Anyelle
Decidimos sair para o mercado, precisamos fazer compras e abastecer a nossa geladeira. No caminho encontramos alguns caras armados. — Menina que paraíso, olha quantos homens musculosos, tatuados, gostosos. — Bruna só falta babar nos bandidos. — Alguns são bonitos, mas lembre-se que são bandidos. — alerto minha amiga, pois eles podem até ser bonitos, mas são perigosos. — Mas são gatos. Oh lá em casa. — Bruna fala ao ver dois caras passar por nós, eles nos olham sorrindo maliciosos e se aproximam. Eu mato essa ruiva piranha. — Qual é ruiva, eu sou João e esse é o Chris. — E ai gatinhas, são novas por aqui, como se chamam? — Eu sou Any e essa é a Bruna, nos mudamos recentemente. — me apresento com uma falsa simpatia. — Prazer. — Bruna fala se oferecendo. — Prazer só na cama Ruiva. — o tal João fala e tento não fazer cara de nojo. — Na sua ou na minha? — arregalo os olhos, essa Maria fuzil, não pode ver um bandido que já quer dar. — Onde você quiser ruivinha. — ele pisca interessado. — Vai ter baile hoje, cola lá que nós conversa. — Tô colada. — Bruna já está falando igual a eles, onde foi que eu errei. Eles se despedem e seguimos para o mercado. — Vai mesmo nesse baile? — pergunto — Nós iremos — Me inclui fora disso, eu vim aqui em missão e não para me divertir. — Pensa bem, Ph vai está lá, é sua chance de começar a se aproximar dele. — Eu já tenho tudo planejado, estudei toda a vida dele, sei que ele tem uma irmã, e ele mima ela demais, é o seu maior orgulho. É nela que eu tenho que focar, eu farei amizade com ela, e assim entrarei na casa do monstro sem levantar suspeitas. — Não vai fazer mal a menina Any, ela não tem culpa. — Eu não sou o Ph que mata famílias. Eu matarei apenas ele, a garota vai servir de isca. — Garota esperta, que orgulho da minha policial. — Fala mais alto, acho que o morro não ouviu. Se liga Bru, qualquer vacilo já era. — Eu sei, e cadê suas armas? — Estão bem escondidas. Fui caminhando e observando, as coisas mudaram tanto por aqui, está tudo tão moderno e limpinho. No tempo que morei aqui era tudo um caos. Começamos a fazer as compras e fico impressionada como aqui tem de tudo. Bruna foi pra fila pagar, e eu fui na sessão de chocolates, porque minha vida sem doces não é mole não, eu viro um capeta. Estava a procura de meu chocolate favorito, quando esbarro em uma garota. — Perdão. — Ta cega piranha? — ela me xinga e fico indignada. — Me chamou de que? — Além de cega é surda? Eu tentei ser educada pedindo perdão, mas ela mexeu com quem não devia. — Olha aqui sua recalcada, piranha é você. — Tu ta falando com a fiel do dono do morro. — Tô morrendo de medo da marmita de bandido. — Vou mandar meu namorado raspar sua cabeça piranha, ninguém fala assim com a fiel do dono do morro. — Fiel do meu irmão Tati, só nos seus sonhos de cadela no cio. — vejo uma menina aparecer e a reconheço imediatamente. — Oi cunhadinha. — Se liga que tu é só um lanchinho do meu irmão — Que isso Sofya, o seu irmão não vai gostar de saber que tu ta me humilhando assim. — Ele não vai gostar de saber que tu ta pagando de fiel. Então essa é a irmã do Ph, mais bonita pessoalmente do que por foto. Vejo a tal Tati sair bufando e xingando até a sexta geração da Sofya. — Desculpa pela Tati, ela se acha a fiel do meu irmão. — Tudo bem, eu sou Any. — Eu sou Sofya, você é a nova moradora que todos estão falando? — Estão falando de mim? — "As novas moradoras são gostosas demais, eu pegava fácil", e isso não é nem a pior coisa que ouvi. — Nossa