Capítulo 6 - Admitindo

William e Sofia saem da festa, a tensão entre eles ainda palpável, mas agora mais intensa. Eles caminham até o estacionamento, os passos rápidos, os olhares furtivos, como se o desejo entre eles fosse mais forte do que qualquer palavra. O silêncio é quebrado apenas pelos sons dos passos e do vento suave que balança as árvores ao redor.

– Então... – William diz, quebrando o silêncio, sua voz rouca. – sua casa ou a minha?

Sofia, com um sorriso travesso, responde sem hesitar:

– A minha.

Eles entram no carro, o motor ronca e o som da estrada é o único som que preenche o espaço entre eles. O clima dentro do carro está elétrico, ambos sabem o que está por vir, mas ainda se mantêm em uma tensão silenciosa. Sofia sente seu coração batendo mais forte, e William, com o olhar fixo na estrada, parece estar igualmente absorvido, mas com um brilho nos olhos.

Ao chegarem ao prédio de Sofia, ela aperta os botões do elevador sem dizer uma palavra. O elevador sobe lentamente, mas a ansiedade entre eles acelera. Quando as portas se abrem, ela avança rapidamente em direção à sua porta, digitando a senha no teclado. A porta se abre com um suave som de clique, e ela puxa William para dentro. Noite em chamas na cozinha

O apartamento de Sofia estava silencioso, iluminado apenas pela luz suave das lâmpadas embutidas. O clima ainda carregava a eletricidade da festa, e o desejo entre eles era quase palpável. Assim que entraram, William a puxou para si, colando seus lábios em um beijo voraz.

Ela se deixou levar, suas mãos deslizando pelos cabelos dele enquanto seus corpos se pressionavam. William caminhou com Sofia até a cozinha, suas mãos explorando as curvas dela até que sentiu o mármore frio do balcão em suas coxas.

– Sobe – murmurou contra sua boca.

Sofia sorriu, obedecendo sem hesitar. Ela apoiou as mãos no balcão e, com a ajuda de William, se sentou. O contraste entre o frio da pedra e o calor do corpo dele fez um arrepio percorrer sua pele.

William se ajoelhou diante dela, segurando seus tornozelos e deslizando as mãos por suas pernas até alcançar o zíper do vestido. Com movimentos lentos, puxou o tecido para cima, revelando a renda delicada da lingerie que já estava úmida.

Os olhos dele brilharam com desejo.

– Você já está tão molhada para mim, princesa.

Sofia mordeu o lábio, sentindo a excitação aumentar. William segurou seus joelhos, afastando suas pernas com um toque firme. Seus lábios traçaram um caminho de beijos pelo interior das coxas, cada toque da língua enviando arrepios pelo corpo dela.

Quando finalmente chegou ao seu centro, ele roçou os lábios sobre a renda fina antes de puxá-la para o lado, sem tirá-la completamente.

– Eu amo essa visão – ele murmurou, olhando para ela antes de mergulhar.

O primeiro toque da língua de William fez Sofia arquear as costas e agarrar os cabelos dele. Ele explorava cada centímetro dela com movimentos precisos, chupando suavemente antes de aprofundar o contato.

Ela gemeu, os dedos apertando mais os fios dele enquanto seu corpo se contraía de prazer. William sabia exatamente o que fazer, alternando entre lambidas lentas e sucções mais intensas.

– William... – ela arfou, sentindo-se à beira do clímax.

Ele sorriu contra sua pele, os olhos cheios de malícia enquanto sugava seu ponto mais sensível com mais intensidade. Sofia se perdeu na sensação, seus quadris se movendo contra a boca dele, buscando mais.

O prazer a atingiu como uma onda avassaladora, fazendo seu corpo estremecer sob o toque dele. Ela gritou seu nome, sentindo cada contração enquanto ele continuava a chupá-la, prolongando seu orgasmo.

Ofegante, Sofia olhou para baixo e viu William lamber os lábios, satisfeito. Ele se levantou, puxando-a para um beijo profundo, deixando-a provar seu próprio gosto.

– Agora – ele sussurrou, pegando-a nos braços e a carregando para a sala – é a minha vez de sentir prazer.

 William não perdeu tempo. Ainda sentado no sofá, segurou Sofia pela cintura e a puxou para seu colo, deixando-a sentada sobre suas coxas. O olhar dele estava escuro, tomado pelo desejo intenso que ela havia provocado.

– Você acha que pode me provocar assim e sair impune? – ele murmurou contra a pele do pescoço dela, os dentes arranhando levemente antes de beijá-la com intensidade.

Sofia sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo quando William segurou a barra de sua blusa e a puxou para cima, revelando seus seios nus. Ele gemeu baixo ao ver a pele exposta, os olhos brilhando com luxúria antes de inclinar a cabeça e abocanhá-los com avidez.

– William… – ela gemeu, segurando firme nos ombros dele enquanto ele sugava um dos seios, provocando arrepios em todo o seu corpo.

