Stella, do lado de fora, ainda mais ameaçadora — Lorena, abra essa porta. Sei que você está aí dentro. Não vai aparecer não? Se você não sair daí eu vou começar a matar um por um nesse hospital! – Stella gritou com uma raiva que parecia atravessar as paredes.
Rick, com a voz agora mais grave, já sabendo da situação — Lorena, é a Stella? – Ele perguntou, já sentindo o perigo.
Lorena, com o medo tomando conta de seu corpo — Sim... Rick, eu estou com medo. – Ela respondeu, a voz quebrando um pouco.
Rick, tentando acalmar e ao mesmo tempo avisar — Lorena, fique escondida. Não abra essa porta. Eu estou chegando.
Lorena sentiu o peso das palavras dele, sabendo que Rick não estava brincando. A sensação de alívio misturado com medo a dominava.
— Cami, o Ric
Dentro do hospital...O ambiente dentro do hospital estava tenso e opressor. Stella, furiosa e determinada, havia finalmente conseguido abrir a porta da sala onde Lorena e Camila estavam se escondendo. Porém, as duas, com instinto de sobrevivência, conseguiram escapar rapidamente pela janela antes que Stella as alcançasse. O cheiro de desinfetante misturado com o medo estava no ar, e o som dos passos apressados de Lorena ecoavam pelos corredores deserta, interrompidos apenas pelos gritos ameaçadores de Stella.— Não fuja, Lorena! Não fuja, porque vai ser pior... — Stella, gritando, com raiva.Lorena corria, a respiração entrecortada pela tensão. Suas lágrimas desciam, misturadas ao suor da correria, mas ela não podia parar. As pernas tremiam e o coração batia forte no peito, como se quisesse saltar. O medo tomava conta dela, mas a necessidade de escapar a mantinha em movimento.— Sua vadia, filha de uma...
Rick se aproximou do seu carro, estacionado em frente ao hospital, com o cheiro de pólvora e sangue ainda no ar. A manhã estava fria, e o silêncio, interrompido apenas pelos passos apressados de alguns policiais e médicos, parecia pesar sobre ele. Gustavo havia levado Lorena até o carro, e Rick sentiu uma mistura de alívio e angústia ao vê-la ali, viva, mas marcada pelo terror da noite. Ele tirou o terno que estava sujo de sangue, sentindo o peso da tensão diminuir um pouco, mas o medo ainda era palpável.Ao se aproximar de Lorena, que estava sentada no banco do carro, ela se levantou rapidamente, se jogando em seu colo, seus ombros tremendo com o peso das lágrimas que finalmente começaram a cair. O cheiro de perfume suave dela misturado com o leve odor de desinfetante do hospital estava em sua pele, e o toque de suas mãos frias nas dele trouxe um alívio imediato.– Meu amor, calma, já passou. – Ele disse, com a voz rouca e calma, acariciou seus cabelos com carinho, te
Quando Rick vira o corredor, vê – Stella, empurrando a porta. Eles correm o mais rápido que pode. Quando chega na porta, ele vê Stella com a arma apontada diretamente para Lorena. O ambiente estava pesado, a tensão no ar era palpável. O som dos passos de Rick se misturava com os gritos de Stella, e a situação parecia se arrastar em câmera lenta.– Stella, larga a arma! – Rick gritou, a voz cheia de autoridade, mas também de desespero.Stella, ao ouvir a voz de Rick, virou-se lentamente, um sorriso torto no rosto, mas com os olhos cheios de raiva.– Que bom que você está aqui, Rick. Assim, pelo menos, você vai ver o que vou fazer com essa vadia. Vou matar ela. – Ela falou com veneno nas palavras.– A única que vai morrer aqui hoje, é você Stella.Rick, sem hesitar, fez o que era necessário. El
Do lado de fora do hospital, o ambiente estava carregado de tensão. Lorena estava abraçada a Rick, sua respiração ainda ofegante, sentindo o calor do corpo dele confortando-a, mas também tentando afastar o medo do que havia acontecido dentro do hospital.Eles estavam em pé na entrada, tentando se recuperar, quando um homem se aproximou. O som das suas botas pesadas no piso molhado ecoava enquanto ele se aproximava, e Lorena olhou para ele.– Rick, meu amigo, se me permite, gostaria de conhecer a sua noiva. – Bruno disse, com um sorriso amistoso, mas cansado.– Claro, meu amigo. Bruno, essa é Lorena. – Ele colocou a mão nas costas dela, quase como se a estivesse protegendo.– Lorena, prazer em te conhecer, apesar das circunstâncias tão... difíceis. – Ele estendeu a mão. Ele parecia tão cansado quanto todos os outros, mas havia algo reconfortante na sua presença.– Prazer em conhecê-lo também, Detetive Bruno. – Lorena, com um sorriso tímido, ainda pr
