Falei também com a mãe da Nat e todos nós nos sentamos no sofá. Percebi a expressão de preocupação da mãe dela e escondi o rosto com as mãos me recordando.
Flashback on
- Nat! - Gritei e vi meu pai entrando no quarto.
- Meu filho! Tudo bem? O que aconteceu? - Ele disse olhando para a Nathália desmaiada nos meu braços.
- Preciso levar ela pro Hospital! Agora! - Disse carregando ela e saindo em disparada do quarto.
Desci as escadas com pressa e abri a porta.
- Filho, o que aconteceu? - Minha mãe perguntou assustada.
- Preciso levar ela pro Hospital! Agora mãe, rápido, por favor! - Disse desesperado.
Meu pai pegou a chave do carro e saimos todos para o Hospital. Meus pais foram na frente e eu fui atras com a Nathália. Passei a mão de leve em seu rosto. Não aguentava vê - la assim. Tão frágil, tão delicada ... Parecia uma boneca de porcelana, uma boneca que eu ia fazer de tudo para proteger!
Chegamos ao Hospital e logo nos atenderam. E ela continuava inconsciente. Fizeram umas perguntas rápidas enquanto colocavam ela na maca. Respondi todas e entao á levaram. Queria ter ido junto, mas não permitiram então pedi para meu pai avisar os pais da Nat, mas olhei sua bolsa e não achei o celular, então anotei o endereço em um papel e dei para ele. Pedi que fosse no meu lugar, eu não queria sair dali até ter noticias da Nathália. Nao demoru muito e ele voltou, agora com os pais da Nat.
Flashback off
- Vocês encontraram o celular dela? - Perguntei levantando a cabeça meio pensando alto.
- Estava na cabeceira da cama, ela deve ter esquecido de pegar antes de sair. - A mãe dela respondeu com a expressao triste.
Assenti e logo o silencio tomou conta do lugar outra vez.
- Vai ficar tudo bem meu filho. Você vai ver, você precisa ser forte agora! - Minha mãe disse colocando os braços ao meu redor.
Assenti, mas eu sabia que não era nada simples, as pessoas não desmaiavam á toa!
Nesse mesmo instante o médico chegou e todos levantamos.
- E ai doutor? O que a minha filha tem? - A Dona Laura perguntou preocupada. - Laura era o nome da mãe da Nat. -
O médico respirou fundo como se fosse estivesse se preparando para dizer alguma coisa dificil de ser ouvida e olhou de novo para nós.
Senti um pressentimento muito ruim com olhar dele. E por mais que eu quisesse que não fosse nada, meu pressentimento estava certo ...
(Pov Austin)
A Nat era anêmica? Como assim?!
- Foi feito um exame, e comprovado que a paciente é anêmica. - O médico disse. - Talvez por ter ficado muito tempo sem comer ou não ter feito as refeições nos horarios corretos tenham feito a anemia desperta. - Continuou.
- Mas como assim doutor? A minha filha nunca foi anêmica! - A Tia Laura falou indignada. - Sim eu chamava a mãe da Nat de 'tia'. -
- As vezes a pessoa não é anêmica Dona Laura. Ela desperta no decorrer da vida. - Ele explicou.
- Mas ela vai ficar bem, não vai? - Interrompi.
- Vai sim. Ela só precisara seguir um cardápio rígido para não ter mais nenhuma recaída. - Ele disse virando - se para mim.
Depois de tudo explicado foi como se um peso saisse das minhas costas e do meu coração também! Passou em cerca de uns 25 minutos até que o médico voltou e disse que poderiamos entrar para ver a Nathália. Os pais dela foram primeiro, passaram uns 10 minutos no quarto dela e disseram que eu já podia entrar.
- NAT! - Falei um pouco alto demais ao entrar no quarto e ve - la bem e acordada.
- Oi. - Ela disse dando um sorrisinho.
- Você está bem? Bem mesmo? - Disse me sentando na beirada da cama e acariciando seu rosto.
Ela parecia tão fragil ali naquela cama! Tinha vários tubinhos, inclusive um em sua veia. Ela estava tomando soro.
