O barco de alta velocidade de Leo estava avançando rapidamente. O homem olhava para o mar à sua frente com uma expressão séria. Ele apertou a arma em sua mão. Os homens atrás dele eram os de elites treinados pela família Santos por muitos anos, cada um capaz de enfrentar dez inimigos sozinho.Ele não estava preocupado se conseguiria resgatar Ana com sucesso. Ele só estava com medo... Com medo de que algo pudesse acontecer a ela antes que ele chegasse.- Ana, você precisa se manter firme. Estou chegando...Leo apertou a arma, um frio brilhava em seus olhos....Ana estava se escondendo no banheiro havia um tempo, que ela não conseguia nem calcular. Era apenas nesse lugar, onde ela não encontraria ninguém, que ela se sentia um pouco em paz. Mas as pessoas do lado de fora não a deixariam ficar à vontade.- Saia, saia agora!O som alto de batidas na porta veio, fazendo o coração de Ana saltar. Seu corpo começou a tremer involuntariamente, ela estava prestes a dizer algo quando a pessoa
- Foge, foge, quero ver até onde consegue ir, esqueci de te dizer, este chicote está coberto com um remédio, capaz de tornar os nervos cem vezes mais sensíveis a dor do que o normal, cada golpe que receber será uma dor insuportável!Vendo a expressão de dor de Ana, o homem ficava ainda mais excitado, agitando com mais força o chicote em suas mãos.Ana só podia se esquivar, mas o espaço do quarto era muito pequeno, repleto de objetos estranhos, ela conseguiu se esquivar uma vez, mas não na próxima.Rapidamente, o corpo de Ana ficou marcado com várias cicatrizes do chicote, o sangue penetrava, sujando toda a sua roupa, cada movimento que fazia, era como um golpe doloroso ao coração.Mas Ana nem ousava parar, este homem, ele era um louco, ela não sabia o que ele faria se a pegasse, por isso, só podia continuar fugindo inutilmente.No entanto, as feridas em seu corpo estavam cada vez mais numerosas, o rosto de Ana estava lentamente ficando pálido, por mais que persistisse, a força física t
Viu-se que suas roupas já estavam totalmente manchadas de sangue, seu cabelo estava desgrenhado e o rosto estava todo marcado de hematomas roxos e azuis.Ao ver Ana assim, Leo chegou a pensar em explodir o cruzeiro inteiro.- Ana, está tudo bem agora, estou aqui, você não vai se machucar. Leo tirou a roupa e a cobriu sobre o corpo esfarrapado de Ana.Ao sentir aquele cheiro familiar, Ana ficou meio tonta, até chegou a achar que estava sonhando.Leo...Como ele chegou aqui?Ele veio para salvá-la...Mas, ele não deveria saber que ela estava aqui...- Leo...É você?- Sou eu, não se preocupe. - Leo falou suavemente.Nesse momento, os homens que a perseguiam seguiram o rastro de sangue e encontraram Ana.Várias armas foram apontadas para Leo.- Solte essa mulher! Caso contrário, te mataremos!O olhar do homem mudou instantaneamente, tornando-se extremamente frio, ele nem pensou duas vezes, levantou a cabeça e disparou contra aqueles homens.A velocidade de Leo era extremamente rápida, tão
Leo estendeu a mão e segurou gentilmente seu corpo, impedindo-a de se mover aleatoriamente.- Estou bem!Durante a conversa, outra bala veio de algum lugar escuro e acertou diretamente nas costas dele.Leo suportou a dor silenciosamente desta vez, sem deixar escapar um gemido. Ele sabia que se Ana soubesse, ela ficaria muito agitada.Nessa hora, não podia haver erros.Os homens que Leo trouxe, vendo a situação caótica, se apressaram em se agrupar para proteger Leo enquanto ele recuava.Os tiros no cruzeiro chamaram a atenção de muitos. Alguns, nunca tendo vivenciado algo assim, cobriram a cabeça e gritaram, enquanto alguns convidados aterrorizados correram em pânico, resultando em serem feridos por balas perdidas.A situação ficou ainda mais caótica. Leo viu uma oportunidade, chamou seus homens e recuou rapidamente.Atirando enquanto recuavam, finalmente chegaram onde o barco de alta velocidade estava ancorado. Leo, carregando Ana, saltou diretamente.Sentindo a perda de peso, Ana aper
