Quando Rick vira o corredor, vê – Stella, empurrando a porta. Eles correm o mais rápido que pode. Quando chega na porta, ele vê Stella com a arma apontada diretamente para Lorena. O ambiente estava pesado, a tensão no ar era palpável. O som dos passos de Rick se misturava com os gritos de Stella, e a situação parecia se arrastar em câmera lenta.
– Stella, larga a arma! – Rick gritou, a voz cheia de autoridade, mas também de desespero.
Stella, ao ouvir a voz de Rick, virou-se lentamente, um sorriso torto no rosto, mas com os olhos cheios de raiva.
– Que bom que você está aqui, Rick. Assim, pelo menos, você vai ver o que vou fazer com essa vadia. Vou matar ela. – Ela falou com veneno nas palavras.
– A única que vai morrer aqui hoje, é você Stella.
Rick, sem hesitar, fez o que era necessário. El
Do lado de fora do hospital, o ambiente estava carregado de tensão. Lorena estava abraçada a Rick, sua respiração ainda ofegante, sentindo o calor do corpo dele confortando-a, mas também tentando afastar o medo do que havia acontecido dentro do hospital.Eles estavam em pé na entrada, tentando se recuperar, quando um homem se aproximou. O som das suas botas pesadas no piso molhado ecoava enquanto ele se aproximava, e Lorena olhou para ele.– Rick, meu amigo, se me permite, gostaria de conhecer a sua noiva. – Bruno disse, com um sorriso amistoso, mas cansado.– Claro, meu amigo. Bruno, essa é Lorena. – Ele colocou a mão nas costas dela, quase como se a estivesse protegendo.– Lorena, prazer em te conhecer, apesar das circunstâncias tão... difíceis. – Ele estendeu a mão. Ele parecia tão cansado quanto todos os outros, mas havia algo reconfortante na sua presença.– Prazer em conhecê-lo também, Detetive Bruno. – Lorena, com um sorriso tímido, ainda pr
No caminho de volta para a casa de Rick, Lorena se sentia um pouco mais calma.Lorena estava adormecida no banco do carro, o som suave dos pneus rolando sobre o asfalto quebrava o silêncio da manhã. O ar fresco que entrava pela janela do carro tinha um leve cheiro de chuva, e a cada curva, o silêncio era apenas interrompido pelo som suave da respiração de Lorena. Ela estava em um sono profundo, provavelmente ainda abalada pelos acontecimentos do hospital.Quando o carro finalmente parou em frente à casa de Rick, ele não hesitou. Rick a pegou no colo, sentindo o peso dela em seus braços, e a carregou para dentro da casa. A casa estava silenciosa, com apenas a luz suave das janelas iluminando o caminho até o quarto. Rick a deitou cuidadosamente na cama, e, ao perceber que ela ainda estava profundamente adormecida, decidiu acordá-la com suavidade.— Meu amor, chegamos em casa. — A voz de Rick foi suave, quase como um sussurro.Lorena, ainda com os olhos semi
Ao entrar no escritório, o cheiro de couro velho e madeira polida o envolveu, misturando-se ao leve aroma do tabaco que sempre o acompanhava. Rick se aproximou da mesa de mogno, pegou uma garrafa de whisky e serviu-se generosamente. A bebida desceu quente pela sua garganta, mas não ofereceu o alívio que ele procurava. Sem pressa, acendeu um cigarro, o cheiro do tabaco misturando-se ao do whisky e preenchendo o ar. Ele tragou profundamente, deixando a fumaça escoar lentamente de seus pulmões, os olhos fixos nos papeis sobre a mesa. Os pensamentos eram como pedaços dispersos de um quebra-cabeça, difíceis de conectar. Ele tentava entender o que realmente aconteceu no hospital, o que realmente estava em jogo.O som de um leve toque na porta interrompeu seus pensamentos. Ele não se virou de imediato, apenas levantou a cabeça.— Pode entrar. — A voz de Rick foi grave, sem emoção, como uma cortina de fumaça, apagando qualquer traço de dúvida ou cansaço.A porta se abri
Rick não resistiu e a puxou para um abraço apertado, enterrando o rosto nos cabelos dela e beijando sua cabeça com carinho.— Meu amor, eu te amo tanto. Nem imagino viver sem você. Eu estava desesperado já. — Ele sussurrou, seus braços apertando Lorena de uma forma que parecia proteger, mas também exprimir todo o amor e a dor que ele sentia.Lorena, ainda um pouco emocionada, olhou para ele com ternura.— Eu também tive muito medo, amor. Eu te amo. — Ela disse, com um suspiro, enquanto ele a mantinha em seus braços. — Agora vai se vestir, estou morrendo de fome.Rick soltou um sorriso, percebendo a mudança de foco de Lorena, mas sabia que ela estava precisando desse momento mais leve.— Imagino que esteja com fome, dormiu o dia todo praticamente. — Ele disse, a voz suave, mas com uma leve diversão.Lorena riu suavemente, dando um empurrão carinhoso nele.— Então preciso me alimentar bem, né? — Ela disse, com um sorriso travesso.<
