Ele partiu com arrogância e indiferença, sem hesitar um momento sequer. Logo depois, seu carro de luxo desapareceu rapidamente na chuva, deixando nenhum vestígio...O riso de Gisele se tornou ainda mais amargo. Era ela a vilã? Em seus olhos e coração, ela era uma pessoa totalmente condenável, irreparavelmente má. Ele foi para ver ela atuar, para pisotear em sua dignidade e esmagar ela sob seus pés, como uma forma de desabafo!A dor abdominal atingiu ela de novo, um calor abrasador escorria, manchando o vestido de hospital de vermelho...Gisele não conseguia distinguir de onde vinha a dor, apenas sentia como se tivesse um grande buraco dentro de si e todo o seu sangue estava escorrendo incessantemente...Ela estava tão dolorida que seu corpo ficou entorpecido.Após um segundo sangramento grave, ela foi levada às pressas para o hospital e empurrada para a sala de cirurgia.Joaquim também levou alguns golpes, mas sendo jovem, se recuperaria com algum tempo de repouso. No entanto, Gise
Suas palavras não eram uma pergunta, mas uma afirmação. O tom era extremamente convicto.- Gabriel... - Chamou Gisele.- Sua tia Diana me pediu para conversar com você, mas, sinceramente, o que posso dizer? Você entende tudo melhor do que ninguém. Você conhece as razões, mas ainda assim não consegue se libertar. Mesmo que ele tenha machucado você profundamente, você ainda ama ele. - Disse Gabriel, sorrindo.Gisele não disse uma palavra, apenas pegou uma mordida da sobremesa, mas até mesmo o bolo doce se tornou amargo em sua boca.- Desculpe... Por fazer vocês se preocuparem. Sinto muito mesmo... - Desculpou Gisele, levantando os olhos, as lágrimas escorriam de repente.Além de pedir desculpas, o que mais ela poderia dizer?Ela não queria isso, mas ao acordar e receber a notícia do divórcio da família Lopes, a dor começou a corroer cada centímetro de sua pele. Estava realmente doendo.- Tola, por que está se desculpando? - Gabriel levantou a mão, limpando as lágrimas de suas bochechas,
Gisele observou a carta nas mãos de Gabriel, onde se destacava o nome “Aurora”. Com mãos trêmulas, ela a recebeu, abrindo rapidamente.Ao ver a caligrafia familiar de sua mãe, uma sensação reconfortante envolveu ela.“Gisele, você sofreu muito. O herói que te segurou nos braços durante o incêndio, mesmo que ele tenha ou não se lembrado de você, é incrível que você amou ele incondicionalmente ao longo desses anos. Esse amor, eu vi e carrego no coração. Às vezes, eu tinha vontade de te repreender. Com tantos homens excepcionais no mundo, por que você escolheu amar apenas o Felipe? Mas depois, ao olhar através de seus olhos, vi uma luz que ninguém mais via, uma luz que era só dele. Com o tempo, eu entendi que essa era a escolha mais feliz que você poderia fazer. Além do pesar, só posso apoiar incondicionalmente, fazendo o que uma mãe pode fazer. Joaquim é conhecedor de vinhos e adequado para ficar na vinícola, enquanto a responsabilidade do Entretenimento Botelho será sua. Após minha part
Gisele observou a chamada do seu pai piscar na tela do celular. Ela apertou os lábios, hesitou por um momento e acabou atendendo.- Alô? - Falou Gisele, sua saudação “pai” ficou presa na garganta, difícil de pronunciar, acrescentando com calma. - Algum problema?Ao ouvir a voz de Gisele, Heitor explodiu. - Gisele, eu realmente subestimei você! Como assim a participação de vinte por cento na Vinícola Júnior está no nome do Joaquim? O que você fez escondido de mim? Quando sua mãe fez esse testamento? Como eu não sabia? - Questionou Heitor, furioso.Aqueles vinte por cento eram cruciais para Heitor. Agora, ele já não podia rivalizar com as ações da Vinícola Júnior de Felipe e perder aqueles vinte por cento significava que ele perderia todo e qualquer poder... Gisele apertou com força o celular, achando a situação ridícula.- Você desfrutava do paraíso com a amante, ignorava completamente a vida ou morte da minha mãe. Como você poderia saber quando ela fez o testamento? Você não acha iss
