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Capítulo 3 – O Dia Seguinte

O sol da manhã filtrava-se pelas cortinas do quarto de hotel, lançando uma luz suave sobre os corpos entrelaçados na cama. Sofia piscou algumas vezes antes de abrir os olhos completamente, sentindo o calor de William ainda junto ao seu corpo.

Ela nunca havia dormido tão bem.

O cheiro dele estava impregnado nos lençóis, misturado ao aroma da noite insana que tiveram. O braço forte de William estava sobre sua cintura, e o peito dele subia e descia suavemente contra suas costas.

Por um momento, Sofia se permitiu apenas sentir. O calor do corpo dele, a respiração tranquila, a forma como seus dedos estavam entrelaçados inconscientemente.

Mas então a realidade bateu.

Ela dormiu com William Carter. Seu rival.

Sofia virou-se devagar, tentando sair dos braços dele sem acordá-lo, mas assim que moveu o corpo, William soltou um gemido preguiçoso e abriu os olhos.

– Bom dia, princesa. – A voz dele estava rouca e carregada de sono.

Sofia revirou os olhos, mas o sorriso dele a fez sentir um calor perigoso se espalhar por dentro.

– Não me chama assim – ela resmungou, deslizando para fora da cama e puxando o lençol para cobrir seu corpo nu.

William se apoiou no cotovelo, observando-a com um olhar satisfeito.

– E por que não? Depois da noite que tivemos, acho que posso te chamar como quiser.

Sofia o fuzilou com o olhar, mas sua mente a traiu, revivendo cada toque, cada gemido, cada vez que ele a fez perder o controle.

Ela respirou fundo e passou as mãos pelos cabelos, tentando recuperar sua compostura.

– O que foi isso, William?

Ele se espreguiçou, completamente à vontade, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.

– Uma noite incrível – disse, sem hesitação.

Sofia cruzou os braços. – Eu não estou falando disso. Estou perguntando... o que isso significa?

William a encarou por alguns segundos, como se ponderasse a resposta.

– O que você acha que significa?

Ela desviou o olhar, mordendo o lábio. O problema era que ela não sabia. E odiava não ter controle sobre a situação.

– Foi só... culpa da bebida e do estresse – Sofia disse, sem muita convicção.

William arqueou uma sobrancelha e soltou um riso baixo.

– Ah, claro. Porque a bebida e o estresse fazem as pessoas transarem como se não houvesse amanhã.

Sofia pegou um travesseiro e jogou nele. – Para de falar assim!

William segurou o travesseiro e riu, mas seus olhos estavam fixos nela.

– Está tentando se convencer ou me convencer?

Sofia estreitou os olhos. – Não começa.

Ele se levantou da cama, completamente nu, e caminhou até ela com aquele maldito sorriso de quem sabia exatamente o efeito que tinha sobre ela.

– Ok, Sofia. Foi só bebida e estresse – ele disse, puxando-a pela cintura. – Mas então por que você ainda está aqui?

Ela abriu a boca para responder, mas não conseguiu pensar em nada que não soasse como desculpa.

William sorriu, passando os dedos suavemente pelo rosto dela.

– Você pode continuar mentindo para si mesma, mas eu sei a verdade. Você gostou. Tanto quanto eu.

Sofia sentiu o coração acelerar, mas sua expressão continuou impassível.

– Não importa se eu gostei ou não. Isso não pode acontecer de novo.

William inclinou a cabeça. – Por quê?

Ela se afastou dele e começou a pegar suas roupas.

– Porque somos rivais. Porque amanhã estaremos um contra o outro no paddock. Porque isso... – ela gesticulou entre os dois – não faz sentido.

William cruzou os braços, observando-a.

– Você pode dizer tudo isso, mas não pode negar o que aconteceu aqui.

Sofia respirou fundo.

– Foi só uma noite, William. Uma única noite.

Ele se aproximou novamente, dessa vez pegando o rosto dela entre as mãos e forçando-a a olhar para ele.

– E se eu não quiser que seja só uma noite?

Sofia ficou em silêncio, seu coração batendo forte demais contra o peito.

Ela não tinha resposta para isso.

E isso a assustava mais do que qualquer corrida.

Sofia piscou algumas vezes, atordoada com a pergunta de William. Ele não queria que fosse apenas uma noite? Aquilo era ridículo.

Ela riu, cruzando os braços.

– Você é hilário, Carter.

William estreitou os olhos, analisando-a.

– Eu não estou brincando, Sofia.

Mas ela não queria continuar com aquela conversa. Engolindo em seco, Sofia respirou fundo e manteve a postura firme.

– Eu vou tomar banho. E quando eu sair, não quero mais ver você aqui.

