A SENSAÇÃO É DE QUE ESSE É o fim da minha vida. Os segundos se alongam e só consigo escutar as batidas do meu coração. Olho para Zane, que está sério e com uma calma que não tenho, seguro no rosto dele e o puxo, fazendo-o curvar, beijo sua boca e fecho os olhos. Os Anjos disparam feixes de luzes em nós e escuto os barulhos dos disparos.
— Humm? O
ZANE PENSA MAIS RÁPIDO que eu, corre para fora da margem e alcança o arpão. O jacaré ataca, vindo em minha direção, abrindo a enorme boca de dentes perigosos, uma mordida mortal. Antes de me atingir, entretanto, o jacaré recebe uma estocada no céu da boca, ficando com as patas dianteiras erguidas. É o suficiente para eu rolar para o lado, escapando dele.O galho ced
A FRONTEIRA É UM GIGANTESCO muro de energia que rodeia Bawarrod a apenas cinquenta quilômetros dos muros da cidade. Parece uma distância grande, mas para naves espaciais deve ser como centímetros. Levamos alguns minutos para atravessar em velocidade ultrassônica e, uma vez que ultrapassamos o perímetro de segurança, fico com a sensação de que a qualquer momento posso ser atacada por alienígenas. O ALOJAMENTO DOS ESCRAVOS não é a melhor coisa do mundo, mas ao menos cada um tem sua tenda, separada pelas Nove Casas. A minha não é das maiores, sou apenas uma escrava. Os maiores números de escravos é Lunysum e Mordecai, suas tendas são várias e unidas.Os guardas nos rodeiam e estamos isolados dos outros alojamentos, parece limpo e seguro. Temos cobertores, água(26) Ganhar ou Perder?
— JAYLEE! VÁ SE ARRUMAR OU VOCÊ VAI se atrasar para a festa dos nobres! — mamãe grita, despertando-me do sono gostoso ao que estou entregue em um colchão macio. Rolo por dentro dos lençóis frescos e abro os olhos devagar. A luz alaranjada do pôr do sol entra pela pequena janela redonda do meu quarto.O apartamento é menor que o anterior, mas não estou em p
— VOCÊ DEVE PARAR AGORA. — Devon segura firme em meu ombro, puxando seu braço e arrancando da minha boca.Ele está ajoelhado na minha frente, seguro em seu braço e dou uma lambida em seu sangue mais uma vez. Meu corpo inteiro pega fogo, em descontrole, com toda a energia que tenho dentro de mim, não desejo por mais nada.
CAVALGAMOS POR TERRAS CONGELADAS, não há nenhuma luz, apenas a enorme escuridão da noite e o céu nublado, enegrecido. Com a visão noturna, o cenário fica um pouco azulado, sem sombras, como uma pintura a óleo mal feita. O vento gelado bate na minha nuca, bochecha e nariz, um pouco incômodo e causa um pequeno estremecer na mandíbula, entretanto, os vampiros não sentem o mesmo frio que eu.
CELESTE GIRA O GALHO NA MINHA DIREÇÃO. Rolo rapidamente para o lado inverso, escapando do golpe. Por cima da minha cabeça, ela joga o tronco em cima de Zane, que ergue as duas mãos e o galho volta na direção dela, atingindo-a com força. Os pés de salto fino arrastam pelo chão deixando duas marcas na neve e ela se estatela de costas, com o tronco na barriga. —
A DENSA NEVASCA SE MISTURA À POEIRA e fuligem das enormes labaredas de corpos decrépitos dos carniçais abatidos. O vento esfria uma das minhas bochechas, enquanto as chamas de uma fogueira de cadáveres esquenta a outra. Contemplo o cenário de batalha, que se estende por metros até os flancos próximos aos portões de N-D44, com a certeza de que estou ficando habituada ao cenário de destruição. O odor é terrível, mas não me importa.Último capítulo