Devido à força excessiva, as veias das mãos de Ana se destacavam, uma clara demonstração de sua inquietação interior. Como Paulo poderia estar naquela foto? Ela conhecia todas as outras pessoas na imagem, todos eram membros da família Santos, e Paulo estava justamente entre Bruno e Rafaela. Então... eles eram uma família?Ana já havia ouvido o nome de Paulo anteriormente, mas não conseguia estabelecer uma conexão entre aquele Paulo, sempre tão modesto, e a prestigiosa família Santos. Ou talvez, por não querer acreditar que essa situação absurda estava se desenrolando em sua vida, ela jamais havia considerado essa possibilidade.Agora, no entanto, ao olhar para a foto, ao vê-lo ao lado de Leo, ela não tinha mais razões para duvidar ou fugir. Ana sentiu como se sua cabeça fosse explodir. A foto caiu de suas mãos trêmulas e som do vidro estilhaçando, ao atingir o chão, ecoou pelo quarto.Sr. Dantes, com uma sinceridade evidente em seus olhos bondosos, só queria que Ana se familiarizasse m
Juliana não pensou muito, de fato, um homem notável como Leo, teria muitas admiradoras ao seu redor, e Ana sempre teve um caráter tão inseguro.- Ana, não importa o que você decida, eu estou ao seu lado.Ao ouvir as palavras confortantes de Juliana, Ana sentiu-se um pouco mais aliviada. Ela estava sentada em um banco no jardim, olhando fixamente para as nuvens no céu.......Ao receber a notícia de que Ana havia se mudado, Paulo, sem outra opção, empreendeu uma busca incansável em diversos hospitais para descobrir o paradeiro da mãe de Ana. Por fim, o destino sorriu para esse diligente jovem. Um antigo colega de classe de Paulo forneceu-lhe informações precisas sobre o hospital em que Claudia estava internada.Paulo prontamente dirigiu-se ao hospital. Ao adentrar o quarto, seu coração pulsava levemente acelerado, mas ao pensar em Ana, ele não recuou nem por um momento.Entrando no quarto, Claudia, que acabara de verificar a pressão arterial e a temperatura, estava lendo um livro na ca
- Juliana, escute-me, eu sei que você está irritada comigo por causa da Ana, mas eu não estive bagunçando por aí, todos esses anos. Eu acompanhei o Dr. Luíz para a África, e agora ele finalmente concordou em operar a mãe de Ana. Você sabe da condição da tia, se não fosse pelo Dr. Luíz, temo que ninguém mais poderia salvá-la. Foi por falta de escolha que fiquei fora do país por tanto tempo.A explicação de Paulo fez com que Juliana suavizasse um pouco a expressão. - É verdade o que você está dizendo?- Claro, meu plano era voltar, curar a doença da tia e então pedir Ana em casamento. Olha, este é o anel que preparei.Paulo mostrou o anel no colar para Juliana. Ele parecia tão sincero que Juliana teve que acreditar que ele poderia ter tido dificuldades.Juliana suspirou, hesitou por um momento. - A gravidez da Ana foi um acidente. Ela estava trabalhando no turno da noite em um hotel quando encontrou um homem que... depois descobrimos que ela estava grávida. Mas ela tem um problema físico
Paulo teve a certeza, a figura diante dele era realmente Ana. Ela tinha mudado, se tornando mais madura do que antes, mas ainda mantinha a mesma beleza deslumbrante que o deixava incapaz de desviar o olhar.Paulo, tomado pela emoção, puxou Ana para seus braços. - Ana, peço desculpas. Estou de volta e não irei te deixar novamente.Ana, presa no abraço de Paulo, sentiu a intensidade das emoções dele. Ela estava quase sem fôlego, pressionada contra o peito dele.Sua respiração abafada, aos poucos, trouxe Ana de volta da surpresa.Ela previu um encontro com Paulo, mas não esperava que fosse acontecer tão rápido, e ainda na Família Santos.Se Leo a visse, como ela explicaria?Com esses pensamentos, Ana se debateu. - O que você está fazendo? Solte-me!Como Paulo poderia soltá-la? Em vez disso, ele a apertou ainda mais, como se quisesse fundi-la em seu corpo.- Ana, sei que está zangada. Está com raiva por eu não estar ao seu lado, por eu te deixar em perigo, por você ter passado por tantas d
