Ela encarou o uros.
Não…
Ela lembra-se de seu sonho.
Está sem fôlego…
Mas contínua!
Ela estremece sobre a presença daquele predador e lembra-se do pesadelo.
Corre desesperadamente pela densa floresta escura. Os galhos das árvores cortam-lhe e rasgam suas vestimentas. Pedaços da capa vermelha é grudado nas árvores. Seus músculos doem. Sua perna treme. Mas não para. Está cansada e ofegante. Escuta rugidos atrás de si, mas não atreve-se a olhar.
Mas não pode.
Ela continua.
Ela corre.
Surpresa.É o primeiro sentimento que surge em Katharyna quando arregalou os olhos ao sentir os lábios daquele homem pressionado contra os seus. São macios. Mais do que ela achou que seria. Ela sente a barba espessa roçar em seu queixo e todo seu corpo corresponde com arrepios inquietantes.As mãos do Alpha deslizam de seu queixo até a bochecha. O polegar contorna suas bochechas quando Katharyna sente-o afastar-se. Está completamente vermelha.Seu coração está acelerado mas seu peito não mais dói. Tudo que sente é o forte sentimento incompreendido do que acabou de ocorrer.E assim, recebe um carinhoso beijo na bochechas. Ela não o afasta ou empurra-lo. Apenas sente o rosto daquele homem sentir sua pele. O polegar des
Hyfhyttus.É o lugar de onde ele veio.Uma terra distante encoberta de perigo e magia.Uma terra repleta de luz. Um paraíso. É chamado de céu por muitos povos. Sortudo é aquele que consegue vê-la, mas privilegiado é aquele que tem a oportunidade de pisar em suas praias brancas e iluminadas.Katharyna perguntava-se a viagem inteira sobre essas terra. Sua aparência rodeada de magia, como seria? Todas as suas expectativas de criaturas mágicas e brilho foi ofuscado pela visão que teve após atravessar um denso nevoeiro.É simplesmente… mágico!Era de noite e a beleza poderia fazer a pupila do mais mal humorado ser dilatar. Te
Katharyna não poderia estar mais intimida ao adentrar aquela gasta floresta. É tão mágica quanto assustadora.E não conseguia entender. Como árvores são capazes de brilhar durante a noite?Não havia resposta.Mas apenas por humanos não encontrarem lógica, a natureza não irá deixar de ser bela. Porém, quanto mais belo, mais perigoso. É a lei natural.E assim, Katharyna contemplava as flores. A seiva brilha de forma fluorecente num vermelho suave. Um rosa intenso contornado por um azul cintilante. A flor é pequena como seu polegar, mas cresce em abundância no plumado de uma árvore.E assim, hipnotizada, Katharyna estende a mão para tocar suas pétalas espetadas como espinhos
Levou longos período de tempo para Katharyna processar a mulher a sua frente. E levantou tão rápido que seus pés enroscaram-se seu peso levou sua queda.— Pela Lua, Katharyna! — Sua avó não demora a socorrê-la. — Estás bem?Katharyna não respondeu. Continuou encarando o chão com uma tremedeira em seu corpo. Fazia tanto tempo que não via sua avó…Evitava pensar sobre. Não gostaria sequer de pensar na possibilidade de estar morta. De que estava sozinha naquele mundo. Só ela contra tudo e todos. De que nunca mais veria aquela mulher. Jamais poderia beijá-la, tocá-la. Ter sua proteção e seu afeto.E quando sentiu seus dedos enrugados tocarem-na, Katharyna desabou em lágrimas. Abraçou a mulher e chorou. Expressou toda sua dor e seu medo. Pela pr
Magia. Tudo poderia ser magia. Como a noite brilhava ou como sua pele coçava.Katharyna estava no alto de uma torre que sobressaia os espetos da enorme elevação rochosa ao centro da floresta. Havia banhado-se a pouco tempo e permanecia enrolada sobre um moinho de tecido branco.Sua avó havia saído em busca de serviçais que pudessem trazer vestimentas apropriada e a deixou apreciando o entardecer. Nunca vira algo tão belo quando a paisagem a frente.Ela consegue ver as elevações de terra a distância. A vegetação é como um tapete sobre a terra que, no horizonte, mescla com luzes suaves do vermelho e o laranja. Acima dela, as estrelas brilham com louvor.É tão encantador quanto assustador. Na floresta mais e
Jantar foi como descreveram seu encontro com o grande Supremo Alpha. E Katharyna conseguia facilmente imaginar a situação.Ela, vestida como uma prostituta, tendo as maiores vergonha de seu corpo exposta à humilhação jantando em algum salão escuro iluminado por poucas velas com um dos maiores predadores a sua frente. Encarando, analisando, debochando. Tudo atrás daqueles olhos inexpressivos.Mas a situação a sua frente era pior. Bem pior…Seria algum tipo de jogo? Uma forma humilhante de zombar de uma humana? Aquilo não era um jantar. Uma das gêmeas sugeriu que o Supremo agradeceria se ela fosse nua. Para quê? Para ridicularizá-la?O jantar não era uma sala confortável e aque
O jantar não poderia ficar mais estranho…O Trono entalhado na rocha, entre as patas perfeitamente desenhadas de um lobo, era maior do que Katharyna visualizou. Era largo, profundo e forrado de peles quentes de animais. Perfeito para um rei mostrar todo seu poder desde a maneira de se sentar até onde, exatamente, se senta.Prata e ouro desenham na rocha, como ondas do mar. Formam traços similares a lua, o mar e a fera. Lobisomens.Aquele é o trono do rei. O trono de um Alpha. Mas não de qualquer Alpha. Era alto, grande, majestoso como o lobo entalhado no pico da montanha, estufando o peito e erguendo a cabeça com total alteridade. Suas pastas ao redor do trono e os pelos cujo entalhe fazia questão de serem afiados caiam em duração ao acento. Aquele é o
Bhetta, o segundo no comando. Autoridades máxima da alcateia exceto pelo Alpha. Feras perigosas capazes de grande atrocidades. E a olhar para cada um deles, três dos quatro Bhetta, Katharyna sente o poder de sua dominância implacável.O primeiro a aproximar-se foi o do meio. Os cabelos eram negros, escuros. Mas conforme a luz da fogueira refletia-o, Katharyna percebeu uma certa clareza. Como um louro-negro. Sua barba rala é mais clara perante a pele bronzeada.Os olhos eram muito familiares. Esbranquiçados, mas azul. Sua vestimenta era negra com bordados dourados na lateral. Katharyna percebeu ser ouro puro nas vestimentas.Ela reparou nas pinturas em seu abdômen exposto. São como vento, circulares e dançando pelos músculos. Precisos, mas não exagerados. No gros