O Sítio

No caminho as vezes íamos conversando e às vezes o silêncio reinava e eu perguntava porque não fiquei em casa, estava um pouco constrangida mas tentando manter a postura a final eu não devia relaxar, na frente dos pais tinha que me manter profissional.

- Você vai gostar de lá tenho certeza! é bem arborizado, o Igarapé tem águas cristalinas pois sempre deixamos o caseiro lá cuidando da casa, hoje ele está de folga mas sempre deixa tudo impecável.

- Que bom, eu gosto muito de Igarapé, mas do que piscina na verdade pois é água corrente então acho mais limpo e adoro estarem meio a natureza. Nesse momento dei uma risada e ele concordou.

- É verdade! as crianças também adoram e eu gosto porque é bem particular, tudo cercado e não tem vizinhos pra incomodar é bem privado pra que possamos relaxar e sair da cidade aos finais de semana.

- Eu concordo, deve ser maravilhoso ter um refúgio assim. E os meninos já vieram ou vem atrás?

- Eles estavam terminando de tomar café da manhã e esperando o motorista, é uma luta pra sair de casa sempre tem alguma discussão, principalmente sendo pré-adolescentes. ele brincou.

- Eu imagino, crianças sempre dão trabalho na hora de sair de casa. Apesar de não ter filhos meu trabalho me permite analisar isso.

- Sim, mas já estou acostumado, quando chegar lá vai ter Internet eu ligo pra saber se já saíram.

- Tudo bem!

Demorou mais uns 10 minutos e chegamos ao local, como o caseiro estava de folga aquele sábado ele parou e desceu para abrir a porteira que dava entrada ao sítio, passou o carro pela porteira e desceu novamente para fecha e então seguimos, tinha mais um pedaço de estrada e já dava pra visualizar uma casa enorme com varanda, fiquei impressionada pois era enorme e linda para uma casa de sítio, ele estacionou e descemos, fomos em direção a casa ele abriu a porta e mostrou o quarto que eu podia usar era bem grande, tinha uma cama de casal um armário e uma porta que dava para o banheiro eu deixei minha bolsa em cima da cama, e fui para varanda, ele estava conversando ao telefone.

- Eles vão demorar um pouco mas virão, uma pequena confusão com os meninos, um quer vir o outro não e não tem ninguém em casa pra ficar com ele, mas vai ser resolvido.

- Entendo. Já ficando nervosa.

- Venha, eu vou te mostrar a piscina e depois podemos ir até o Igarapé enquanto eles não chegam.

- Vamos sim.

Seguimos pela varanda até chegar até piscina que era bem grande, depois descemos por uma escada entre o gramado que dava em uma pequena trilha que levava ao Igarapé.

- Não se preocupe, não é muito longe, cerca de 5 minutos andando.

- Tudo bem, eu não sou sedentária. falei rindo, mesmo que eu não estivesse a vontade por estar sozinha com ele, eu estava começandoa ficar ansiosa, não estava gostando da situação.

depois da curta caminha avistei uma água cristalina em tom azul maravilhoso, tudo bem cuidado e limpo ao redor, tinha uma pequena barraca ao próximo do Igarapé com o telhado de palha muito bonito, tinha uma churrasqueira e uma mesa de madeira linda com bancos, devia ser muito caro.

- Você pode mergulhar se quiser.

- Acho melhor esperar todos chegarem.

- Não se preocupe, eu recebi uma mensagem e com toda briga dos meninos a mãe deles decidiu não vir mais.

- Sério? então é melhor a gente voltar. Falei já com um pequeno pânico no peito.

- Está tudo bem, eu falei para Fernanda que eu só te traria aqui no Igarapé pra você ver e te levaria de volta, ela concordou não precisar se preocupar, eu não mordo, a não ser que você queira.

ele riu.

- Não tenho certeza se devemos ficar. Falei já me sentindo mal com toda a situação.

