Anyelle
Alguns dias se passaram e já estávamos a duas semanas no Brasil, resolvi tudo durante esses dias, com a ajuda de alguns polícias brasileiros, consegui documentações falsas, e uma historia para ser contada quando encontrar Ph, sei que ele vai me investigar antes de permitir que eu more no morro, por isso armamos tudo. Estávamos hospedadas em um hotel, e hoje eu iria no morro, tentarei alugar uma casa. Peguei um táxi e desci na entrada do morro. Meu Morro, isso tudo vai voltar a ser meu. Uns caras mal encarados me barraram, pelo visto não será tão fácil assim entrar. Mas o que importa é que estou de volta ao morro, e terei minha Doce Vingança. Encaro esses brutamontes que acham que me põem medo. Coitados! Como eu preciso parecer uma menina frágil e inocente, dou uma de medrosa. — Bom dia, eu queria saber se posso alugar uma casa. —E o que faz uma patricinha querer morar aqui? — Não sou patricinha, por favor me deixa subir, aqui é o único lugar que eu posso pagar, estou nesse mundo sozinha com minha irmã. — Chora não mina, eu odeio ver mulher chorando, vou pedir autorização para liberar sua entrada. Logo ele fala com alguém pelo celular. — Antes preciso ver se tá limpa. — ao me revistar e ver que não tem nada escondido, ele me libera. — Pode subir, o patrão está te esperando na boca. Eu verei o PH cara a cara, isso não podia ficar melhor. Subi aquele morro que me trouxe boas lembranças. Passei na pracinha que eu costumava brincar com meu pai. Sinto lágrimas descer, mas logo ergo a cabeça e enxugo as lágrimas. Foco Any! Cheguei na boca e tinha vários vapores na entrada, alguns fumando, o cheiro estava insuportável. Eles me olham com malícia, e eu finjo que não vi. - Olha só, a patricinha está perdida. — Vim falar com o patrão, chama ele ai por favor. - Ph não está mina. — Mas o homem lá em baixo me falou que o patrão estava me esperando. - Quem está ai é o DG, se quiser falar com ele. — Quem é DG? - DG é o sub dono. Sub dono, do mesmo jeito que meu dindo era. Se não pode ser o bandidão, que seja o capacho. Estava de frente ao DG, e puta merda, que homem lindo. — Então mina, disseram que tu queria alugar uma casa? — Sim senhor — Olha, até tem casa pra alugar tá ligada, mas antes preciso ver se tua ficha é limpa. Mostro a ele meus documentos falsos, o trabalho da polícia foi perfeito, tem dados meus até na cidade que aparentemente eu morei. Nomes falsos dos pais e até a maternidade onde supostamente nasci. Inclusive os dados da Bruna também foram alterados. — Apenas você e sua irmã iriam morar aqui? — Sim senhor. — Any Santiago de Almeida, irmã Bruna Silva de Almeida. Vocês são irmãs de mães diferentes? — Sim senhor — Temos casas na rua 2 e 7, os alugueis terão que ser pagos no dia certo, o patrão não aceita calotes. Os valores são de acordo com o tamanho da casa. — Quero a mais barata, é apenas eu e minha irmã e não podemos pagar por algo muito caro. — Não pode atrasar o pagamento, tem certeza que pode pagar? — Não irei atrasar, pagarei tudo certo. Ah como eu amo meu lado atriz, até chorar chorei. — Vou pedir ao Betão para te mostrar as casas. Seja bem vinda ao morro. — Agradecida. Saí da sala com um sorriso, consegui entrar e passar despercebida. Betão é muito legal, foi o caminho todo tirando sarro de mim. Mas não posso ter amizade com bandido, quando eu matar o chefe deles, todos vão cair matando em cima de mim. Depois de ver algumas casas, eu escolhi uma bem simples, não posso dar bandeira que tenho dinheiro. Logo saí do morro e encontro o brutamontes da entrada. — Da próxima libera minha entrada mais rápido. - A patricinha ainda vai querer voltar? — Serei a nova moradora, então da próxima, vê se lembra