Capítulo 107
Ao ouvir as palavras "bastardo", o rosto de Ana ficou pálido como uma folha morta. Se pudesse, ela preferiria que Paulo nunca a visse nesse estado deplorável. Ela preferiria nunca mais vê-lo, apenas para preservar um vislumbre da imagem bela e intocada que ele tinha dela em sua memória.

Paulo, ao ver a expressão de Ana tão cinzenta quanto a poeira sob seus pés, ficou estupefato. Ele nunca imaginou que seu tio, sempre elegante e respeitoso, poderia pronunciar palavras tão cruéis na presença de Ana.

Quantas humilhações indizíveis ela teve que suportar nestes últimos dias? Ela era indubitavelmente uma vítima incontestável nessa situação tumultuosa. O que aconteceu, sem dúvida, deve ter sido mais angustiante para Ana do que para qualquer outra pessoa.

Paulo apertou os punhos com fervor. - É a pura verdade, tio. Agora que você está ciente disso, peço-lhe encarecidamente que conceda a Ana a liberdade que ela tão merecidamente almeja.

Ana nunca esperou que Paulo admitiria essa mentira diretam
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