso e se virou para o mordomo: — Traga uma garrafa de vinho para o Sr. Roberto, deixe-o beber três copos como punição.O mordomo logo trouxe uma garrafa de vinho tinto, abriu e serviu numa taça, colocando em frente ao Roberto.— Vovó. — Jaqueline interveio rapidamente. — Ele ainda precisa dirigir de volta, beber não é prudente.—
A capacidade de uma pessoa para consumir álcool não se correlaciona necessariamente com o dano que o álcool pode causar ao corpo. Beber em excesso é prejudicial, independentemente da tolerância ao álcool. Jaqueline estava consciente disso.Ademais, ele ainda não tinha comido nada. Ela já havia oferecido a ele uma garfada antes, mas aquela quantidade de álcool e tão pouco alimento dificilmente seriam suficientes para atenuar os efeitos.— Jaque. — Disse Catarina. — Veja como você está preocupada. Ele é adulto e conhece seus limites. Se ele não pudesse beber, eu certamente não permitiria.— Por favor, vovó, poupe Roberto. E se ele ficar realmente bêbado? — Jaqueline defendia o marido, a preocupação era evidente em seu rosto.— Qual o problema se ele ficar bêbado? Não é como se ele não fosse acordar. Um sono e passa. — Respondeu Catarina, desinteressada.Quando se tratava de implicar com o neto, ela realmente não era nada sentimental.Jaqueline ainda queria dizer algo, mas viu Roberto col
Jaqueline olhou suplicante para Catarina, enquanto dizia:— Não deixe ele beber mais, por favor, por minha causa, eu peço, vovó.Antes que Catarina pudesse responder, Jaqueline já estava visivelmente aflita ao observar a cena, e Catarina lamentou:— Veja como você está ansiosa, são apenas três taças de vinho. — Então, se dirigiu ao mordomo. — Está bem, leve o que sobrou de volta.— Certo. — Respondeu o mordomo, se preparando para levar as taças de vinho e a garrafa.Roberto segurou a garrafa de vinho tinto que tinha na mão.— Não precisa, mordomo, já que sobrou tão pouco, eu mesmo bebo.— Roberto, o que você está fazendo?Jaqueline tentou intervir, mas Roberto segurou sua mão.— Não faz diferença essa pequena quantidade, não tem problema.Jaqueline queria dizer mais alguma coisa, mas Catarina interveio:— Tudo bem, se você quer beber, beba. Jaque, coma e não se preocupe com ele.— Mas... — Jaqueline queria continuar, mas viu que Roberto já estava servindo o vinho tinto no copo.Ela sus
— Não. — Jaqueline disse com um sorriso. — Apenas estava observando Roberto beber desenfreadamente. Como alguém que não pode consumir álcool, acabei me sentindo nauseada por um momento. Eu pedi para você não contar a eles porque não queria que a vovó se preocupasse.— Certo, Sra. Santana, não direi nada. Mas, você está realmente bem?— Estou sim, me senti melhor depois de vomitar. A culpa é do Roberto por beber tanto, até parece que eu também bebi aquela quantidade.— Entendo, Sra. Santana.A empregada saiu do banheiro pelo lado esquerdo.Jaqueline se virou e caminhou para a direita, mas depois de apenas alguns passos, de repente viu um homem alto surgir atrás dela.Ela se assustou e, um tanto culpada, perguntou:— Roberto, o que você está fazendo aqui?Roberto se aproximou lentamente, ainda exalando um leve cheiro de vinho tinto.— Você vomitou?Jaqueline desviou o olhar, parecia que ele tinha ouvido a conversa anterior, ela sabia que precisava tomar a iniciativa.— Sim, é tudo culpa
O hálito quente do homem se aproximava do rosto dela, fazendo com que Jaqueline tivesse dificuldade para respirar. Ela corou e virou a cabeça para evitar sua respiração, seu coração batia mais rápido.— Você sabe o que está dizendo?Ele provavelmente estava bêbado.O cheiro de álcool de Roberto se espalhava em seu rosto, ele estava realmente bêbado, mas era uma embriaguez tênue, ainda consciente.— Eu sei o que estou dizendo. A questão é, você sabe o que está dizendo? Eu sinto como se houvesse um toque de ciúmes.Ele sorriu levemente, olhando para ela como se estivesse olhando para uma criança.— Quem está com ciúmes? — Jaqueline empurrou seu peito com força. — Me solte, eu não estou com ciúmes. Se você quer trocar a roupa dela, troque, o que isso tem a ver comigo?De qualquer forma, ela estava prestes a se divorciar desse homem.— Se não tem nada a ver com você, por que você trouxe isso à tona? Você até imitou o que ela disse, e agora diz que não está com ciúmes.Seria estranho se ela