Só consegui me ver livre do Daniel quando o Cássio pulou em cima dele e lhe deu um soco.
Só tive tempo de puxar o Cássio de cima dele quando todo mundo chegou - Meus pais, pais do Cássio, Irmã do Cássio, amigos ... -.
- O que aconteceu aqui?? - Ouvi alguém perguntando mas nao sei bem quem.
Não tive tempo de explicar nada, pois fui atras do Cássio que tinha saído dali em disparada.
- Cássio! Espera! - Gritei segurando seu braço.
- Esperar o que?! Para poder ver vocês juntos de novo?! O que você vai dizer, que foi tudo um mal entendido?!
- Gritou de volta, mas percebi que ele estava chorando. - chorando muito! - Quando vi seu rosto todo molhado logo meus olhos se enxeram de lágrimas. O Cássio nunca chorava, nunca! Eu nunca havia o visto assim!
- Por favor! Você tem que acreditar em mim! - Disse ja chorando.
- Nathália, por favor! Me deixa em paz, não me procura, não fala mais comigo! ME ESQUECE! - Essa ultima frase ele disse bem alto e com enfase.
Não consegui ver mais nada depois, meus olhos estavam marejados e minha visão embasada por causa disso.
Sentei ali no meio da rua mesmo e deixei as lagrimas cairem. Como assim? Ele nem me deixou explicar! Não ... As lágrimas tomaram conta do meu corpo inteiro. Apenas fiquei ali por horas e deixei que elas caissem.
Depois de um bom tempo ai que realmente caiu a ficha ... Eu perdi o Cássio, o meu noivo! - Sim noivo!! Aquele seria um jantar de noivado, por isso todos estavam reunidos. -
O Daniel não tinha esse direito, não tinha! Quando voltei para onde estavamos ele ja não estava mas lá, eu também nunca mais tive noticias dele e nunca mais deixei ninguem me chamar de Nat ... Me lembrava o passado, e o Cássio estava nele ...
Flashback off
- Nat? - O Cássio disse balançando a mão na minha frente.
- Hã?! Ah, desculpa ... Eu só tava lembrando ... - Disse - Aquela foi a pior noite da minha vida ... - Terminei.
- Pensei que fosse essa ... Eu ressurgi na sua vida, de novo, do nada ... - Disse.
- É ... Preciso criar uma lista ... - Disse me despersando. - Cássio ... Eu fico realmente feliz ... Por você ter acreditado em mim, mesmo depois de 1 ano ... - Tecnicamente, foi 1 ano inteiro depois do nosso termino! Disse sentindo uma leve nostalgia.
- E ...? - Disse esperando por um resposta mais concreta.
- E que eu aceito o seu perdão. Mas nada além disso, eu não posso Cássio, a magoa ainda ta aqui, ela ainda existe. - Disse com a mão no peito. - E eu também comecei uma nova vida aqui ... - Disse respirando fundo.
- Você está com alguem, não está? - Ele disse como se estivesse lendo meus pensamentos.
- Hm ... - Enrolei - Sim Cássio ... Sim. Terminamos a 1 ano! O que você queria? Que eu ficasse pensando em você, esperando você descobrir a verdade e vir me procurar? Eu tinha certeza que isso nunca ia acontecer! Fiz de tudo pra você acreditar, sabe disso! E o Andrew encheu sua cabeça, meu proprio irmao, e você preferiu acreditar nele e no que viu do que em mim! Tenho certeza que também seguiu a sua vida. - Despejei logo tudo de uma vez e senti um grande alivio.
- É Nat ... Eu sei ... - Ele falou em meio de suspiros. - Mas quem ama espera. - Disse me olhando.
- Sim Cássio, e quem ama também tem confiança. - Rebati e abri a porta do meu quarto para que ele saisse.
Ele me olhou algumas vezes, respirou fundo e saiu. Pensei que já tinha ido, mas ele voltou e disse que um dia vou lembrar de tudo isso e vou sentir saudade do que poderiamos ter tido e sido.
- Isso mesmo Cássio, PODERIAMOS, passado, não podemos mais. - Disse e fechei a porta do quarto.
Me joguei na cama e deixei que as lágrimas caissem. Depois de tanto tempo, mas a dor parecia continuar a mesma! Parece que quando olhei ele naquela sala um pouco antes, tudo tinha voltado. As lembranças, aquela noite ...
Os sentimentos ...
Mas ao mesmo tempo a imagem do Austin veio a minha cabeça. Eu não podia sentir aquilo, NÃO PODIA! Por mim, pelo Austin, por nós! Eu sei que sinto ainda alguma coisa pelo Cássio, quando ele sorria e eu via aquelas covinhas, meu coraçao ficava a mil. Mas também sentia alguma coisa pelo Austin! Era uma coisa diferente do que sentia pelo Cássio, era vontade de estar junto com ele, ele não saia da minha cabeça e quando estavamos juntos era como se o tempo parasse só para nos dois! Mas e esse sentimento estranho pelo Cássio? Eu não sei ... Não sei de mais nada ... Estava tão confusa ... É possivel amar mais de 1 pessoa ao mesmo tempo?
