Apenas uma carona

O primeiro dia com os novos alunos fluiu muito bem, os pais me receberam super bem, o que é raro já que a maioria quer tratar os professores como empregados.

No dia seguinte eu daria aula somente no condomínio para o novo casal de alunos, na empresa sempre nos referíamos pelo nome do responsável que contratou, ou seja, iria dar aula na casa do Sr. Rafael, o nome de sua esposa era Fernanda ambos aparentavam ter por volta de 40 anos.

Cheguei na casa no dia seguinte no horário marcado, as 14h, sempre fui bem pontual, entrei pela porta lateral como foi pedido pelo senhor Rafael no dia anterior, a porta era de madeira e abria para o lado, tirei os sapatos, abri a porta que dava em um corredor, entrei e vi no corredor tinha uma porta que dava para um quarto super pequeno que eu imagino que seja da empregada mais a frente uma porta que dava pra lavanderia, estava aberto tinha armários pra colocar roupa uma pia bem grande e uma máquina de lavar e secar também grande, segui pelo corredor e cheguei a outro corredor pra esquerda que a frente dava para uma churrasqueira e tinha uma porta enorme de vidro que entrava para dentro da casa. Sim eu observei tudo.

A porta de vidro dava na cozinha eu entrei e fui recebia pelo pai Sr. Rafael, seguimos da cozinha e fomos pelo corredor que dava acesso a sala onde eu dei aula no dia anterior, no corredor entre a cozinha e a sala tinha a porta para o escritório e uma parede com uma entrada que dava para as portas dos quartos das crianças, ainda não dava de ver o restante da casa.

O Sr. Rafael me mostrou a porta do escritório e entramos, era pequeno, de uma lado tinha um armário planejado de uma ponta a outra da parede com mesa estudos bem grande e duas cadeiras, tinha vários itens de decoração e coisas de papelaria, livros cadernos...

Do outro lado tinha um pequeno armário com gavetas e um quadro em branco para que eu pudesse usar, no armário estavam os pincéis, ele me mostrou tudo e disse que eu podia ficar a vontade se eu precisasse de algo era só pedir.

Antes de sair ele perguntou se eu já tinha o número dele para caso acontecesse algo, eu disse que não e ele me passou e reforçou que caso os meninos fizessem birra ou não quisessem estudar era só mandar mensagem ou ligar que ele resolveria, nos despedimos e ele chamou Maria Júlia para a primeira aula.

Tudo correu bem apesar do outro filho, Samuel se mostrar bem difícil, aparentemente ele não gosta de estudar, precisei chamar atenção o tempo todo pois ele só queria ficar no celular mas não ia reclamar para o pai logo nas primeiras aulas, ia procurar resolver sozinha.

Nos dias que se passaram as aulas foram fluindo normalmente, descobri que o Sr. Rafael era dono de uma grande exportadora e apesar de simples era muito rico, assim como os pais de outros alunos meus, quase nunca estavam em casa sempre estavam na empresa, quando chegava eles estavam saindo, só iam em casa para almoçar e chegavam a noite algumas vezes nem iam em casa para o almoço então só ficavam as crianças com as empregadas.

Eu estava ganhando bem com as aulas mas não o bastante para consegui meu veículo próprio, então o Sr. Rafael perguntou o porque eu ia andando da portaria até a casa dele por conta do sol quente e da distância, eu falei que não tinha veículo e nem carteira de motorista já que era obrigatório para entrar dirigindo no condomínio, então prontamente ele disse que os dias que eu teria aula somente na casa dele o motorista dele poderia me levar até o centro da cidade onde eu pegava condução para ir pra casa.

Isso por que eu pegava uma condução de casa até o centro da cidade e do centro para o condomínio onde eles moravam, como as crianças tinha outras atividades no centro como natação e karatê, o motorista chegava assim que eu saia então eu poderia ir com ele.

Alguns dias na semana as crianças não tinham essas atividades então eu teria que ir de mototáxi mesmo pois o motorista levava a dona Fernanda para empresa, sim eles iam em carros diferentes, o motorista levava a dona Fernanda e o Sr. Rafael ia na caminhonete, sempre estranhei, mas como a dona Fernanda saía primeiro e o Sr. Rafael depois ele se ofereceu para me dar carona durante os dias que o motorista ia em outra direção e eu claro aceitei pois iria economizar no gasto com táxi.

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