63 Não era mentira

Eu estava na minha sala, tentando controlar meus pensamentos que já estavam à beira do caos.

A manhã tinha sido longa, cheia de compromissos que eu mal conseguia manter, mas tudo se desfez quando meu telefone tocou.

A recepcionista avisou que havia uma mulher esperando para falar comigo.

Autorizei a entrada sem muita expectativa, mas quando ouvi a batida na porta e ela se abriu, eu quase tive um infarto.

Fernanda.

A audácia em pessoa, com aquele sorriso que só me dava nojo.

— Olá, senhorita Leclerc! — ela falou, como se fossemos velhas amigas.

A ironia do cumprimento me embrulhou o estômago.

Eu nem consegui responder.

Algo em mim gritava que essa visita era uma bomba prestes a explodir.

E, sinceramente, eu preferia que fosse uma explosão literal.

— Bom, decidi vir pessoalmente te dar a notícia sobre a paternidade do meu bebê — ela disse, com aquele ar triunfante que me fazia querer jogá-la para fora da janela.

Se não fosse a possibilidade de ter que responder por um crime pass
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