(Pov Nathália)
Acordei de manhã com os olhos inchados e percebi que ainda estava com a roupa de ontem. Droga! Na mesma hora que acordei lembrei da festa! To fudida! A festa, do amigo do Austin! Ele disse que vinha me buscar, eu esqueci completamente! Droga!
Me levantei rápido, me senti um pouco tonta mas logo passou, dormir sem comer nada dá nisso. Peguei meu celular e vi que tinha varias ligaçoes do Austin. Tinha 2 mensagens também.
"Nat, já to aqui na frente da sua casa, cade você?"
"Sua mãe falou que você já está dormindo, esqueceu da festa?"
Sim Austin, esqueci completamente! Droga, agora não adianta mais responder ... E la esta o 'Nat' de novo ...
Bom, seguir em frente, esquecer e me acostumar, afinal nao vou deixar uma historio do passado estragar o meu presente e muito menos o meu futuro.
Deixei o celular na cabeceira da cama e fui tomar um banho para poder ir explicar as coisas para o Austin na casa dele, ainda me sentia um pouco tonta e cansada, mas o banho até que me fez bem, esfriou meu corpo que estava quente. Abri meu armário e escolhi uma roupa. 1* Vesti uma regata branca e uma blusa maior por cima, minha calça bege e 2* minha sapatilha preferida de renda. Me olhei no espelho. Não estava muito bem ... A tontura continuava, mas eu precisava falar com o Austin. Peguei minha bolsa e desci as escadas.
- Filha, não vai tomar café? - Minha mãe perguntou vendo que eu já estava com a porta da frente aberta.
- Ah, não mãe, não estou com fome ... - Respondi me sentindo enjoada só de sentir o cheiro da comida.
- Tem certeza minha filha? Você dormiu ontem sem comer nada. - Ela disse parecendo preocupada.
- Tenho sim mãe, qualquer coisa eu como alguma coisa por ai. Beijo - Disse e sai logo.
Andei durante uns 10 minutos e cheguei na casa do Austin - não era muito longe da minha -, Toquei a campainha e uma mulher de cabelos escuros e olhos claros abriu a porta.
- Pois não? - Ela disse sorrindo.
- Eu queria falar com o Austin, ele está? - Perguntei.
- Ah claro, esta sim, pode entrar. - Disse dando passagem para mim entrar. - Eu vou chamar ele, só um minutinho. - Falou.
No mesmo segundo que ela botou os pés no primeiro degrau, alguem apareceu no topo da escada.
- Não precisa mãe, a Nathália pode subir. - A voz do Austin soou pela sala. Ele estava no topo da escada e muito lindo! Usando só uma bermuda meio amassada e com o cabelo bagunçado como se tivesse acabado de acordar - que pelo o que acho foi isso mesmo -.
A mãe do Austin me deu passagem para que eu pudesse subir as escadas. Subi rápido até chegar onde o Austin estava e olhei pra ele que sorriu para mim. Subimos o resto das escadas em silencio até chegar ao seu quarto.
- Oi! - Ele disse me dando um selinho.
- Oi. - Respondi dando um sorrisinho. - Desculpa mesmo não ter ido na festa ontem! Eu tive uma visita inesperada e esqueci completamente da festa. - Disse com receio que ele ficasse com raiva. Em vão, porque ele aceitou bem.
- Ah, tudo bem, eu fiquei meio triste por você não ter ido mas deixa pra proxima ne. - Disse e se sentou na cama.
Sentei ao seu lado.
- Mas quem foi essa visita inesperada que você recebeu? - Perguntou. Senti de novo a tontura e exitei.
- Ah ... O meu irmão ... e um ... amigo. - Disse pausadamente.
- Você tem um irmão? - Perguntou estranhando. - Você nunca me contou. - Falou se sentindo meio excluido.
- Ai, desculpa! Mas a verdade é que nem eu queria acreditar que tinha um ... - Disse abaixando a cabeça por causa da tontura que estava mais forte.
- Por que? Ele te fez alguma coisa? - Ele também abaixou um pouco a cabeça para me olhar.
Resolvi contar logo tudo! Esconder só ia piorar as coisas, uma hora ele ia descobrir mesmo. Disse tudo que aconteceu desde o começo, sobre o Daniel, o Andrew, o Cássio, tudo! Ele ficou calado um tempo mas logo falou.
- Ah, então esse seu 'amigo' é o seu ex? - Ele parecia com raiva.
- Ah, é amigo ... do meu irmão . - Gaguejei.
