Contudo, a sua resistência, frágil como a de uma mariposa lutando contra a tempestade, não apenas se mostrou inútil, mas serviu para inflamar ainda mais o ímpeto possessivo de Leo.- Que audácia, você realmente acredita que tem o direito de escolher o campo de batalha? Tão imaculada, como pode carregar um filho ilegítimo e ainda assim se casar? Ou será que sua pureza é apenas uma máscara que usa na minha presença!As palavras, afiadas como navalhas, tingiram o rosto de Ana com a cor escarlate da humilhação.- Vá embora, desapareça daqui!Desde o início, ele foi o único homem em seu coração, mas ele sempre se recusou a acreditar nela, pisoteando sua dignidade como se fosse nada mais do que poeira sob seus pés.A voz de Ana, outrora tão melodiosa, estava agora rouca e desgastada, e as lágrimas fluíam como uma fonte, inundando seu rosto e tornando-a uma imagem de tristeza inigualável.Ao presenciar tal cena, Leo se sentiu consumido pela irritação. Será que ela estava resistindo tão veemen
Depois que o carro de Leo partiu, Paulo ficou olhando por um longo tempo, até que nem mesmo a sombra do carro foi vista, então ele começou a voltar mancando.Pela primeira vez, ele sentiu-se impotente, apenas vendo a mulher que amava ser levada por outro homem, sem poder fazer nada.A cena, que acabava de acontecer, deixou seu coração em pedaços.Ele tinha que encontrar uma maneira de resgatar Ana das mãos do tio.Paulo estava completamente imerso em seus próprios pensamentos, a ponto de ignorar as buzinas frenéticas atrás dele.A pessoa naquele carro não era outra senão Rafaela.Ao saber que Paulo havia voltado, Rafaela imediatamente correu para vê-lo. Por um lado, ela queria ver seu filho, que estava longe de casa há muitos anos, por outro lado, ela queria aproveitar a oportunidade para pedir ao Sr. Dantes que fosse mais leniente com eles, por causa de seu neto.Ela estava dirigindo quando viu uma figura vestida em farrapos, mancando. O motorista tocou a buzina, mas a pessoa não pres
Ao ouvir as palavras de Paulo, Rafaela ficou com uma expressão terrivelmente feia. Ela sentiu que Paulo devia ter enlouquecido. - A situação de um tio e um sobrinho competindo pela mesma mulher seria um escândalo em qualquer família grande. Ele não estava considerando as consequências em absoluto.- Paulo! Ela esbravejou. - Enquanto eu viver, não permitirei que aquela mulher cruze a porta da nossa casa. Fique longe dela, ela é agora a mulher de Leo. Isso é incesto!Ao ouvir a palavra 'incesto', Paulo soltou a mão de Rafaela com força. - Mesmo que seja incesto, foi comigo que Ana se envolveu primeiro. Meu tio não gosta dela de verdade, então por que ele não pode deixá-la ir? Não me importo com o que os outros pensam de mim. Posso viver no exterior com a Ana!As palavras de Paulo mal haviam terminado quando Rafaela esbofeteou seu rosto com força. - Você está louco! Por causa dessa mulher, você não se importa com sua reputação, não se importa com seu direito de suceder a Família Sant
Ana adormeceu por um longo tempo, lentamente despertando, abriu os olhos e viu um ambiente completamente estranho. Só então ela se lembrou do que havia acontecido antes de desmaiar.Ana se moveu e sentiu cada centímetro de seu corpo como se tivesse sido atropelada por um caminhão, sem força alguma, com uma dor insuportável.Ela não pôde deixar de sentir um certo medo. Será que o bebê em seu ventre teria sofrido algum impacto?Ao pensar nisso, ela tentou se levantar rapidamente, mas seu corpo estava fraco e dolorido, fazendo-a cair de volta na cama.A empregada do lado de fora ouviu os movimentos dentro do quarto, entrou e, vendo que ela tinha acordado, ficou muito surpresa. - Srta. Ana, você acordou?- Meu bebê...- Seu corpo está muito saudável. - A empregada respondeu honestamente.Ana, ao ouvir que tudo estava normal, suspirou aliviada. Ela deu uma olhada ao redor e não viu Leo no quarto. - Ele não está aqui?A empregada acenou com a cabeça, e Ana se levantou imediatamente.Ela n
