Ivan olhou para a expressão séria de Leo, sabendo que o assunto era urgente, imediatamente começou a buscar por Ana.Porém, ele encontrou a mesma situação que Pedro, era impossível localizar a posição de Ana através do celular.Ivan só podia pedir para que verificassem as câmeras de vigilância da cidade, procurando se alguma tinha registrado o paradeiro de Ana, mas dessa forma, o progresso seria extremamente lento.Leo estava sentado à sua mesa, com um vestígio quase imperceptível de desordem em seu rosto. Com essa situação, era provável que Ana estivesse enfrentando algum grande problema. Ela estava... Estava bem agora?Leo não ousava pensar no pior, mas de qualquer forma, ele não pouparia quem quer que se atrevesse a machucar Ana....Cais.O barco a motor, que estava avançando rapidamente sobre o mar, finalmente parou.Juliana estava a bordo pela primeira vez em uma viagem assim, sentia-se tonta, mas estava tão preocupada que, assim que chegou perto da terra, correu desequilibrada.
Leo deixou a empresa, apressou-se até o estacionamento subterrâneo, entrou no próprio carro e partiu em alta velocidade.Ao longo do caminho, o homem acelerou ao máximo, indiferente a quaisquer infrações de trânsito, alcançando a velocidade máxima.Em pouco tempo, ele chegou ao destino.Ao sair do carro, Leo avistou João, que também estava lá, acenou com a cabeça, sem dizer nada.Depois de tantos anos de conhecimento, em situações como essa, não precisavam falar muito. Havia um entendimento mútuo entre eles.Depois de terminar a ligação, Juliana procurou um canto desapercebido, esperando que Leo chegasse. Só quando ouviu o ruído estridente dos freios, ela acordou de seu torpor.Ao erguer a cabeça, viu que ele havia chegado, e ela correu em sua direção.- Ana foi para o leilão no navio para me salvar, ela ainda está lá. Leo, você precisa encontrar uma maneira de salvá-la!Juliana explicou brevemente a situação para Leo, que franziu a testa imediatamente.Leilões em navios de cruzeiro, c
O barco de alta velocidade de Leo estava avançando rapidamente. O homem olhava para o mar à sua frente com uma expressão séria. Ele apertou a arma em sua mão. Os homens atrás dele eram os de elites treinados pela família Santos por muitos anos, cada um capaz de enfrentar dez inimigos sozinho.Ele não estava preocupado se conseguiria resgatar Ana com sucesso. Ele só estava com medo... Com medo de que algo pudesse acontecer a ela antes que ele chegasse.- Ana, você precisa se manter firme. Estou chegando...Leo apertou a arma, um frio brilhava em seus olhos....Ana estava se escondendo no banheiro havia um tempo, que ela não conseguia nem calcular. Era apenas nesse lugar, onde ela não encontraria ninguém, que ela se sentia um pouco em paz. Mas as pessoas do lado de fora não a deixariam ficar à vontade.- Saia, saia agora!O som alto de batidas na porta veio, fazendo o coração de Ana saltar. Seu corpo começou a tremer involuntariamente, ela estava prestes a dizer algo quando a pessoa
- Foge, foge, quero ver até onde consegue ir, esqueci de te dizer, este chicote está coberto com um remédio, capaz de tornar os nervos cem vezes mais sensíveis a dor do que o normal, cada golpe que receber será uma dor insuportável!Vendo a expressão de dor de Ana, o homem ficava ainda mais excitado, agitando com mais força o chicote em suas mãos.Ana só podia se esquivar, mas o espaço do quarto era muito pequeno, repleto de objetos estranhos, ela conseguiu se esquivar uma vez, mas não na próxima.Rapidamente, o corpo de Ana ficou marcado com várias cicatrizes do chicote, o sangue penetrava, sujando toda a sua roupa, cada movimento que fazia, era como um golpe doloroso ao coração.Mas Ana nem ousava parar, este homem, ele era um louco, ela não sabia o que ele faria se a pegasse, por isso, só podia continuar fugindo inutilmente.No entanto, as feridas em seu corpo estavam cada vez mais numerosas, o rosto de Ana estava lentamente ficando pálido, por mais que persistisse, a força física t
