07

Falei também com a mãe da Nat e todos nós nos sentamos no sofá. Percebi a expressão de preocupação da mãe dela e escondi o rosto com as mãos me recordando.

Flashback on

- Nat! - Gritei e vi meu pai entrando no quarto.

- Meu filho! Tudo bem? O que aconteceu? - Ele disse olhando para a Nathália desmaiada nos meu braços.

- Preciso levar ela pro Hospital! Agora! - Disse carregando ela e saindo em disparada do quarto.

Desci as escadas com pressa e abri a porta.

- Filho, o que aconteceu? - Minha mãe perguntou assustada.

- Preciso levar ela pro Hospital! Agora mãe, rápido, por favor! - Disse desesperado.

Meu pai pegou a chave do carro e saimos todos para o Hospital. Meus pais foram na frente e eu fui atras com a Nathália. Passei a mão de leve em seu rosto. Não aguentava vê - la assim. Tão frágil, tão delicada ... Parecia uma boneca de porcelana, uma boneca que eu ia fazer de tudo para proteger!

Chegamos ao Hospital e logo nos atenderam. E ela continuava inconsciente. Fizeram umas perguntas rápidas enquanto colocavam ela na maca. Respondi todas e entao á levaram. Queria ter ido junto, mas não permitiram então pedi para meu pai avisar os pais da Nat, mas olhei sua bolsa e não achei o celular, então anotei o endereço em um papel e dei para ele. Pedi que fosse no meu lugar, eu não queria sair dali até ter noticias da Nathália. Nao demoru muito e ele voltou, agora com os pais da Nat.

Flashback off

- Vocês encontraram o celular dela? - Perguntei levantando a cabeça meio pensando alto.

- Estava na cabeceira da cama, ela deve ter esquecido de pegar antes de sair. - A mãe dela respondeu com a expressao triste.

Assenti e logo o silencio tomou conta do lugar outra vez.

- Vai ficar tudo bem meu filho. Você vai ver, você precisa ser forte agora! - Minha mãe disse colocando os braços ao meu redor.

Assenti, mas eu sabia que não era nada simples, as pessoas não desmaiavam á toa!

Nesse mesmo instante o médico chegou e todos levantamos.

- E ai doutor? O que a minha filha tem? - A Dona Laura perguntou preocupada. - Laura era o nome da mãe da Nat. -

O médico respirou fundo como se fosse estivesse se preparando para dizer alguma coisa dificil de ser ouvida e olhou de novo para nós.

Senti um pressentimento muito ruim com olhar dele. E por mais que eu quisesse que não fosse nada, meu pressentimento estava certo ...

(Pov Austin)

A Nat era anêmica? Como assim?!

- Foi feito um exame, e comprovado que a paciente é anêmica. - O médico disse. - Talvez por ter ficado muito tempo sem comer ou não ter feito as refeições nos horarios corretos tenham feito a anemia desperta. - Continuou.

- Mas como assim doutor? A minha filha nunca foi anêmica! - A Tia Laura falou indignada. - Sim eu chamava a mãe da Nat de 'tia'. -

- As vezes a pessoa não é anêmica Dona Laura. Ela desperta no decorrer da vida. - Ele explicou.

- Mas ela vai ficar bem, não vai? - Interrompi.

- Vai sim. Ela só precisara seguir um cardápio rígido para não ter mais nenhuma recaída. - Ele disse virando - se para mim.

Depois de tudo explicado foi como se um peso saisse das minhas costas e do meu coração também! Passou em cerca de uns 25 minutos até que o médico voltou e disse que poderiamos entrar para ver a Nathália. Os pais dela foram primeiro, passaram uns 10 minutos no quarto dela e disseram que eu já podia entrar.

- NAT! - Falei um pouco alto demais ao entrar no quarto e ve - la bem e acordada.

- Oi. - Ela disse dando um sorrisinho.

- Você está bem? Bem mesmo? - Disse me sentando na beirada da cama e acariciando seu rosto.

Ela parecia tão fragil ali naquela cama! Tinha vários tubinhos, inclusive um em sua veia. Ela estava tomando soro.

- Estou bem. Só um pouco cansada ... Obrigada por me trazer pra cá. Mesmo. - Ela disse tocando minha mão.

- Eu faria qualquer coisa por você. - Disse me aproximando e beijando ela. Foi um beijo apaixonado, calmo e demorado.

- Estou feliz por você esta aqui comigo. - Ela disse assim que me afastei.

- Eu também. Mas eu preciso ir, só me deixaram falar com você por alguns minutos. Você precisa descansar! -

Disse tentando mais me convencer a deixa - la do que ela.