- Vamos, já enfrentamos a viagem, você veio toda vestida pra tomar banho não tem porque não entrar na água.

- Tá tudo bem, prometo não demorar. Eu odeio ser a pessoa que não consegue dizer não, bufei.

- Não se preocupa com tempo, mal chegamos aqui, não vamos nos apressar só por quê eles decidiram não vir.

Eu cheguei perto da água e coloquei o pé e me arrepiei toda, a água estava gelada.

Ele olhou pra mim e deu uma risada e eu ri de volta, apesar de estar sozinha com aquele homem eu não sentia medo apenas desconforto, era totalmente normal, depois de tanto tempo todo dia na casa dele, já era normal.

Estava pensativa sobre entrar na água, quando de repente ele chegou por trás de mim e me empurrou na água.

Eu me assustei, e em seguida ele pulou na água em um mergulho.

- Desculpa! você estava muito pensativa então acabei com seu sofrimento. ele riu.

- Isso foi maldade!. Eu nem mesmo sabia como reagir a

tudo que estava acontecendo, só estava nervosa pedindo que acabasse logo e eu estivesse em casa.

- Vamos lá, tenta relaxar, dar aula a semana inteira para os filhos dos outros não deve ser fácil.

- Meus alunos são uns amores. falei sarcástica.

Dei um mergulho e notei ele me observando, fiquei um pouco na borda, ao redor do Igarapé, tinha umas bordas de madeira e eu fiquei por lá de costas olhando as árvores.

Senti ele se aproximando pelo barulho da água mas não dei bola, quando de repente sinto ele vir por trás de mim e falar no meu ouvido.

- Você tá linda Laura!

Senti um frio desconfortável subi na minha espinha e o nervosismo triplicou.

Eu estava com a parte de cima do biquini e o short jeans, meu cabelo estava pra frente e as costas nuas, nada de mais. Eu me assustei e me virei de frente pra ele, que ficou com os braços a minha volta e dessa vez me se senti intimidada pois estava contra a borda, sem saída e ele de frente pra mim, quase me prendendo.

- Não precisa se assustar, eu não vou fazer nada que você não queira.

- Desculpa, eu não acho isso certo, é totalmente antiético, eu sou professora dos seus filhos e nós dois somos casados, toda

essa proximidade é desconfortável, nós temos que ir.

- Nós só vamos nos divertir um pouco, relaxar, ninguém precisa saber e ninguém vai saber, só estamos nós dois aqui.

Em meio a toda medo e nervosismo que eu estava sentindo me senti atraída por toda aquela adrenalina.

- Eu sou casada e amo meu marido, não tem possibilidade de trair ele.

Eu estava um pouco assustada e tentando me acalmar, eu nunca vi o Sr. Rafael daquela forma, nos seus 38 ou 40 anos ele era um homem atraente mas era casado assim como eu e muito mais velho.

- Vamos, senta aqui do meu lado.

Eu sentei na borda de madeira do Igarapé ao lado dele, era como se fosse uma passarela e ficamos com o pé na água.

- Você pode pensar se quiser, mas é só sexo pra relaxar e sair da rotina, eu nunca trai minha esposa mas me sinto completamente atraído por você, eu pensei muito antes de falar isso pra você para não te assustar, você é diferente, cuida da educação dos meus filhos, é paciente e eu vi que podia confiar em você, o que nós fazemos com nossos cônjuges vamos fazer um com o outro, sair da rotina, testar novas coisas, não acho que seja traição, é uma forma de fortalecer nossos casamentos sem que haja sentimento.

Ele foi direto e era loucura.

- Eu realmente não sei o que dizer.

Foi a coisa mais absurda que já tinha ouvido e eu estava de cabeça baixa me perguntando em que momento do meu dia eu decidi sair de casa e acontecer aquilo, só conseguia pensar, merda, merda, merda... como isso foi acontecer?

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