que escrotos. — Nem me fale, odeio homem assim. — Pelo que entendi, seu irmão é um deles. — vou fingir que não sei quem é o irmão dela. — O Phellipe é tão escroto quanto os outros, ele pega todas e tem todas que quer, só porque ele é o dono do morro. — Seu irmão é o dono do morro, que legal. — finjo uma empolgação. Logo a Bruna chega. — Menina que treta foi essa, eu estava na fila comendo o salgadinho e assistindo. — Tu comeu todo MEU salgadinho. — A treta estava boa, e eu precisava de algo para mastigar. — Mas tinha que ser o MEU salgadinho. — Na falta de pipoca. Vejo Sofya rir... Hum já consegui o primeiro passo. — Sofya, essa é minha irmã Bruna. Bru essa é a Sofya, irmã do dono do morro. Elas se cumprimentam e ficamos batendo papo. — Tenho que ir, vai ter baile hoje a noite, vocês vão? — Claro. — falo sorrindo. — Nos encontramos lá. — ela nos abraça e sai — Claro? Pra quem disse que não iria ao baile. — Bruna fala. — Agora eu vou, preciso conquistar a amizade da Sofya. Nesse baile conhecerei o temido Ph, temido pelos outros, porque por mim, tenho até pena quando eu colocar as minhas mãos nele.PHSou o cara mais temido e odiado, nunca fui de pegar leve, eu mato mesmo, e se bobear eu ainda faço uma sopa com os resto.Quando eu fiz 18 anos, decidi que eu queria ser o dono do morro Senegal, eu queria acabar com a vida do maldito do Terror. Passei dias planejando invadir, e quando chegou o dia, eu fiz a porra bonita, e logo matei a mulher do Terror na frente dele, e logo depois o matei. Mas ainda tinha a herdeira do morro, Anyelle, eu tinha que dar um jeito nela também, eu não podia permitir que a garota no futuro tomasse o que agora é meu, óbvio que não iria matá-la, era só uma criança, no mínimo eu a mandaria pra longe, para ser cuidada por alguém de confiança, mas a porra saiu do controle, quando o sub conseguiu fugir e levar a menina, logo fui informado de que mataram ele, e a garota sumiu, procurei ela por dias e até meses, mas a garota parece que evaporou. Até que eu acabei deixando pra lá, uma garota não iria conseguir tomar meu morro, e se tentasse dessa vez eu não teri
PH Tive um sonho estranho, sonhei que eu estava deitado em uma cama e alguém apontava a arma para minha cabeça. É cada coisa sem noção que sonhamos, nunca que vão me matar, ainda mais em uma cama. Me levantei e tomei outro banho, pois esqueci de ligar o ar e acordei com um calor desgraçado. Me arrumei e devo admitir que estou gato demais. ... Eu já estava no camarote, bebendo e com uma puta no colo. Até que percebo uma movimentação estranha na entrada do baile, me levanto e fico na grade do camarote, para ver que porra era. Quando eu vejo uma linda morena, e uma ruiva bem linda também. Maas a morena me chamou atenção, elas entraram e todos os caras ficaram olhando. Porra de menina linda é essa. Logo vejo elas abraçarem minha irmã. A Sofya conhece ela? Será que são essas as novas moradoras. — DG vem aqui. — Fala chefia — Aquelas que são as novas moradoras? — Sim, a morena é a Any, a ruiva deve ser a irmã dela. — Gostosa. — falo interessado — Que droga ela ta pensando usan