Ela virou-se sem dar tempo para ele responder, caminhando rapidamente para o banheiro. Seu coração estava disparado, seu corpo ainda sentia os resquícios do prazer da noite passada, e a presença dele tornava tudo ainda mais caótico.

Ao entrar no chuveiro, deixou a água quente cair sobre seu corpo, tentando relaxar. Mas assim que fechou os olhos, sentiu um movimento atrás de si.

Antes que pudesse se virar, mãos fortes seguraram sua cintura, puxando-a contra um corpo quente e molhado.

William.

– Eu pensei que tivesse sido bem clara – ela sussurrou, sentindo o peito dele contra suas costas.

– E eu acho que temos um problema de comunicação – William murmurou contra sua orelha, seus lábios roçando na pele sensível de seu pescoço.

Sofia se arrepiou, mas manteve a pose.

– Eu te mandei embora.

– Você disse que não queria me ver quando saísse do banho. Tecnicamente, eu estou dentro dele com você e além disso esse quarto é meu.

Ela se virou para encará-lo, e seu olhar encontrou os olhos intensos de William, cheios de desejo.

O vapor do chuveiro fazia a pele dele brilhar, as gotas de água escorrendo pelos músculos definidos. Ele era pecado, tentação pura.

Sofia abriu a boca para responder, mas antes que qualquer palavra saísse, William a pressionou contra a parede de azulejos frios e tomou seus lábios em um beijo faminto.

Ela cedeu no mesmo instante.

As mãos dele desceram por suas costas, segurando firme em sua cintura antes de escorregar até suas coxas e erguê-la contra ele. Sofia arfou quando sentiu sua dureza contra si.

– Eu te quero de novo – William sussurrou, mordiscando o lóbulo de sua orelha enquanto se movia contra ela.

– Então me tenha – ela respondeu sem hesitação.

William segurou suas pernas e a puxou ainda mais para cima, alinhando seus corpos antes de finalmente afundar dentro dela.

Sofia soltou um gemido alto, segurando-se nos ombros dele enquanto ele começava a se mover.

A água quente caía sobre seus corpos enquanto William investia contra ela com força e precisão, cada estocada arrancando um suspiro entrecortado de Sofia.

Os gemidos dela ecoavam pelo banheiro, o vapor misturando-se ao calor intenso entre os dois. William a beijava com urgência, sua boca explorando cada parte de sua pele enquanto seus movimentos se tornavam cada vez mais rápidos, mais intensos.

– Você é tão maldita e gostosa – ele rosnou, cravando os dedos em sua cintura, puxando-a para si a cada estocada.

Sofia cravou as unhas em suas costas, sentindo o ápice se aproximar como uma onda avassaladora.

– William… eu… – sua voz saiu entrecortada, os músculos se contraindo ao redor dele.

– Goza para mim – ele ordenou, movendo-se com ainda mais força.

E foi o suficiente.

Sofia se desfez em espasmos contra ele, um grito escapando de seus lábios enquanto o prazer a dominava completamente. William a seguiu logo depois, enterrando-se fundo dentro dela e gemendo seu nome contra sua pele.

Os dois ficaram ali por um momento, recuperando o fôlego, seus corpos colados sob o chuveiro.

Até que uma batida forte na porta do quarto os fez congelar.

– Senhor Carter? – uma voz masculina ecoou do lado de fora.

William soltou um palavrão baixo, ainda segurando Sofia contra a parede.

– Que merda é essa? – ela sussurrou, arregalando os olhos.

– Relaxa. É só o meu assistente – William respondeu, deslizando lentamente para fora dela e colocando Sofia de volta no chão.

Ela o empurrou, pegando uma toalha às pressas.

– Você pediu alguém para vir aqui?

William riu, pegando uma toalha para si também.

– Pedi roupas para que pudéssemos sair discretamente do hotel. Parece que ele chegou na melhor hora possível.

Sofia bufou, saindo do banheiro com William logo atrás.

O assistente, um homem de terno impecável, estava parado ali, segurando uma sacola. Assim que viu Sofia e William – ambos ainda molhados e só de toalha –, sua expressão passou de choque para um sorriso divertido.

– Eu… ahm… deixei as roupas aqui. Vou esperar lá fora.

Ele colocou a sacola sobre a mesa e saiu rapidamente, mas não sem antes lançar um sorrisinho sugestivo para William.

Sofia cobriu o rosto com as mãos.

– Isso não pode estar acontecendo.

William deu de ombros, pegando as roupas da sacola e jogando uma peça para ela.

– Acho que agora já sabemos quem ganhou a corrida de hoje.

Sofia pegou a roupa que ele jogou e atirou um travesseiro contra ele.

Mas, no fundo, não conseguiu evitar um sorriso.

Sofia então se vestiu,olhou para William uma última vez e foi embora,sem dizer nada.

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