No caminho de volta para a casa de Rick, Lorena se sentia um pouco mais calma.Lorena estava adormecida no banco do carro, o som suave dos pneus rolando sobre o asfalto quebrava o silêncio da manhã. O ar fresco que entrava pela janela do carro tinha um leve cheiro de chuva, e a cada curva, o silêncio era apenas interrompido pelo som suave da respiração de Lorena. Ela estava em um sono profundo, provavelmente ainda abalada pelos acontecimentos do hospital.Quando o carro finalmente parou em frente à casa de Rick, ele não hesitou. Rick a pegou no colo, sentindo o peso dela em seus braços, e a carregou para dentro da casa. A casa estava silenciosa, com apenas a luz suave das janelas iluminando o caminho até o quarto. Rick a deitou cuidadosamente na cama, e, ao perceber que ela ainda estava profundamente adormecida, decidiu acordá-la com suavidade.— Meu amor, chegamos em casa. — A voz de Rick foi suave, quase como um sussurro.Lorena, ainda com os olhos semi
Ao entrar no escritório, o cheiro de couro velho e madeira polida o envolveu, misturando-se ao leve aroma do tabaco que sempre o acompanhava. Rick se aproximou da mesa de mogno, pegou uma garrafa de whisky e serviu-se generosamente. A bebida desceu quente pela sua garganta, mas não ofereceu o alívio que ele procurava. Sem pressa, acendeu um cigarro, o cheiro do tabaco misturando-se ao do whisky e preenchendo o ar. Ele tragou profundamente, deixando a fumaça escoar lentamente de seus pulmões, os olhos fixos nos papeis sobre a mesa. Os pensamentos eram como pedaços dispersos de um quebra-cabeça, difíceis de conectar. Ele tentava entender o que realmente aconteceu no hospital, o que realmente estava em jogo.O som de um leve toque na porta interrompeu seus pensamentos. Ele não se virou de imediato, apenas levantou a cabeça.— Pode entrar. — A voz de Rick foi grave, sem emoção, como uma cortina de fumaça, apagando qualquer traço de dúvida ou cansaço.A porta se abri
O hospital estava mergulhado em sua calmaria habitual, apenas o som distante dos monitores cardíacos e o murmúrio dos funcionários preenchiam os corredores. Lorena Fischer aproveitava esse breve momento de paz em sua sala, organizando alguns relatórios, quando uma voz grave e furiosa cortou o silêncio.— Cadê o médico? Não tem médico nessa porra não?! — A voz ecoou pela recepção, carregada de impaciência e fúria.Camila, a enfermeira, ergueu o olhar, mantendo a postura profissional.— Senhor, por favor, acalme-se. Em que posso ajudá-lo?O homem à sua frente não parecia disposto a ouvir. Sua mandíbula estava travada, os olhos intensos como lâminas afiadas, e a presença dele exalava autoridade.— Eu quero a porra de um médico AGORA!Lorena franziu a testa ao ouvir a discussão. Saiu da sala com passos firmes, sentindo a tensão no ar aumentar a cada segundo. Assim que chegou à recepção, seus olhos captaram a cena. Um homem de terno preto, ombros largos e expressão feroz dominava o espaço.
A sala estava silenciosa, exceto pelo bip ritmado dos monitores cardíacos e pelo sutil zumbido do ar-condicionado. O cheiro de antisséptico ainda dominava o ambiente, misturando-se ao leve aroma metálico de sangue seco. Lorena examinava o paciente, conferindo seus sinais vitais, quando um movimento brusco fez seu coração disparar.Gustavo Maxwell agarrou seu braço com força inesperada.— Ai, meu Deus! — ela exclamou, recuando levemente. — Você quase me mata de susto!Os olhos dele estavam confusos, piscando várias vezes antes de se fixarem nela.— Onde eu estou? — sua voz saiu rouca, carregada de sono e desorientação.Lorena sorriu, profissional, mas aliviada.— Sou a Dra. Lorena. Que bom que você acordou. Seu amigo já estava surtando porque não deixei ele te ver.— Por quê? — Gustavo franziu a testa, ainda tentando processar a informação.— Você passou por uma cirurgia bem delicada e ficou inconsciente por dois dias.— Dois dias? — ele repetiu, incrédulo. — Com certeza o chefe deve e