- Ah. - Ela fez um biquinho tão lindo que me deu vontade de pega - la no colo e deixa - la ali para sempre!

Conversamos por mais alguns minutos quando uma enfermeira foi ao quarto e disse que eu precisava sair. Nos despedimos na maior "manha" e eu sai.

Minha mãe me convenceu a ir para casa, os pais da Nat falaram que ela já ia levar alta e poderia ir para casa ainda hoje. Decidir então ir para casa com meus pais. Quando chegamos em casa e eu subi para o meu quarto e foi como se todo o cansaço daquele dia viesse todo de um vez! Olhei no relógio "20:56". Entao resolvi deixar uma mensagem para a Nat.

"Já está em casa? Como se sente? Me responde assim que puder! Boa noite, te amo!"

Fui tomar meu banho e depois desci para comer alguma coisa e poder finalmente me jogar na cama e dormir o dia inteiro! - Eu não ia dormir o dia inteiro, o dia seguinte era segunda, ou seja, aula, ou como eu gosto de chamar "Zenzala dos escravos". - Comi o que tinha na geladeira e quando ia subindo ouvi alguem me chamando.

- Austin? - Era a voz do meu pai.

Desci os degraus que ja tinha subido e fui seguindo sua voz. Vinha da varanda. Ele estava debruçado lá olhando para o céu. Fui para o seu lado, me debrucei também e fiquei esperando ele dizer alguma coisa.

- Aquela garota é muito especial para você, não é mesmo meu filho? - Ele finalmente disse alguma coisa quebrando o silencio, mas continuou olhando para o céu.

- É sim pai, é a garota mais especial que eu já conheci. - Respondi com toda a certeza do mundo. Eu amava a Nathália, nada era mais importante pra mim do que ela.

(Pov Nathália)

Quando finalmente cheguei em casa depois de ouvir um sermão dos meus pais sobre a minha alimentação e saber que sou/estou anêmica, foi mais do que satisfatório entrar no meu quarto e poder tomar um banho. Minha mãe me fez prometer que eu ia tomar meu banho e dormir logo pois ja eram "22:30" e eu precisava descansar.

Entrei no meu quarto e fui direito para o box, tomei meu banho e 1* vesti um pijama bem quentinho para a noite fria que estava fazendo. Olhei meu celular e tinha uma mensagem do Austin. Li. Como ele conseguia ser tão perfeito?

Como eu não podia amar ele? Respondi a mensagem dele e botei meu celular na mesinha do abajur ao lado da minha cama.

"Estou bem. Acabei de chegar em casa e já estou morrendo de saudades! Vou sonhar com você, te amo mais ainda!"

Deitei e logo adormeci. E só acordei com a minha mãe me chamando.

- Minha filha? Está na hora de acordar ou vai se atrasar! - Ela disse tocando meu ombro.

- O que? - Disse abrindo os olhos e vendo que ainda estava amanhecendo.

- A aula minha filha! Hoje é segunda - feira! - Ela disse como se eu fosse louca.

- Mas eu vou para a escola? Eu não estava doente? - Disse tentando convence - lá de ficar em casa.

- Anemia não é doença, é um problema e isso não vai e não pode te impedir de viver sua vida. Vamos levante ou vai se atrasar! - Ela disse se levantando e saindo do quarto.

AAAH! Que droga, pra minha mãe nem que eu esteja morrendo de dengue eu falto aula. Ia reclamar mais um pouco, mas ouvi sua voz vindo la de baixo.

- 6:05! - Ela gritou.

Revirei os olhos e levantei. Tomei meu banho e escovei meus dentes. Abri meu armário e 2* escolhi uma blusa branca, um short jeans curto e uma meia calça e vesti minha jaqueta. Calcei meu all stars e penteei meu cabelo, resolvi deixa - lo solto, ele havia acordado de bom humor hoje! Me olhei no espelho, estava bem e me sentindo muito melhor comparado as tonturas de antes. Peguei minha bolsa, meu celular, meus livros - resumindo tudo - e desci.

- O café já esta pronto querida. - Minha mãe disse apontando para uma cadeira.

Me sentei e peguei um pão. Comi calmamente e quando já tinha terminado, meu estomago revirou com a visão que tive em minha frente.

O que o Cássio estava fazendo na MINHA casa?? E só de bermuda? - Isso mesmo! Ele estava só de bermuda, ou seja, sem blusa e com o cabelo todo bagunçado como se tivesse acabo de acordar. -.

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