do meu rosto. - Impossível esquecer esse rostinho de boneca. Eu sou o Marcão. — Não perguntei Saí de lá rindo da cara dele. ... — Ai meu Deus amiga, então vamos morar na favela? — Sim, e foi tão fácil enganar o sub. — Vou adorar morar lá, sabe que eu adoro um bandido. — Esta falando isso para uma policial? — Eles tem uma pegada sabe. — Sei não, nunca namorei bandido e continuarei assim. — Tem chances, já que vai morar em um lugar cheio deles. — Estou em missão — Tu quer matar o poderoso chefão, mas não tem nada escrito que você não possa aproveitar os braços fortes de algum daqueles vapores. — Não quero bandido em minha vida, vou matar o chefão, e talvez eu coloque atrás das grades alguns traficantes. — Quando iremos? — Daqui uns dias, vou comprar alguns móveis, tudo usado claro, não podemos dar bandeira que temos dinheiro. — Sem meu iPhone e minhas roupas de marca eu não fico. — Eu sei que você não fica longe de suas roupas. Pode levar, darei um jeito, podemos dizer que pagamos o iPhone em 24 vezes, e as roupas diremos que são réplicas. — Você é esperta. — O mundo é dos espertos querida. Dias Depois Já estávamos de malas prontas, consegui contato com uma loja de móveis usados, de lá do morro mesmo. Eles ficaram de entregar na casa. Comprei o necessário para passarmos esses três meses, móveis usados e simples, melhor ter pouca coisa, para não chamar atenção. Terminamos de arrumar as coisas e até que a casa ficou arrumadinha, conseguimos deixar com cara de lar.Anyelle Decidimos sair para o mercado, precisamos fazer compras e abastecer a nossa geladeira. No caminho encontramos alguns caras armados. — Menina que paraíso, olha quantos homens musculosos, tatuados, gostosos. — Bruna só falta babar nos bandidos. — Alguns são bonitos, mas lembre-se que são bandidos. — alerto minha amiga, pois eles podem até ser bonitos, mas são perigosos. — Mas são gatos. Oh lá em casa. — Bruna fala ao ver dois caras passar por nós, eles nos olham sorrindo maliciosos e se aproximam. Eu mato essa ruiva piranha. — Qual é ruiva, eu sou João e esse é o Chris. — E ai gatinhas, são novas por aqui, como se chamam? — Eu sou Any e essa é a Bruna, nos mudamos recentemente. — me apresento com uma falsa simpatia. — Prazer. — Bruna fala se oferecendo. — Prazer só na cama Ruiva. — o tal João fala e tento não fazer cara de nojo. — Na sua ou na minha? — arregalo os olhos, essa Maria fuzil, não pode ver um bandido que já quer dar. — Onde você quiser ruivinha. — ele
PHSou o cara mais temido e odiado, nunca fui de pegar leve, eu mato mesmo, e se bobear eu ainda faço uma sopa com os resto.Quando eu fiz 18 anos, decidi que eu queria ser o dono do morro Senegal, eu queria acabar com a vida do maldito do Terror. Passei dias planejando invadir, e quando chegou o dia, eu fiz a porra bonita, e logo matei a mulher do Terror na frente dele, e logo depois o matei. Mas ainda tinha a herdeira do morro, Anyelle, eu tinha que dar um jeito nela também, eu não podia permitir que a garota no futuro tomasse o que agora é meu, óbvio que não iria matá-la, era só uma criança, no mínimo eu a mandaria pra longe, para ser cuidada por alguém de confiança, mas a porra saiu do controle, quando o sub conseguiu fugir e levar a menina, logo fui informado de que mataram ele, e a garota sumiu, procurei ela por dias e até meses, mas a garota parece que evaporou. Até que eu acabei deixando pra lá, uma garota não iria conseguir tomar meu morro, e se tentasse dessa vez eu não teri