- Divorciados e ainda comemorando um aniversário de casamento. Você não acha isso ridículo? - Disse Felipe, com um sorriso sarcástico. - Nós nunca tivemos lua de mel juntos, nunca comemoramos um aniversário de casamento. Hoje... Podemos fazer isso uma vez? Considere como uma despedida do passado, um adeus amigável ao nosso casamento fracassado. Podemos? - Pediu Gisele, sua voz era suave, quase suplicante.- Gisele, o que você está tramando de novo? - Perguntou Felipe.- Eu prometo que não tem truques. Amanhã vou deixar a Cidade L, nunca mais aparecerei na sua vida, eu prometo! - Prometeu Gisele, dizendo isso, ela levantou três dedos como se estivesse fazendo um juramento.Ele observou ela, com uma leve pulsação nas têmporas, a dor de cabeça recomeçando. Ele franziu a testa, balançou a cabeça, tentando se manter lúcido. Ultimamente, as dores de cabeça eram frequentes, como se uma força estivesse tentando romper as barreiras e entrar em sua mente. Em meio às lembranças turvas, sempre h
- Não quero. - Disse Gisele, com voz suave e delicada. Ela colocou as luvas no hall, em seguida, se dirigiu animadamente para a cozinha, acrescentou. - Quer comer algo? Eu posso cozinhar para você? Hoje é perfeito para tomar uma sopa de carne quente! - Pode ser. - Respondeu Felipe.Gisele sorriu e se apressou em preparar tudo na cozinha.Os empregados na mansão ficaram perplexos com a presença de Gisele. Todos sabiam que Felipe e Gisele já haviam se divorciado. Como era possível que, após o divórcio, eles estivessem se dando tão bem?Alguns empregados tagarelas correram para o quintal e informaram Ana, uma informante de Nanda.Ana rapidamente entrou na sala principal, olhando de longe para a figura ocupada na cozinha. Ela se aproximou do sofá lateral.Observando Felipe concentrado em seus documentos no tablet.- Sr. Felipe. - Chamou Ana.- Algum problema? - Perguntou Felipe, olhando para o tablet.- Sr. Felipe, há algo que não sei se devo dizer. - Falou Ana.- Então, não precisa dizer
- Como preferir. - Disse Felipe.Gisele sorriu novamente, correndo em direção à adega e pegando uma garrafa de vinho. Ela se preparou para abrir a rolha com um abridor, mas, após várias tentativas, não conseguiu girar as alças do abridor, seu rosto ficou vermelho de esforço.Felipe observou suas ações, de alguma forma, se levantou da bancada.- O que você está fazendo? Vá sentar, eu abro em um instante! - Disse Gisele, tentando mais uma vez.Vendo ela se esforçar tanto, ele estendeu a mão por trás dela, segurando sua mãozinha. Com um leve aperto, as alças foram pressionadas para baixo, a rolha finalmente cedeu. Ele soltou um riso suave.Ao ouvir o riso, Gisele olhou para trás, vendo Felipe que não estava mais com a expressão séria, as linhas do rosto estavam relaxadas. Ela nunca tinha visto ele assim.- Por que você está rindo? - Perguntou Gisele, com voz suave e agradável.- Você está um pouco adorável. - Respondeu Felipe.Com aquelas palavras, ele se dirigiu para a sala de jantar.Gi
Gisele não esperava que ele fizesse aquela pergunta, seu corpo ficou um pouco tenso, sem resposta. Após um momento, ela levantou os olhos lacrimejantes para ele, sorrindo e balançando a cabeça.- Não me arrependo. Como você sabe, casar com você sempre foi meu sonho. Talvez para você, o fato de minha mãe e seu avô terem conspirado para nos unir seja vergonhoso, mas espero que acredite em mim, eu realmente não sabia no início... - Respondeu Gisele, com isso, ela riu e balançou a cabeça de novo. - Mas, não importa mais. Tudo isso já passou, assim como hoje. O passado nunca mais voltará.- Qual é motivo? - Perguntou Felipe.- O quê? - Disse Gisele, olhando para ele sem entender.- Por que você insistiu em se casar comigo? Em tudo há uma razão. - Continuou Felipe.Gisele ficou em silêncio.Quando Aurora estava viva, ela comandava a Vinícola Júnior e o Entretenimento Botelho. Diziam que ela era a rainha dos negócios, uma figura realmente formidável! Com uma palavra de Aurora, qualquer um que