— JAYLEE! VÁ SE ARRUMAR OU VOCÊ VAI se atrasar para a festa dos nobres! — mamãe grita, despertando-me do sono gostoso ao que estou entregue em um colchão macio. Rolo por dentro dos lençóis frescos e abro os olhos devagar. A luz alaranjada do pôr do sol entra pela pequena janela redonda do meu quarto.
O apartamento é menor que o anterior, mas não estou em p
— VOCÊ DEVE PARAR AGORA. — Devon segura firme em meu ombro, puxando seu braço e arrancando da minha boca.Ele está ajoelhado na minha frente, seguro em seu braço e dou uma lambida em seu sangue mais uma vez. Meu corpo inteiro pega fogo, em descontrole, com toda a energia que tenho dentro de mim, não desejo por mais nada.
CAVALGAMOS POR TERRAS CONGELADAS, não há nenhuma luz, apenas a enorme escuridão da noite e o céu nublado, enegrecido. Com a visão noturna, o cenário fica um pouco azulado, sem sombras, como uma pintura a óleo mal feita. O vento gelado bate na minha nuca, bochecha e nariz, um pouco incômodo e causa um pequeno estremecer na mandíbula, entretanto, os vampiros não sentem o mesmo frio que eu.
CELESTE GIRA O GALHO NA MINHA DIREÇÃO. Rolo rapidamente para o lado inverso, escapando do golpe. Por cima da minha cabeça, ela joga o tronco em cima de Zane, que ergue as duas mãos e o galho volta na direção dela, atingindo-a com força. Os pés de salto fino arrastam pelo chão deixando duas marcas na neve e ela se estatela de costas, com o tronco na barriga. —
A DENSA NEVASCA SE MISTURA À POEIRA e fuligem das enormes labaredas de corpos decrépitos dos carniçais abatidos. O vento esfria uma das minhas bochechas, enquanto as chamas de uma fogueira de cadáveres esquenta a outra. Contemplo o cenário de batalha, que se estende por metros até os flancos próximos aos portões de N-D44, com a certeza de que estou ficando habituada ao cenário de destruição. O odor é terrível, mas não me importa. ENCHO MINHA BOCA COM O GOSTO DOCE DE DEVON, ainda assim, o beijo com demora e suavidade. Abro os olhos para encará-lo nesse instante em que me afasto, mordendo a boca, guardando para mim a sensação de seus lábios deliciosos contra os meus. Ele pigarreia, erguendo as duas sobrancelhas e os olhos dourados na minha direção. Estreito os olhos analisando-o bem. Essa reação.— ATRAVESSO PELAS MURALHAS QUE contornam a aldeia inuit para chegar aos aposentos de Bawarrod, um suntuoso castelo com a parte de trás colada na geleira, rodeado por árvores e um grande jardim. Chego acompanhada por uma escolta do Grande Império, seis guardas de armaduras caminharam comigo, dois à frente, dois ao meu lado e dois atrás, sinto-me até importante nesse momento, atraindo olhares curiosos. Há uma grande escadaria que preciso subir até chegar a uma enorme porta pontuda de madeira e ferro. Um dos guardas puxa uma alavanca em uma grande roldana de correntes, fazendo-as soltar. A porta sobe com um ranger.<(32) Azar no Jogo
(33) Silêncio na Casa Bawarrod
UM POUCO ANTES DO AMANHECER, RESOLVO IR EMBORA, estou cansada e preciso dormir um pouco.— Por favor, volte breve. — Lady Lucretia me abraça forte, novamente como se eu fosse uma amiga que não vê há séculos, olho para Zane por cima do ombro e ele está sorrindo. — VOCÊ ESTÁ PRONTA? — A MÃO QUENTE DE DEVON está na minha nuca, firme, causando choques por todo o meu corpo.— Estou.Último capítulo(35) Masmorras