- Estou bem. Só um pouco cansada ... Obrigada por me trazer pra cá. Mesmo. - Ela disse tocando minha mão.
- Eu faria qualquer coisa por você. - Disse me aproximando e beijando ela. Foi um beijo apaixonado, calmo e demorado.
- Estou feliz por você esta aqui comigo. - Ela disse assim que me afastei.
- Eu também. Mas eu preciso ir, só me deixaram falar com você por alguns minutos. Você precisa descansar! -
Disse tentando mais me convencer a deixa - la do que ela.
- Ah. - Ela fez um biquinho tão lindo que me deu vontade de pega - la no colo e deixa - la ali para sempre!
Conversamos por mais alguns minutos quando uma enfermeira foi ao quarto e disse que eu precisava sair. Nos despedimos na maior "manha" e eu sai.
Minha mãe me convenceu a ir para casa, os pais da Nat falaram que ela já ia levar alta e poderia ir para casa ainda hoje. Decidir então ir para casa com meus pais. Quando chegamos em casa e eu subi para o meu quarto e foi como se todo o cansaço daquele dia viesse todo de um vez! Olhei no relógio "20:56". Entao resolvi deixar uma mensagem para a Nat.
"Já está em casa? Como se sente? Me responde assim que puder! Boa noite, te amo!"
Fui tomar meu banho e depois desci para comer alguma coisa e poder finalmente me jogar na cama e dormir o dia inteiro! - Eu não ia dormir o dia inteiro, o dia seguinte era segunda, ou seja, aula, ou como eu gosto de chamar "Zenzala dos escravos". - Comi o que tinha na geladeira e quando ia subindo ouvi alguem me chamando.
- Austin? - Era a voz do meu pai.
Desci os degraus que ja tinha subido e fui seguindo sua voz. Vinha da varanda. Ele estava debruçado lá olhando para o céu. Fui para o seu lado, me debrucei também e fiquei esperando ele dizer alguma coisa.
- Aquela garota é muito especial para você, não é mesmo meu filho? - Ele finalmente disse alguma coisa quebrando o silencio, mas continuou olhando para o céu.
- É sim pai, é a garota mais especial que eu já conheci. - Respondi com toda a certeza do mundo. Eu amava a Nathália, nada era mais importante pra mim do que ela.
(Pov Nathália)
Quando finalmente cheguei em casa depois de ouvir um sermão dos meus pais sobre a minha alimentação e saber que sou/estou anêmica, foi mais do que satisfatório entrar no meu quarto e poder tomar um banho. Minha mãe me fez prometer que eu ia tomar meu banho e dormir logo pois ja eram "22:30" e eu precisava descansar.
Entrei no meu quarto e fui direito para o box, tomei meu banho e 1* vesti um pijama bem quentinho para a noite fria que estava fazendo. Olhei meu celular e tinha uma mensagem do Austin. Li. Como ele conseguia ser tão perfeito?
Como eu não podia amar ele? Respondi a mensagem dele e botei meu celular na mesinha do abajur ao lado da minha cama.
"Estou bem. Acabei de chegar em casa e já estou morrendo de saudades! Vou sonhar com você, te amo mais ainda!"
Deitei e logo adormeci. E só acordei com a minha mãe me chamando.
- Minha filha? Está na hora de acordar ou vai se atrasar! - Ela disse tocando meu ombro.
- O que? - Disse abrindo os olhos e vendo que ainda estava amanhecendo.
- A aula minha filha! Hoje é segunda - feira! - Ela disse como se eu fosse louca.
- Mas eu vou para a escola? Eu não estava doente? - Disse tentando convence - lá de ficar em casa.
- Anemia não é doença, é um problema e isso não vai e não pode te impedir de viver sua vida. Vamos levante ou vai se atrasar! - Ela disse se levantando e saindo do quarto.
AAAH! Que droga, pra minha mãe nem que eu esteja morrendo de dengue eu falto aula. Ia reclamar mais um pouco, mas ouvi sua voz vindo la de baixo.
