Sessenta e um

ANA

A Martinha me acalmava e respirava junto comigo.

A dor do parto era uma completa desconhecida para mim. Uma mãe de primeira viagem, o que era de se esperar, não é mesmo?

Como a Clarissa disse, as "contrações" vinham doloridas. Algo que depois do meu desespero consegui perceber que eram dores suportáveis, mas a cada minuto ficavam mais intensas e havia um pressão forte bem no pé da minha barriga.

- Tá aumentando, Clarissa! - Falei entre dentes, inspirando pelo nariz e logo soltando pela boca.

- Calma, tá?! Continua com a respiração - Disse e eu pude ver ela higienizar a tesoura e jogar álcool no vidrinho do fio dental.

- Eu só queria o meu amor aqui - Murmurei baixinho e voltei a fazer a respiração.

- Calma, vai ficar tudo bem! Só respira, tá bom? - A Martinha afagou os meus cabelos e assenti tomando o ar.

Com o passar dos minutos as contrações foram ficando muito mais doloridas, e foi aí que ficou difícil. Doía muito e a pressão só aumentava.

Clarissa levantou o meu vestido e ti
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