- Do seu irmão?! - Ele se levantou e passou a mão sobre os cabelos.
- Ei, Austin, não. Não tenho mais nada com ele, juro, eu já te falei, te expliquei tudo. - Disse segurando seu rosto.
- Eu sei Nathália, mas ele quer voltar! ELE quer! - Disse colocando suas mãos sobre as minhas.
- Isso não vai acontecer. Eu juro, eu gosto de você como nunca pensei gostar de alguém! Eu to com você e não com ele! Com VOCÊ! - Disse aproximando meu rosto do dele. - Te amo ... - Cochichei em seu ouvido como se fosse um segredo, só meu e dele.
Ele me olhou meio admirado.
- Eu também te amo, te amo muito. E não quero te perde pra ele e nem pra ninguem ... - Disse meio sorrindo mas logo ficou sério de novo.
- E você não vai. - Disse e beijei ele.
Mas senti uma pontada muito forte na cabeça e sem querer mordi seu lábio forte demais.
- Ai! - Ele disse se afastando.
- Desculpa ... Foi sem querer ... eu ... - Não consegui falar mais nada depois, minha vista começo a piscar e tudo parecia em câmera lenta.
- Nat! Nat, você está bem? - Ouvi uma voz e senti alguém me segurando com força.
A ultima coisa que vi foi alguem entrando pela porta - não sei quem exatamente era, estava tudo muito embaçado
- depois disso senti meu corpo todo mole e minha visão ficou totalmente preta.
(Pov Austin)
Estava sentado na cadeira do Hospital quando senti uma mão no meu ombro me fazendo virar depressa e ver meu pai. Levantei e ele me abraçou. Vi que atras dele estavam um homem e uma mulher meio parecida com a Nathália. Devem ser seus pais.
- Austin? - O homem se aproximou.
- Sou eu. - Disse
- Você é o rapaz com que a Nathália esta ... saindo? - Perguntou meio desconfiado.
- Sim ... - Respondi meio sem graça.
- Obrigado por traze - lá ao Hospital e nos avisar, é muito importante para nós. - Disse e estendeu a mão.
- Ah, sim, eu faria qualquer coisa por ela. - Disse e toquei sua mão.
E faria mesmo! Faria qualquer coisa pela Nathália. Ela era minha vida, não podia perde - la ...
Quando o pai dela passou pelo meu lado, colocou a mão no meu ombro e falou para que só eu ouvisse.
- Lembro de você com minha filha em casa rapaz. - Saiu e sorriu balançando a cabeça. Arregalei os olhos com aquele comentario me lembrando daquele dia.
Falei também com a mãe da Nat e todos nós nos sentamos no sofá. Percebi a expressão de preocupação da mãe dela e escondi o rosto com as mãos me recordando.Flashback on- Nat! - Gritei e vi meu pai entrando no quarto.- Meu filho! Tudo bem? O que aconteceu? - Ele disse olhando para a Nathália desmaiada nos meu braços.- Preciso levar ela pro Hospital! Agora! - Disse carregando ela e saindo em disparada do quarto.Desci as escadas com pressa e abri a porta.- Filho, o que aconteceu? - Minha mãe perguntou assustada.- Preciso levar ela pro Hospital! Agora mãe, rápido, por favor! - Disse desesperado.Meu pai pegou a chave do carro e saimos todos para o Hospital. Meus pais foram na frente e eu fui atras
(Pov Nathália)Continuei ali, parada, hipnotizada, olhando para aquele ser em minha frente.- Minha filha? - Perguntou meu pai me olhando sem entender.- Ah. - Despertei. - O que você está fazendo aqui? - Perguntei sem dó nem piedade.Ele não podia ficar ali nem mais um segundo! Eu era feita de carne e osso senhor!- Nathália! O que é isso?! - Minha mãe falou indignada.- Tudo bem Dona Laura. - Ele disse olhando para a minha mãe e depois tornou olhar para mim e me respondeu. - Eu não tinha onde ficar Nat, então seus pais me deixaram ficar aqui por esse tempo que eu vou ficar na cidade, mas não se preocupe não será por muito tempo.- Posso falar com você em particular? - Perguntei j&aacut
- Não posso Cássio, você sabe disso. - E não podia mesmo! Ele não podia ter esse efeito sobre mim.- Tudo bem ... Eu ... - Ele ia disser alguma coisa mas não ouvi pois dei um ultimo mergulho e sai da piscina.Fui depressa e me vesti sem nem mesmo me enxugar, precisava sair dali agora, antes que alguma coisa acontecesse. Eu não seria responsavel pelos meus atos se ele chegasse tão perto assim de novo!Joguei todas as minhas coisas rapido na bolsa e calcei minhas sandalias. Quando eu já estava atravessando o jardim senti uma mão me segurando e sabia direitinho de quem era essa mão!- Cássio me ... - Quando eu ia disser para ele me soltar e me deixar ir, senti seus labios nos meus.Ele me segurou pela cintura e continuou assim por um tempo. Eu queria, queria mesmo interromper aquil