- 6:05! - Ela gritou.
Revirei os olhos e levantei. Tomei meu banho e escovei meus dentes. Abri meu armário e 2* escolhi uma blusa branca, um short jeans curto e uma meia calça e vesti minha jaqueta. Calcei meu all stars e penteei meu cabelo, resolvi deixa - lo solto, ele havia acordado de bom humor hoje! Me olhei no espelho, estava bem e me sentindo muito melhor comparado as tonturas de antes. Peguei minha bolsa, meu celular, meus livros - resumindo tudo - e desci.
- O café já esta pronto querida. - Minha mãe disse apontando para uma cadeira.
Me sentei e peguei um pão. Comi calmamente e quando já tinha terminado, meu estomago revirou com a visão que tive em minha frente.
O que o Cássio estava fazendo na MINHA casa?? E só de bermuda? - Isso mesmo! Ele estava só de bermuda, ou seja, sem blusa e com o cabelo todo bagunçado como se tivesse acabo de acordar. -.
(Pov Nathália)Continuei ali, parada, hipnotizada, olhando para aquele ser em minha frente.- Minha filha? - Perguntou meu pai me olhando sem entender.- Ah. - Despertei. - O que você está fazendo aqui? - Perguntei sem dó nem piedade.Ele não podia ficar ali nem mais um segundo! Eu era feita de carne e osso senhor!- Nathália! O que é isso?! - Minha mãe falou indignada.- Tudo bem Dona Laura. - Ele disse olhando para a minha mãe e depois tornou olhar para mim e me respondeu. - Eu não tinha onde ficar Nat, então seus pais me deixaram ficar aqui por esse tempo que eu vou ficar na cidade, mas não se preocupe não será por muito tempo.- Posso falar com você em particular? - Perguntei j&aacut
- Não posso Cássio, você sabe disso. - E não podia mesmo! Ele não podia ter esse efeito sobre mim.- Tudo bem ... Eu ... - Ele ia disser alguma coisa mas não ouvi pois dei um ultimo mergulho e sai da piscina.Fui depressa e me vesti sem nem mesmo me enxugar, precisava sair dali agora, antes que alguma coisa acontecesse. Eu não seria responsavel pelos meus atos se ele chegasse tão perto assim de novo!Joguei todas as minhas coisas rapido na bolsa e calcei minhas sandalias. Quando eu já estava atravessando o jardim senti uma mão me segurando e sabia direitinho de quem era essa mão!- Cássio me ... - Quando eu ia disser para ele me soltar e me deixar ir, senti seus labios nos meus.Ele me segurou pela cintura e continuou assim por um tempo. Eu queria, queria mesmo interromper aquil
(Pov Nathália)- Fala Nathália, o que foi? Você está com uma cara ... – Austin disse fazendo uma careta que me fez rir mas logo fiquei seria outra vez.Acho que ele percebeu, porque riu e logo ficou sério também.- Austin ... Antes de tudo, queria dizer que eu te amo! Muito, como nunca amei ninguém! – Disse fazendo uma introdução.- Fala. – Ele disse com a expressão seria como se já soubesse o que eu ia falar e cruzou os braços.- Eu ... Não tive culpa! De verdade, sei que é meio difícil de acreditar, mas você precisa confiar em mim! – Disse e não dei espaço para que ele falasse. – Aconteceu ... que ontem quando eu estava ... por aí. - Olhei para ele e percebi que estava bem atento. – E, bom, eu encontrei alguém ... – Resolvi falar logo tudo de uma vez. &nda
(Pov Austin)- Seus pais não vão ta em casa sexta á noite pra você fazer essa festa Victor? - Perguntei curioso.- Nem mano, eles vao viajar quinta de madrugada e so voltam domingo acredita? - Respondeu rindo.Todos comemoraram e ficaram conversando como seria a festa. Do nada me peguei observando a Nathália de novo ... Ela estava tão linda! Dava até pra mergulhar naqueles olhos verdes e azuis - sim vei, o olho dela é aquela mistura que a gente nao sabe diferenciar se é verde ou azul - e se perder em seus cabelos que era um castanho puxado pro loiro/ruivo/mel/todasascoresexistentes. Só me dispersei quando o Leo me deu um tapa.- Ei! - Reclamei.- Por que você nao vai falar com ela cara? - Ele perguntou se encostando na cadeira.- A gent