Viu-se que suas roupas já estavam totalmente manchadas de sangue, seu cabelo estava desgrenhado e o rosto estava todo marcado de hematomas roxos e azuis.Ao ver Ana assim, Leo chegou a pensar em explodir o cruzeiro inteiro.- Ana, está tudo bem agora, estou aqui, você não vai se machucar. Leo tirou a roupa e a cobriu sobre o corpo esfarrapado de Ana.Ao sentir aquele cheiro familiar, Ana ficou meio tonta, até chegou a achar que estava sonhando.Leo...Como ele chegou aqui?Ele veio para salvá-la...Mas, ele não deveria saber que ela estava aqui...- Leo...É você?- Sou eu, não se preocupe. - Leo falou suavemente.Nesse momento, os homens que a perseguiam seguiram o rastro de sangue e encontraram Ana.Várias armas foram apontadas para Leo.- Solte essa mulher! Caso contrário, te mataremos!O olhar do homem mudou instantaneamente, tornando-se extremamente frio, ele nem pensou duas vezes, levantou a cabeça e disparou contra aqueles homens.A velocidade de Leo era extremamente rápida, tão
Leo estendeu a mão e segurou gentilmente seu corpo, impedindo-a de se mover aleatoriamente.- Estou bem!Durante a conversa, outra bala veio de algum lugar escuro e acertou diretamente nas costas dele.Leo suportou a dor silenciosamente desta vez, sem deixar escapar um gemido. Ele sabia que se Ana soubesse, ela ficaria muito agitada.Nessa hora, não podia haver erros.Os homens que Leo trouxe, vendo a situação caótica, se apressaram em se agrupar para proteger Leo enquanto ele recuava.Os tiros no cruzeiro chamaram a atenção de muitos. Alguns, nunca tendo vivenciado algo assim, cobriram a cabeça e gritaram, enquanto alguns convidados aterrorizados correram em pânico, resultando em serem feridos por balas perdidas.A situação ficou ainda mais caótica. Leo viu uma oportunidade, chamou seus homens e recuou rapidamente.Atirando enquanto recuavam, finalmente chegaram onde o barco de alta velocidade estava ancorado. Leo, carregando Ana, saltou diretamente.Sentindo a perda de peso, Ana aper
Ivan já estava à espera no cais quando recebeu a ordem de Leo. Imediatamente, ordenou que seus homens se espalhassem para verificar se havia alguma emboscada inimiga. Em seguida, chamou uma ambulância com urgência. Afinal, Leo havia dito que alguém estava ferido e precisava ser levado ao hospital o mais rápido possível.Só depois de organizar tudo isso, Leo finalmente pôde respirar aliviado.Com a diminuição do estresse, a dor de sua ferida tornou-se aparente. O homem, com os dentes cerrados, tocou discretamente a ferida em suas costas, fora da visão de Ana, e imediatamente, uma enxurrada de sangue tingiu sua roupa.Mas Leo agiu como se nada tivesse acontecido. Ana já estava bastante abalada, ele não podia deixá-la saber o quão grave era a sua lesão.O que ele havia dito era verdade, um ferimento como esse, em um lugar como este, com os recursos primitivos disponíveis, era impossível de ser tratado. Revelar isso só aumentaria o desespero.Passado algum tempo, o ferimento de Ana também
Ana sentiu uma onda de pânico, cobrindo a boca para abafar qualquer som.Ela pensou que Leo havia machucado apenas o ombro, mas, na verdade, ele também estava ferido nas costas. Este homem, contudo, não soltou um único gemido de dor, suportando todo o sofrimento silenciosamente.Por que?...Será que era apenas para que ela não se preocupasse?Os pensamentos de Ana estavam confusos. Ela observou os paramédicos levando Leo para a ambulância com cautela e só então, como que despertando de um sonho, correu atrás.- Eu também quero ir.Os paramédicos lançaram um olhar para João, que concordou com um aceno de cabeça. Somente então, eles permitiram que Ana também entrasse na ambulância.Com o fechamento das portas do veículo, o som estridente da buzina soou. Ana sentou-se ao lado, observando o médico colocar uma máscara de oxigênio em Leo com habilidade e preparar uma bolsa de sangue para transfusão.- Doutor, ele ficará bem, não é?A voz de Ana tremia, precisando desesperadamente de uma resp