Anyelle 10 anos Antes— Estão invadindo o morro, filha vai para o quarto blindado, e só abra a porta quando eu, ou seu padrinho aparecer.— E a mamãe?— Já mandei uns vapores procurarem ela, fica calma minha princesa, o papai vai voltar.Ele sai e eu me tranco no quarto blindado, começo a chorar desesperada. Já aconteceu várias invasões, e meu pai sempre vence. Mas dessa vez eu me sinto angustiada. Escuto tiros cada vez mais altos, e me encolhi com medo.Alguém bate na porta e eu me assusto.— Filha abre, é a mamãe.Abro a porta e abraço a mamãe, ela estava junto com um vapor.- Entra patroa, e já sabe, não abram a porta para ninguém.Fico abraçada a minha mãe, e choramos juntas.— Filha me escuta, não saia daqui por nada.— Onde vai mamãe?— Vou atrás do seu pai, sinto que ele precisa de mim.— Não vai mamãe, tem muito tiro.— A mamãe sabe se defender amor, fica aqui, eu já volto, e vou trazer seu pai junto.— Não mamãe .— Filha, você já tem 13 anos, é
Anyelle Meu sangue ferveu na hora, comecei a chorar desesperada. Desgraçado maldito! Fiquei no chão chorando, até que a porta se abre, e uma Bruna com sangue nos olhos aparece, mas ainda são dez da noite. — O que aconteceu? — Fui demitida — Nossa sinto muito, o que houve? — Eu tive uma leve discussão com um cliente. — Leve? — Ta, eu soquei a cara do imbecil, mas ele passou a mão em mim. — Que absurdo. — Minha única preocupação agora, é como vamos nos sustentar. — Eu vou embora — O que, nem pensar, pra onde você vai, eu sou responsável por você agora. — Eu não posso viver a suas custas Bru. Eu preciso me virar. — E pra onde a senhorita pensa em ir. Sua única família ta de baixo de sete palmos... Ah Any me desculpa, as vezes não controlo minha língua. — Tudo bem Bru, é a realidade. — Você não vai embora. — Mas eu só tenho 13 anos, ainda não posso trabalhar, como vou te ajudar. — Vamos dar um jeito, eu irei procurar outro emprego. A Bruna é uma pesso
Anyelle Dez anos depois — Subtenente Soares, precisamos de você agora. — corro até o general. — Uma ameaça de bomba no centro da cidade. — Entendido general. Fomos em direção ao local, chegando lá, havia muitas pessoas em pânico. Isso sempre acontece em Londres, esses terroristas acham que mandam no pedaço, mas quem manda sou eu. Eu sou respeitada na corporação, consegui tudo que queria, e cheguei bem mais longe do que sonhei. Meu foco a oito anos atrás, era ser uma simples policial, mas olha como a vida tem sido generosa comigo, acabei crescendo e me tornando subtenente, e uma das melhores. Hoje aos 23 anos, penso em como minha vida mudou, e meu desejo de vingança só aumentou. Mas as coisas não foram tão fáceis assim. Quando cheguei em Londres, tive muita dificuldade em aprender o idioma. Eu só tinha 13 anos, e digamos que sofri muito bullying na escola, não bastava a desgraça que estava minha vida, ainda piorou. Não conseguia fazer amizades, eu era uma menina traumat
Anyelle Alguns dias se passaram e já estávamos a duas semanas no Brasil, resolvi tudo durante esses dias, com a ajuda de alguns polícias brasileiros, consegui documentações falsas, e uma historia para ser contada quando encontrar Ph, sei que ele vai me investigar antes de permitir que eu more no morro, por isso armamos tudo. Estávamos hospedadas em um hotel, e hoje eu iria no morro, tentarei alugar uma casa. Peguei um táxi e desci na entrada do morro. Meu Morro, isso tudo vai voltar a ser meu. Uns caras mal encarados me barraram, pelo visto não será tão fácil assim entrar. Mas o que importa é que estou de volta ao morro, e terei minha Doce Vingança. Encaro esses brutamontes que acham que me põem medo. Coitados! Como eu preciso parecer uma menina frágil e inocente, dou uma de medrosa. — Bom dia, eu queria saber se posso alugar uma casa. —E o que faz uma patricinha querer morar aqui? — Não sou patricinha, por favor me deixa subir, aqui é o único lugar que eu posso pagar, estou nes