Diana sabia que não poderia mais esconder a verdade. Após alguns segundos, ela soltou um suspiro pesado.

- A vinícola teve problemas, Joaquim ficou preso lá dentro nos últimos dois dias e ainda não sabemos como estão as coisas... - Disse Diana.

Ao ouvir aquelas palavras, o coração de Gisele deu alguns solavancos, tremendo intensamente. Quase sem pensar, ela jogou as cobertas para o lado e correu em direção à porta do quarto.

No momento em que seus pés tocaram o chão, uma dor aguda atingiu sua parte inferior do abdômen, quase derrubando ela.

Mas ao pensar em Joaquim, preso na vinícola por dois dias e em seu pai desumano e na madrasta malévola, o coração de Gisele se apertou.

- Gisele, para onde você vai? Está chovendo lá fora, você precisa descansar! - Gritou Diana, vendo Gisele correndo para fora do quarto, ficou horrorizada e seguiu ela rapidamente, com medo de que algo ruim acontecesse.

Enquanto isso, na sede do Grupo HL, uma reunião de alto escalão estava acontecendo.

O assistente especial Francisco, ao receber a notícia, olhou para Felipe, que estava sentado na cadeira de líder, tentando encontrar as palavras certas para dizer.

O olhar de Felipe captou o de Francisco.

- Diga. - Falou Felipe, com impaciência.

- Sr. Felipe, a senhora... Srta. Gisele acordou, mas saiu do hospital por conta própria. Parece que algo urgente aconteceu... - Disse Francisco, assentindo.

Então, um som de “snap” ecoou quando a caneta de Felipe se quebrou em suas mãos.

Os executivos que estavam apresentando seus relatórios ficaram em silêncio. A sala de reuniões, anteriormente cheia de palavras, caiu em um silêncio assustador.

Os executivos ficaram surpresos e olharam uns para os outros, sem entender o que Francisco havia dito que causou tamanha fúria em Felipe.

Felipe, com sua expressão fria e calma, olhou para Francisco com impaciência.

- O que isso tem a ver comigo? - Disse Felipe, apático.

Francisco assentiu compreendendo.

- Fui indiscreto, peço desculpas, Sr. Felipe. - Disse Francisco, ele rapidamente se retirou para o lado.

Os executivos continuaram com a apresentação, evitando qualquer atraso.

Mas a atmosfera na sala de reuniões se tornou ainda mais tensa do que antes.

...

Chegou o inverno, com a temperatura despencando e uma chuva incessante, acrescentando um toque sombrio ao ambiente.

Dentro da vinícola, um cenário de completa destruição!

- Joaquim, seja sensato, entregue logo a fórmula do Vinho Luar! Senão, você vai pagar caro! - Ameaçou a madrasta, Nilda Melo, parada nas escadas, olhando para Joaquim caído no chão com uma atitude altiva.

Ao testemunhar a cena, o coração de Gisele se apertou de compaixão.

Mesmo antes do carro parar completamente, ela abriu a porta e correu na direção deles.

- Joaquim! - Chamou Gisele, correndo até ele, limpando a chuva do rosto dele com as mãos. Ao ver o sangue nos cantos de sua boca, a angústia tomou conta dela, lágrimas encheram seus olhos.

Joaquim estava deitado no chão, mal se mantendo consciente.

Nilda, ao ver Gisele, começou a lançar palavras sarcásticas.

- Oh, quem temos aqui? A Sra. Lopes... Ou melhor, a abandonada da família Lopes! - Zombou Nilda.

Gisele, apoiando Joaquim, encarou Nilda com fúria fervente.

- Ex-mulher também já foi legalmente casada, não é como você, uma amante sem vergonha! - Retrucou Gisele, sem reservas.

Ao ouvir isso, Nilda ficou furiosa e partiu para cima de Gisele, levantando a mão para dar um tapa. No entanto, Gisele, rápida como um raio, segurou o pulso dela e retaliou com um tapa sonoro em seu rosto.

O som de tapa ecoou, limpo e preciso, sem rodeios!