Capítulo 3
- Por favor, acredite em mim. Não foi como ela disse. Naquele dia... Eu vi, foi ela que me empurrou escada abaixo. Foi ela! Eu juro! - Soluçava Gisele, seus olhos cheios de esperança, desejando que ele acreditasse, mesmo que fosse apenas dessa vez.

Felipe franzia a testa, olhando para Gisele com uma expressão que sugeria que ele considerava a possibilidade. Então, ele deu um sorriso frio, seu olhar cheio de desprezo.

Sem mais palavras, ele desviou o olhar, se afastando, ignorando a mão dela que segurava ele com força...

Não era necessário dizer mais nada, aquela ação já provava tudo.

Ele não acreditava nela!

Não importava o quanto ela tentasse explicar ou fosse sincera, ele simplesmente não acreditava nela.

Quem poderia imaginar que a Sra. Nanda, conhecida por suas obras de caridade, era na verdade um lobo em pele de cordeiro! Quem também poderia pensar que Estella, a adotada da respeitável família Lopes, era uma farsante e dissimulada?

Ninguém podia prever...

Todos só conseguiam ver o quão malévola Gisele parecia.

Com as pernas trêmulas e o corpo dolorido, ela mal conseguia se manter em pé.

- Gisele, não quero mais te ver. - Disse Felipe, cruel, sem sequer olhar para trás enquanto saía da mansão.

Gisele olhou para as costas dele, deu alguns passos desajeitados e finalmente caiu no chão. A dor na parte inferior do abdômen a atingiu novamente, quase levando ela à inconsciência.

Nanda, antes fingindo fraqueza, se levantou quando Felipe saiu. Junto com Estella, ela se aproximou de Gisele.

Ambas sorriram ao ver Gisele caída.

- Gisele, você é realmente ingênua. Felipe é meu filho, quem não acreditaria na mãe? - Zombou Nanda, vitoriosa, sorrindo. Ela continuou debochando. - Você acha que ainda é a princesinha de antigamente? Sua mãe morreu! A família Botelho foi tomada por seu incompetente tio, seu pai trouxe de volta a mulher e a filha que estavam fora. Eles vivem felizes como uma família, sem espaço para você! Antes, você tinha o título de Sra. Lopes, mas agora, não tem mais nada!

Gisele deitada no chão frio sentia a dor se espalhar por todo o corpo, como se quisesse transformar em cinzas.

- Gisele, você é realmente lamentável. - Comentou Estella, com sua voz melodiosa. Mas suas ações contradiziam suas palavras. Com a ponta do sapato, ela cutucou Gisele. Ela continuou zombando. - Olhe para você, parece mais um ratinho que todos querem bater.

Gisele, angustiada, tentou se levantar.

- A ratazana quer se levantar? Isso é pura fantasia! - Provocou Estella, erguendo a perna e chutando com força o abdômen de Gisele!

- Ahh! - Gisele soltou um gemido de dor, caindo novamente.

- Gisele, sinto muito por esquecer que você teve um aborto recente. Deve estar doendo, né? - Falou Estella, com falsa preocupação, olhando para Gisele de modo arrogante.

Gisele, com os braços apoiando o corpo, olhou para as duas. Ela lembraria dos dois rostos até a morte.

De repente, barulhos do lado de fora da porta começaram a se intensificar.

- Me deixem entrar! O que fizeram com minha sobrinha? - Gritou Diana Botelho. Ela irrompeu na mansão, vendo Gisele caída no chão. Ela gritou de espanto. - Gisele!

Ela olhou para Nanda e Estella, furiosa.

- O que fizeram com Gisele? Vocês, animais devoradores de gente, não conseguem se satisfazer maltratando Gisele? Acham que, depois que minha irmã morreu, a família Botelho ficou sem ninguém, é isso? - Repreendeu Diana, furiosa.
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