(Pov Nathália)- Fala Nathália, o que foi? Você está com uma cara ... – Austin disse fazendo uma careta que me fez rir mas logo fiquei seria outra vez.Acho que ele percebeu, porque riu e logo ficou sério também.- Austin ... Antes de tudo, queria dizer que eu te amo! Muito, como nunca amei ninguém! – Disse fazendo uma introdução.- Fala. – Ele disse com a expressão seria como se já soubesse o que eu ia falar e cruzou os braços.- Eu ... Não tive culpa! De verdade, sei que é meio difícil de acreditar, mas você precisa confiar em mim! – Disse e não dei espaço para que ele falasse. – Aconteceu ... que ontem quando eu estava ... por aí. - Olhei para ele e percebi que estava bem atento. – E, bom, eu encontrei alguém ... – Resolvi falar logo tudo de uma vez. &nda
(Pov Austin)- Seus pais não vão ta em casa sexta á noite pra você fazer essa festa Victor? - Perguntei curioso.- Nem mano, eles vao viajar quinta de madrugada e so voltam domingo acredita? - Respondeu rindo.Todos comemoraram e ficaram conversando como seria a festa. Do nada me peguei observando a Nathália de novo ... Ela estava tão linda! Dava até pra mergulhar naqueles olhos verdes e azuis - sim vei, o olho dela é aquela mistura que a gente nao sabe diferenciar se é verde ou azul - e se perder em seus cabelos que era um castanho puxado pro loiro/ruivo/mel/todasascoresexistentes. Só me dispersei quando o Leo me deu um tapa.- Ei! - Reclamei.- Por que você nao vai falar com ela cara? - Ele perguntou se encostando na cadeira.- A gent
Fomos andando em direção á casa, mas pra atravessar o jardim precisava passar por uma passagem meio estreita. Tropecei em alguma coisa que nem mesmo eu sei e o Austin me segurou ficando centimetros longe da minha boca. Fitei sua boca rosada e ele a minha. Ficamos assim por um tempo até que ele tomou a iniciativa e me beijou. Ele me levantou e me encurralou na parede ainda me beijando, mas não era um beijo comum, esse estava cheio de desejo e paixao ... Era selvagem! Logo ele pediu passagem e eu dei. Com uma mão ele segurava a minha cintura apertando - a contra seu corpo e a outra ele apertava a minha coxa. Passei meus braços envolta de seu pescoço apertando - o e massageando seus cabelos.Paramos um pouco para tomar ar, e para não quebrar o clima nesse intervalo Austin ficou dando leves mordidinhas e beijando meu pescoço, mas logo voltamos a nos beijar. Senti alguma coisa atras de mim e sentei em cima &oacu
- Estamos encharcados! Que maravilha. – Disse a Pri espremendo o cabelo.- Ei, não vai molhar toda a sala! – Ouvi o Victor reclamando.- A ideia da chuva foi sua, então aguenta! E aproveita e vai nas nossas casas pegar roupas limpas. – Ela praticamente ordenou.- Ah é verdade, eu vou junto, vamos logo. – Disse puxando o Victor pelo braço.Saímos da casa do Victor e passamos primeiro na casa do Leo que era quase na mesma rua. O Victor entrou pra buscar umas roupas e eu fiquei esperando no carro. Não demorou muito e ele saiu com uma mochila que jogou no banco traseiro e fomos direto para a casa da Pri. Foi a minha vez de ir busca as coisas dela. Toquei a campainha e foi a mãe dela que abriu. Expliquei a situação e logo fui ao quarto dela. Peguei uma bolsa grande, escolhi umas roupas e coisas pessoa
Chegamos na escola em menos de 8 minutos e corremos para as nossas próximas aulas. Não teria aula com nenhum deles agora, então peguei um caminho e eles outro. Cheguei na sala pra aula de Literatura ofegante.- Entre Senhorita Stewart. – A Sra. Marta – professora de Literatura. – anunciou.Entrei na sala e me sentei na primeira cadeira que vi vaga. Logo senti um calor de um olhar em cima de mim e olhei para ver de onde vinha, foi quando meus olhos encontraram os do Austin. Segurei o olhar até que ele desviou e eu lembrei que teria um desafio a cumprir hoje. Com a pressa de hoje de manha acabamos nos esquecendo, mas agora que ô vi senti até um arrepio na espinha. Respirei fundo e tentei prestar atenção na aula.O sinal do almoço tocou e eu fui direto para o refeitório, me sentei na mesa de sempre e fiquei esperando as meninas que logo apareceram.- A Pri já me fal