Ivan já estava à espera no cais quando recebeu a ordem de Leo. Imediatamente, ordenou que seus homens se espalhassem para verificar se havia alguma emboscada inimiga. Em seguida, chamou uma ambulância com urgência. Afinal, Leo havia dito que alguém estava ferido e precisava ser levado ao hospital o mais rápido possível.Só depois de organizar tudo isso, Leo finalmente pôde respirar aliviado.Com a diminuição do estresse, a dor de sua ferida tornou-se aparente. O homem, com os dentes cerrados, tocou discretamente a ferida em suas costas, fora da visão de Ana, e imediatamente, uma enxurrada de sangue tingiu sua roupa.Mas Leo agiu como se nada tivesse acontecido. Ana já estava bastante abalada, ele não podia deixá-la saber o quão grave era a sua lesão.O que ele havia dito era verdade, um ferimento como esse, em um lugar como este, com os recursos primitivos disponíveis, era impossível de ser tratado. Revelar isso só aumentaria o desespero.Passado algum tempo, o ferimento de Ana também
Ana sentiu uma onda de pânico, cobrindo a boca para abafar qualquer som.Ela pensou que Leo havia machucado apenas o ombro, mas, na verdade, ele também estava ferido nas costas. Este homem, contudo, não soltou um único gemido de dor, suportando todo o sofrimento silenciosamente.Por que?...Será que era apenas para que ela não se preocupasse?Os pensamentos de Ana estavam confusos. Ela observou os paramédicos levando Leo para a ambulância com cautela e só então, como que despertando de um sonho, correu atrás.- Eu também quero ir.Os paramédicos lançaram um olhar para João, que concordou com um aceno de cabeça. Somente então, eles permitiram que Ana também entrasse na ambulância.Com o fechamento das portas do veículo, o som estridente da buzina soou. Ana sentou-se ao lado, observando o médico colocar uma máscara de oxigênio em Leo com habilidade e preparar uma bolsa de sangue para transfusão.- Doutor, ele ficará bem, não é?A voz de Ana tremia, precisando desesperadamente de uma resp
Ana seguiu uma enfermeira chamada por João até a suíte VIP do hospital. Lá dentro havia um banheiro onde ela se livrou das roupas manchadas de sangue, removendo também os vestígios visíveis de sangue de seu rosto e corpo.Depois de trocar de roupa, a enfermeira lhe trouxe peças limpas. Ana suportou a dor enquanto as vestia e, seguindo suas instruções, foi fazer um exame físico.Durante todo esse processo, Ana se sentia entorpecida. Ela apenas seguia as instruções da enfermeira, fazendo o que precisava ser feito. Quanto ao seu coração, já estava na sala de cirurgia.Após o exame, constatou-se que Ana não sofreu nenhum ferimento interno grave. As múltiplas feridas superficiais, embora assustadoras à primeira vista, foram tratadas pela enfermeira, que a liberou em seguida.Ana correu de volta para a porta da sala de cirurgia, mas, ao chegar, viu que o resgate ainda estava em andamento.As mãos de Ana tremiam levemente. Ela conhecia muito bem aquela cena.Havia sido assim quando Leo pulou
O médico olhou para Ana, preocupada.- Ele teve sorte, a bala não atingiu o coração, e já não corre perigo de vida. Mas houve um certo grau de hemorragia interna, ele provavelmente vai ficar inconsciente por um tempo antes de acordar.Sabendo que Leo estava fora de perigo, Ana finalmente se sentiu aliviada.Depois de fazer mais algumas perguntas ao médico, ela correu para o quarto de Leo, onde o viu de olhos fechados, pálido e deitado na cama.Os olhos de Ana voltaram a ficar um pouco úmidos, mas ela reprimiu o impulso de chorar. João também havia chegado.Ana olhou para ele e falou seriamente.- Obrigada.Se João não estivesse esperando no cais para levar Leo ao hospital no primeiro momento, não se saberia o que teria acontecido.João viu seus olhos avermelhados e balançou a cabeça.- Não precisa agradecer, Leo é meu grande amigo, como eu poderia ficar parado vendo ele em perigo?Ana assentiu, olhando para o homem na cama. João viu o quanto ela estava focada, e sentiu um misto de emoç