Leo, com sua atenção inicialmente voltada para Ana, não conseguiu discernir a identidade do homem que se aproximava. Assim, quando percebeu Paulo avançar, agitado, tentando afastá-lo de Ana, uma pitada de surpresa se misturou à sua expressão sombria. Será que eles eram amantes?- Paulo, não foi você que sempre quis conhecer a sua tia? - A voz de Leo era tão plana quanto um lago tranquilo, mas carregava uma ameaça subliminar que fazia o coração pulsar mais forte de medo.Ana estremeceu, instintivamente querendo se afastar, mas Leo não deu ouvidos, puxando-a para perto com uma força determinada. - Aqui está, Ana, minha esposa, sua tia.Paulo ficou estático, sem palavras, incapaz de processar a informação que acabara de receber, apenas olhava fixamente para o casal à sua frente. “Sua tia, Ana”, era difícil demais para ele ligar essas duas palavras, parecia absurdo.Ana observou a expressão de surpresa misturada com medo de Paulo e fechou os olhos com dor. Este era o cenário que ela men
Ao ouvir as palavras "bastardo", o rosto de Ana ficou pálido como uma folha morta. Se pudesse, ela preferiria que Paulo nunca a visse nesse estado deplorável. Ela preferiria nunca mais vê-lo, apenas para preservar um vislumbre da imagem bela e intocada que ele tinha dela em sua memória.Paulo, ao ver a expressão de Ana tão cinzenta quanto a poeira sob seus pés, ficou estupefato. Ele nunca imaginou que seu tio, sempre elegante e respeitoso, poderia pronunciar palavras tão cruéis na presença de Ana.Quantas humilhações indizíveis ela teve que suportar nestes últimos dias? Ela era indubitavelmente uma vítima incontestável nessa situação tumultuosa. O que aconteceu, sem dúvida, deve ter sido mais angustiante para Ana do que para qualquer outra pessoa.Paulo apertou os punhos com fervor. - É a pura verdade, tio. Agora que você está ciente disso, peço-lhe encarecidamente que conceda a Ana a liberdade que ela tão merecidamente almeja.Ana nunca esperou que Paulo admitiria essa mentira diretam
Leo estava prestes a ligar o carro quando Paulo correu até ele, batendo com força na porta do carro. - Ana, desça do carro. Tio, por favor, deixe Ana ir! Leo agiu como se não ouvisse, pisou com força no acelerador e saiu rapidamente.Através do espelho retrovisor, Ana viu Paulo ser jogado ao chão pela força do carro em movimento, seu coração imediatamente apertou.Ela gostaria muito de dizer ao Paulo para não continuar a perseguição, que entre eles já não era mais possível.Mas só podia assistir Paulo correndo em vão atrás do carro de Leo.- Então, vendo ele assim, você se sente mal? Agora você está em perigo, é melhor pensar em si mesma. Leo segurou o volante com força, sua voz transbordando de escárnio.Neste momento, Ana já não sabia o que dizer, de qualquer forma, este homem não acreditaria em nada que ela dissesse, a ferida em sua cabeça continuava sangrando, deixando Ana tonta.Mas Ana não disse uma palavra, apenas baixou a cabeça em silêncio.Apenas que, o silêncio de Ana, alé
A mão de Leo possuía uma força avassaladora, fazendo com que Ana sentisse seus ossos sendo esmagados, sendo forçada a suportar a opressão do homem.Os olhos de Leo irradiavam um brilho vermelho-sangue, enquanto ele devorava os lábios de Ana. Sua outra mão desceu sem cerimônia, rasgando suas roupas com um gesto abrupto.Ana deu um salto de susto, lutou ferozmente, mas não encontrou uma rota de fuga. Suas vestes, dilaceradas pelo ataque implacável de Leo, estavam em frangalhos, incapazes de cobrir seu corpo exposto.Um tremor percorreu todo o ser de Ana, que não pôde evitar a sensação avassaladora que a envolvia. Embora a rua, com sua monotonia noturna, não apresentasse um único espectador para o drama que se desenrolava, Leo a tratava com uma frieza perturbadora, a despeito da vulnerabilidade explicita dela. Na mente conturbada de Ana, uma questão ressoava como um grito mudo: o que ele pensava que ela era? Um mero peão em seu jogo doentio? Um objeto sem sentimentos a ser descartado ao s