Fomos andando em direção á casa, mas pra atravessar o jardim precisava passar por uma passagem meio estreita. Tropecei em alguma coisa que nem mesmo eu sei e o Austin me segurou ficando centimetros longe da minha boca. Fitei sua boca rosada e ele a minha. Ficamos assim por um tempo até que ele tomou a iniciativa e me beijou. Ele me levantou e me encurralou na parede ainda me beijando, mas não era um beijo comum, esse estava cheio de desejo e paixao ... Era selvagem! Logo ele pediu passagem e eu dei. Com uma mão ele segurava a minha cintura apertando - a contra seu corpo e a outra ele apertava a minha coxa. Passei meus braços envolta de seu pescoço apertando - o e massageando seus cabelos.Paramos um pouco para tomar ar, e para não quebrar o clima nesse intervalo Austin ficou dando leves mordidinhas e beijando meu pescoço, mas logo voltamos a nos beijar. Senti alguma coisa atras de mim e sentei em cima &oacu
- Estamos encharcados! Que maravilha. – Disse a Pri espremendo o cabelo.- Ei, não vai molhar toda a sala! – Ouvi o Victor reclamando.- A ideia da chuva foi sua, então aguenta! E aproveita e vai nas nossas casas pegar roupas limpas. – Ela praticamente ordenou.- Ah é verdade, eu vou junto, vamos logo. – Disse puxando o Victor pelo braço.Saímos da casa do Victor e passamos primeiro na casa do Leo que era quase na mesma rua. O Victor entrou pra buscar umas roupas e eu fiquei esperando no carro. Não demorou muito e ele saiu com uma mochila que jogou no banco traseiro e fomos direto para a casa da Pri. Foi a minha vez de ir busca as coisas dela. Toquei a campainha e foi a mãe dela que abriu. Expliquei a situação e logo fui ao quarto dela. Peguei uma bolsa grande, escolhi umas roupas e coisas pessoa
Chegamos na escola em menos de 8 minutos e corremos para as nossas próximas aulas. Não teria aula com nenhum deles agora, então peguei um caminho e eles outro. Cheguei na sala pra aula de Literatura ofegante.- Entre Senhorita Stewart. – A Sra. Marta – professora de Literatura. – anunciou.Entrei na sala e me sentei na primeira cadeira que vi vaga. Logo senti um calor de um olhar em cima de mim e olhei para ver de onde vinha, foi quando meus olhos encontraram os do Austin. Segurei o olhar até que ele desviou e eu lembrei que teria um desafio a cumprir hoje. Com a pressa de hoje de manha acabamos nos esquecendo, mas agora que ô vi senti até um arrepio na espinha. Respirei fundo e tentei prestar atenção na aula.O sinal do almoço tocou e eu fui direto para o refeitório, me sentei na mesa de sempre e fiquei esperando as meninas que logo apareceram.- A Pri já me fal
(Pov Austin)Corri atrás da Nathália até a casa dela e quando chegamos e eu finalmente consegui alcança – la alguém abriu a porta da casa na nossa frente.- Cássio? – A Nat disse se ajeitando em meus braços.- Hora de entrar não acha Nat? – Ele disse dando um sorrisinho pra ela -o que fez com que eu ficasse irado- e depois ficou me encarando.- Você não é o pai dela pra dizer as horas que ela tem ou não que entrar. – Disse apertando -a mais ainda em meus braços para que não saísse.- Tudo bem ... Eu vou. Austin. – Ela se virou para mim e deu um sorriso meigo. – Amanha a gente se ve. – Terminou e me deu um beijo rápido.- Vem. – O imbecil – sim imbecil é o Cássio- disse e á pegou pelo braço.QUEM ELE PENSA QUE É??? O PAI DELA