Rick, com os olhos fixos nela, hesitou por um momento. Ele sabia que essa pergunta poderia abrir antigas feridas, mas não havia mais como evitar.— Melissa foi... — Ele começou a falar, mas foi interrompido por Lorena, que, com um tom mais exigente, falou.— Nem pense em mentir, me fale a verdade. Quem foi ela? O que você fez com ela? — A impaciência em sua voz era clara, o tom desafiador.Rick a olhou com um suspiro. O peso de sua resposta seria mais um fardo a carregar, mas sabia que não havia mais como esconder.— Melissa foi uma vadia com quem eu transei algumas vezes. Mas ela disse que queria ser minha vadia exclusiva... Mas eu sempre deixei claro para ela que eu não queria um relacionamento. — Ele fez uma pausa, seu olhar se perdendo no vazio por um momento. — Mas os dias passaram, e ela sempre estava disponível para mim.Lorena o olhou com uma mistura de raiva e decepção.— E o que mudou? — Ela perguntou, com a voz baixa, mas cortante
Rick olhou para Lorena, ainda tentando processar a decisão dela. Seu olhar estava mais sério do que nunca, uma leve fumaça de seu cigarro ainda se dissipando no ar do escritório. O silêncio entre eles foi pesado, até que ele finalmente falou:— Lorena, tem certeza? — Sua voz baixa refletia a preocupação genuína que ele sentia.Lorena, com a expressão firme e decidida, olhou diretamente nos olhos dele, sem hesitar.— Absoluta. — Ela respondeu com convicção, seus olhos brilhando com uma intensidade perigosa.Rick soltou um suspiro, claramente surpreso com a força da decisão dela. Ele já sabia que Lorena era determinada, mas nunca imaginou que ela fosse tomar o controle de uma maneira tão drástica.— Tudo bem, daqui a dois dias você começa as aulas. — Ele falou, tentando manter a calma.Lorena se aproximou um pouco mais de Rick, seus passos leves no chão de madeira do escritório. Ela cruzou os braços com um sorriso leve nos lábios, mas com uma
O hospital estava mergulhado em sua calmaria habitual, apenas o som distante dos monitores cardíacos e o murmúrio dos funcionários preenchiam os corredores. Lorena Fischer aproveitava esse breve momento de paz em sua sala, organizando alguns relatórios, quando uma voz grave e furiosa cortou o silêncio.— Cadê o médico? Não tem médico nessa porra não?! — A voz ecoou pela recepção, carregada de impaciência e fúria.Camila, a enfermeira, ergueu o olhar, mantendo a postura profissional.— Senhor, por favor, acalme-se. Em que posso ajudá-lo?O homem à sua frente não parecia disposto a ouvir. Sua mandíbula estava travada, os olhos intensos como lâminas afiadas, e a presença dele exalava autoridade.— Eu quero a porra de um médico AGORA!Lorena franziu a testa ao ouvir a discussão. Saiu da sala com passos firmes, sentindo a tensão no ar aumentar a cada segundo. Assim que chegou à recepção, seus olhos captaram a cena. Um homem de terno preto, ombros largos e expressão feroz dominava o espaço.
A sala estava silenciosa, exceto pelo bip ritmado dos monitores cardíacos e pelo sutil zumbido do ar-condicionado. O cheiro de antisséptico ainda dominava o ambiente, misturando-se ao leve aroma metálico de sangue seco. Lorena examinava o paciente, conferindo seus sinais vitais, quando um movimento brusco fez seu coração disparar.Gustavo Maxwell agarrou seu braço com força inesperada.— Ai, meu Deus! — ela exclamou, recuando levemente. — Você quase me mata de susto!Os olhos dele estavam confusos, piscando várias vezes antes de se fixarem nela.— Onde eu estou? — sua voz saiu rouca, carregada de sono e desorientação.Lorena sorriu, profissional, mas aliviada.— Sou a Dra. Lorena. Que bom que você acordou. Seu amigo já estava surtando porque não deixei ele te ver.— Por quê? — Gustavo franziu a testa, ainda tentando processar a informação.— Você passou por uma cirurgia bem delicada e ficou inconsciente por dois dias.— Dois dias? — ele repetiu, incrédulo. — Com certeza o chefe deve e