PH Tive um sonho estranho, sonhei que eu estava deitado em uma cama e alguém apontava a arma para minha cabeça. É cada coisa sem noção que sonhamos, nunca que vão me matar, ainda mais em uma cama. Me levantei e tomei outro banho, pois esqueci de ligar o ar e acordei com um calor desgraçado. Me arrumei e devo admitir que estou gato demais. ... Eu já estava no camarote, bebendo e com uma puta no colo. Até que percebo uma movimentação estranha na entrada do baile, me levanto e fico na grade do camarote, para ver que porra era. Quando eu vejo uma linda morena, e uma ruiva bem linda também. Maas a morena me chamou atenção, elas entraram e todos os caras ficaram olhando. Porra de menina linda é essa. Logo vejo elas abraçarem minha irmã. A Sofya conhece ela? Será que são essas as novas moradoras. — DG vem aqui. — Fala chefia — Aquelas que são as novas moradoras? — Sim, a morena é a Any, a ruiva deve ser a irmã dela. — Gostosa. — falo interessado — Que droga ela ta pensando usan
Anyelle 10 anos Antes— Estão invadindo o morro, filha vai para o quarto blindado, e só abra a porta quando eu, ou seu padrinho aparecer.— E a mamãe?— Já mandei uns vapores procurarem ela, fica calma minha princesa, o papai vai voltar.Ele sai e eu me tranco no quarto blindado, começo a chorar desesperada. Já aconteceu várias invasões, e meu pai sempre vence. Mas dessa vez eu me sinto angustiada. Escuto tiros cada vez mais altos, e me encolhi com medo.Alguém bate na porta e eu me assusto.— Filha abre, é a mamãe.Abro a porta e abraço a mamãe, ela estava junto com um vapor.- Entra patroa, e já sabe, não abram a porta para ninguém.Fico abraçada a minha mãe, e choramos juntas.— Filha me escuta, não saia daqui por nada.— Onde vai mamãe?— Vou atrás do seu pai, sinto que ele precisa de mim.— Não vai mamãe, tem muito tiro.— A mamãe sabe se defender amor, fica aqui, eu já volto, e vou trazer seu pai junto.— Não mamãe .— Filha, você já tem 13 anos, é
Anyelle Meu sangue ferveu na hora, comecei a chorar desesperada. Desgraçado maldito! Fiquei no chão chorando, até que a porta se abre, e uma Bruna com sangue nos olhos aparece, mas ainda são dez da noite. — O que aconteceu? — Fui demitida — Nossa sinto muito, o que houve? — Eu tive uma leve discussão com um cliente. — Leve? — Ta, eu soquei a cara do imbecil, mas ele passou a mão em mim. — Que absurdo. — Minha única preocupação agora, é como vamos nos sustentar. — Eu vou embora — O que, nem pensar, pra onde você vai, eu sou responsável por você agora. — Eu não posso viver a suas custas Bru. Eu preciso me virar. — E pra onde a senhorita pensa em ir. Sua única família ta de baixo de sete palmos... Ah Any me desculpa, as vezes não controlo minha língua. — Tudo bem Bru, é a realidade. — Você não vai embora. — Mas eu só tenho 13 anos, ainda não posso trabalhar, como vou te ajudar. — Vamos dar um jeito, eu irei procurar outro emprego. A Bruna é uma pesso
Anyelle Dez anos depois — Subtenente Soares, precisamos de você agora. — corro até o general. — Uma ameaça de bomba no centro da cidade. — Entendido general. Fomos em direção ao local, chegando lá, havia muitas pessoas em pânico. Isso sempre acontece em Londres, esses terroristas acham que mandam no pedaço, mas quem manda sou eu. Eu sou respeitada na corporação, consegui tudo que queria, e cheguei bem mais longe do que sonhei. Meu foco a oito anos atrás, era ser uma simples policial, mas olha como a vida tem sido generosa comigo, acabei crescendo e me tornando subtenente, e uma das melhores. Hoje aos 23 anos, penso em como minha vida mudou, e meu desejo de vingança só aumentou. Mas as coisas não foram tão fáceis assim. Quando cheguei em Londres, tive muita dificuldade em aprender o idioma. Eu só tinha 13 anos, e digamos que sofri muito bullying na escola, não bastava a desgraça que estava minha vida, ainda piorou. Não conseguia fazer amizades, eu era uma menina traumat