- Talvez seja porque ela quis sair hoje e eu a proibi, e agora ela está de mau humor. Mas o que fazer agora? - A expressão de Leo estava sombria. Esta mulher estava realmente ficando cada vez mais teimosa. Depois de tudo o que havia acontecido, ela ainda pensava em ir embora. Ela não conseguia esquecer Paulo, estava com pressa para vê-lo?- Peça ao médico para esperar, estou a caminho. - Disse Leo, seus olhos escurecendo. Ele virou o volante bruscamente, mudando a direção do carro e dirigindo para a vila onde Ana estava.Ana estava sozinha no quarto, sem outras maneiras de obter informações, então ela simplesmente olhava para a televisão à sua frente. Uma série popular, de romance escolar, estava passando, mas Ana não estava com disposição para assistir.Ela achava ridícula essa história de Cinderela que superou as barreiras sociais e acabou com o herdeiro de uma família rica. Na vida real, não havia esse tipo de amor, apenas uma série de eventos melodramáticos e problemas insignific
Enquanto falava, Ana sentiu um olhar gélido e inquisidor cair sobre ela, pousando finalmente em sua barriga. Ali, estava o filho dela e de Paulo. A intensidade do olhar de Leo era tão afiada que fez Ana estremecer involuntariamente.- Se você não se importa em tratar suas feridas, então está claro que não valoriza muito a sua saúde. Imagino que o bastardo que você carrega em seu ventre também não deve viver por muito tempo. Sendo assim, farei o papel de bom samaritano e me livrarei deste fardo para você...Enquanto falava, Leo pegou o celular, pronto para ligar para o médico. Ao vê-lo, Ana, apavorada, sentou-se rapidamente na cama. - Não! Você prometeu que não faria isso!Leo olhou para ela friamente, segurando o celular. - Desde quando você tem o direito de negociar comigo?Um calafrio agudo e gelado percorreu a espinha delicada de Ana. A maneira friamente indiferente como ele, Leo, falava sobre a possibilidade de abortar a pequena vida pulsante em seu ventre era tão casual, tão desc
Ana falou friamente, pois não podia suportar a preocupação deste homem. Quem sabe, no próximo segundo, ele não viraria as costas e negaria conhecê-la? A culpa que Leo acabou de sentir foi grandemente atenuada pela sua frieza. Parece que, se o remédio não vem das mãos da pessoa amada, ela não dá a mínima. Então, por que ele deveria se intrometer?- Nesse caso, não precisa se preocupar com os assuntos dela, basta garantir que ela viva bem. Deixando essas palavras para trás, Leo se virou e saiu imediatamente....Leo saiu da mansão, imponente, em seu carro, olhando para a estrada larga e vazia que se estendia à frente dele, parecia um espelho para seu estado de espírito. Pela primeira vez, ele sentiu uma sensação desconcertante de não saber para onde ir. A ausência do rosto familiar de Ana, que ele tanto se acostumou a ver, pairava como uma sombra sobre seus pensamentos. Agora, o mundo parecia estranhamente vazio... O homem, perdido em seus próprios pensamentos, ficou absorto por um longo
Paulo estava parado na porta da empresa, e não muito tempo depois, começou a chover. Ele não teve outra escolha a não ser ficar sob a marquise para se abrigar da chuva, enquanto mantinha um olho atento para qualquer movimento de Leo.Leo não lhe disse onde Ana estava agora e, sem ter certeza de sua segurança, ele não iria embora.A chuva se tornou mais intensa, e as roupas de Paulo logo foram molhadas pelas gotas que respingavam, mas ele não mostrou nenhum sinal de que pretendia ir embora.- Sr. Leo, o jovem Paulo ainda está lá embaixo esperando. Talvez nós... Ivan, do andar de cima, olhava para Paulo, que estava um pouco desgrenhado, e sentiu pena.- Se você tem pena dele, vá e faça-lhe companhia. Leo disse friamente.Ele estava de pé junto à janela, deu uma olhada e viu que Paulo ainda não tinha ido embora, e seu humor se tornou ainda mais irritado.Ele realmente pensava que agindo assim poderia amolecer seu coração? Que ingenuidade....Paulo estava esperando persistentemente na ch