Ao chegar no quarto, Katharyna entendeu que não foi simplesmente bondade dele deixá-la dormir com sua avó. Os lençóis negros da gigantesca cama estava organizando até de mais.
O Supremo não ficou no quarto.
Seguindo o conselho da avó de questioná-lo diretamente, Katharyna optou por ver se ela está certa. Então perguntou:
— Você passou o dia aqui? — Afinal, já estava escurecendo. E Katharyna passou boa parte da noite conversando e dormiu durante o dia.
— Não. — Disse começando a tirar o bracelete de seu braço. Ele o colocou em um caixote de madeira forrado com prata.
— Onde esteve? — Ousou insistir. O Alpha reparou na mudança de seu tom ao perguntar. Havia diferença nas perguntas.
A abusada estava testando-o.
Um lobisomem é objetivo e direto. Se a pergunta for feita dando voltas e, sequer for uma pergunta e ser simplesmente uma afirmação "você me traiu" para entrar no assunto… Ninguém pode questioná-lo por não dar satisfação.E mais importante… desde quando alguém que não fez nada errado tem que dar satisfação de algo?Se algo tivesse acontecido, seria mais do que certo haver justificativa. Mas o Supremo nada fez. Por que justificar-se sobre algo ainda mais quando Katharyna tem tanta certeza da traição?Mas a pergunta foi direta. E com isso, a resposta foi direta:— Nada.Katharyna queria uma satisfação. E teve.A nudez é bastante comum entre os lobos
Por um dia inteiro Katharyna ficou tristonha. Não sentia fome, estava constantemente enjoada e sequer recusou-se a tomar banho.E na manhã do segundo dia o Supremo a chamaria para uma conversa.Mas ela despertou anteriormente.— Supremo? — E como sempre, o chamou.— Hm?— Está acordado? — Ele demorou a responder.— Uhum. — Katharyna não o incomodou por um tempo. Ele estava quase virando-se para encará-la quando sentiu a humana em suas costas.Quem agora dormia era ela, completamente espaçosa e dengosa.Como uma gata, ela rola de barriga para cima e estica todo o corpo antes de encontrar uma posição desejosa. Mesmo que isso signifique colar na
Lhycans são observadores. Orgulham-se de quem são. Orgulham-se da honra ao ponto do respeito ser extremamente forte por quem o possui.São desconfiados. Não costumam simplesmente serem seguros sobre o que uma pessoa parece ou aparenta. Mas quando estão certos da honra… respeito.Sejam com eles ou seja com outros povos. Honra é respeitada.Mas o quão honrado pode ser um indivíduo?O que um fracassado sem oportunidade pode tornar-se com apenas um incentivo?Os lhycans vem muito mais do que a honra e os ideais. Eles vem o potencial. Um reles mendigo pode tornar-se um imperador muito mais nobre do que
Grávida… ele sabia que ela estava grávida!Como?!E não se importou com isso. Não a fez sentar e tricotar roupas e muito menos encheu-a de obrigações sobre o dever de uma mulher.Ele não mandou-a cuidar de sua gravidez e prezar como uma boa esposa. Ele ordenou que treinasse!Mas Katharyna não conseguia. Estava abalada demais com suas palavras. Jæysøn̶ Ådamhs ama? Esses são seus sentimentos para com ela?Ela sorri amplamente e abraça seu próprio corpo. Quase como se o sentisse atrás de si, confortando-a em seus músculos rígidosE em seu útero, o bebê. Seu primogênito. Seu herdeiro!
Sobre o rosnado de rejeição e uivo de aceitação no luar vermelho, a raiz surgirá da primeira solysthica fêmea de um Supremo…No inverno, quando o sangue da lua vermelha cair e a fera acordar, o devasto surgirá. A primeira humana fêmea de um Supremo da pura linhagem ininterrupta, cujas batalhas nunca perde, trará a divindade esperada pelo povo e repudiada pelo mundo.Sua barriga dói… Como se tivesse levado um soco de Jæysøn̶. O soco de um Titã.Mas não de um adulto…Como se todo seu fôlego fosse ceifado e não tivesse lugar a nada exceto a dor. Kat
Cabelos completamente negros e enormes. Cachos médios e definidos com todo seu volume atrás de uma tiara de ouro. Olhos tão azuis quanto o mar. Cílios negros e definidos.A beleza daquela mulher é surreal. Seu olhar puro, as bochechas rosadas e os lábios vermelhos. Nada pode ser comparada a ela.Nhycall está vestida inteiramente de branco, com seda que cobre apenas seus fartos seios e uma tanga mantida por um cinto de ouro que expõe suas deslumbrantes coxas.Nada mais. Tudo está escuro. Não há nada além da visão daquela mulher. De como seus olhos mudam do verde ao azul. De como brilham alegres ao ver um homem. 
A escuridão da noite reinava. A neve tornava o ambiente mais e mais frio. E a fera… marchando.O ataque é esperado. Como Jæysøn̶ previu o ataque anteriormente, o inimigo já sabia o que esperar. Aguardava por isso.Cidadãos e crianças foram evacuados para onde os lhycans não poderão encontrá-los. Escravos e prisioneiros de guerra estavam longe. A armadilha estava preparada.Os lobos eram aguardado. Mas horas se passaram e o elemento da noite estava morrendo.Quando vem?É o que o homem, ao topo de uma muralha, pergunta-se ao encarar a floresta.— Nada? — Uma mulher ao seu lado pergunta. A voz puxada e doce, agasalhada com uma capa negra. Apenas os
Humana? Lhycan? Aquela mulher parecia ambos.Cabelos castanhos e cacheados cae por todo seu ombro esquelético. Está suja, assustada e se aquece apenas com um trapo de roupa enquanto é cuidada por Àrl, sua irmã caçula.Ela claramente sentiu a ligação. Encarou diretamente a fera avermelhada. Um lobo enorme e musculoso que arrombou a porta de aço colocando-a abaixo num estalo. Uma fera cheia de dentes afiados que, recuou ao olhá-la.Assim como seu susto mudou de duração.O cheiro, a atração. A mulher é atraída por ele não importa o que e quem seja.Mas estavam no meio de uma batalha. O foco foi recuperado com um chamado:— Viggø!&