– Você é a coisa mais linda que eu já vi – ele murmurou, subindo lentamente pelo corpo dela e a beijando com intensidade, fazendo-a sentir seu próprio gosto em sua boca.

Mas William não estava nem perto de terminar. Ele se ajeitou entre as pernas dela, seu desejo pulsando contra sua entrada, e a provocou roçando lentamente contra ela.

– Me diz o que você quer, Sofia – ele sussurrou contra seus lábios, enquanto a provocava.

– Você… – ela gemeu, cravando as unhas nas costas dele.

– Assim? – Ele deslizou um pouco para dentro, apenas para sair de novo, provocando um novo gemido desesperado de Sofia.

– Para de me torturar e me fode logo, William – ela exigiu, olhando nos olhos dele com desejo e necessidade.

O sorriso de William foi puro deleite antes de finalmente ceder e afundar dentro dela de uma só vez. O grito de Sofia preencheu o ambiente quando ele começou a se mover, ritmado e intenso, dominando cada parte do seu corpo com prazer absoluto.

Eles se deitam, se entregando à química explosiva que os envolve, mas sempre com uma intensidade emocional que transcende o físico. A noite continua, e, enquanto as horas passam, eles não conseguem mais negar o que sempre esteve ali, esperando para ser descoberto.

 

O sol já começava a iluminar o quarto quando Sofia abriu os olhos, sentindo o corpo relaxado como há muito tempo não se lembrava. A brisa da manhã entrava pela janela entreaberta, trazendo um frescor que contrastava com o calor que ainda envolvia seu corpo.

Foi então que percebeu o peso do braço forte de William sobre sua cintura. Ele estava ali, adormecido ao seu lado, o rosto relaxado, a respiração lenta e tranquila.

Por alguns segundos, ela apenas ficou ali, observando-o. Era estranho ver William daquela maneira – vulnerável, sereno, sem aquela expressão arrogante que costumava exibir nos paddocks da Fórmula 1. Sem o terno impecável de CEO da Red Bull, sem a rivalidade que os separava.

Mas não demorou para a realidade a atingiu.

Estava confusa. Sempre lidou com William como um adversário, alguém que a irritava, que desafiava suas decisões nos negócios. Mas, na noite anterior, ele não foi seu inimigo. Ele foi o homem que a fez sentir algo que ela não conseguia descrever.

E isso a assustava.

William se remexeu na cama, abrindo os olhos devagar. Assim que viu Sofia ali, mergulhada em seus pensamentos, ele soube que algo a incomodava.

– O que se passa nessa sua cabeça agora? – A voz dele ainda estava rouca pelo sono.

Sofia suspirou e olhou para ele. William parecia relaxado, com os cabelos bagunçados e um sorriso preguiçoso nos lábios. Mas seus olhos estavam atentos, esperando uma resposta.

– Eu estou tentando entender… isso – ela fez um gesto entre eles. – Como vamos conciliar tudo? Nossa rivalidade nas pistas, nossas responsabilidades nas equipes e, ao mesmo tempo, sermos… um casal?

William se sentou, encostando-se na cabeceira.

– Sofia, sempre fomos adversários, mas nunca inimigos. Há anos brigamos por cada detalhe, e talvez seja por isso que essa coisa entre nós seja tão intensa. Mas eu não quero que isso seja um problema. Quero que seja um desafio que enfrentamos juntos.

Ela mordeu o lábio, ainda hesitante.

– Eu preciso admitir que tive medo… – confessou. – Medo de que você estivesse apenas brincando comigo. Tentando me distrair, talvez até me enganar.

William franziu a testa.

– Você realmente acha que eu jogaria desse jeito com você?

Sofia desviou o olhar.

– Eu não sei… Eu só sei que nunca confiei em ninguém desse jeito antes. E é assustador.

William passou a mão pelos cabelos e respirou fundo.

– Eu entendo. De verdade. Mas você precisa saber de uma coisa, Sofia – ele segurou o queixo dela, obrigando-a a encará-lo. – Você se entrega para mim à noite e, quando amanhece, tenta fugir. Mas eu não quero mais brincar desse jogo. Eu só quero você. Sempre que puder. E quero ser o melhor para você.

Os olhos de Sofia suavizaram, e ela deslizou a mão pelo rosto dele.

– Nenhum homem foi e fez o que você faz comigo, William. Nenhum me tirou do eixo como você.

Ele sorriu de canto.

– E nenhuma mulher é como você, Sofia.

Ela finalmente relaxou e se inclinou para beijá-lo. O beijo foi lento, mas cheio de sentimento. Quando se afastaram, William sorriu.

– Que tal começarmos o dia do jeito certo?

– E qual seria esse jeito? – ela arqueou uma sobrancelha.

– Café da manhã juntos. E depois um banho de banheira.

Sofia riu e se levantou, puxando ele pela mão.

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