Depois do almoço, tiro um cochilo.À tarde, na hora do café o Sheik surge na sala de jantar. Eu abro um sorriso quando ele ocupa a cabeceira. Ele parece mais corado e mais animado.—yawmun sa ʾīd (Boa tarde!) —Eu digo.— yawmun sa ʾīd (Boa tarde!) É hoje que sairá com Rashid?—Sim.Ele abre mais o sorriso.—Estou muito feliz com a evolução do namoro de vocês. Rashid demonstra estar genuinamente interessado. E pelo seu olhar dá para perceber que você ama meu filho. Seus olhos brilham quando você está com ele.Allah! Meu rosto pega fogo. Sim, as imagens capturadas pelas câmeras já falavam por si. Eu lhe dou um sorriso sem graça.—Vossa majestade se preocupa muito com Rashid.—Sem “vossa majestade”, por favor. É natural. Ele já tem quarenta e um anos. Com pouco mais da metade disso, eu já tinha todos os meus filhos. Eu só fui feliz realmente quando encontrei minha Layla e formei minha família. Dinheiro não é tudo. Rashid é vazio, por isso mergulha tanto no trabalho. Ele não era feliz, at
Eu caminho em direção a eles. Rashid pega a caixa e me alcança no meio da sala. Com a outra mão pega uma das minhas e leva aos lábios, depositando um beijo demorado na palma dela.—Comprei isso para você.Ele abre a caixa. Surge um impressionante colar de brilhantes e safiras, no centro dele brincos combinando.—Lindo. —Dou um sorriso.Ele coloca a caixa em cima da grande mesa de madeira trabalhada que fica no centro da sala e retira o colar.—Vire-se.Obedeço. Sinto o gelado do colar e um arrepio com o toque dos seus dedos na minha pele.Colar no lugar, eu me viro.—Linda. —Ele diz com um sorriso, se inclina e pega a caixa e a estende aberta para mim. — Coloque os brincos. Nós já vamos.Faltam poucos minutos para às oito quando paramos em frente a uma grande construção. Parece um castelo de pedras.Não! É um castelo!Nervosa, procuro os olhos de Rashid. Ele sorri, acho que tentando me passar tranquilidade.—Essa é a casa dos Yussef. Como eu havia lhe dito, é um jantar de negócios. Su
Um garçom passa por mim e me oferece uma bebida. Eu aceito e agarro uma taça de vinho tinto. Não sou do tipo que bebe, mas quero acalmar meus nervos. Preciso beber para encarar essa gente esnobe de nariz em pé. Com certeza a dona da casa se afastou de mim, atribuindo minha presença ao lado de Rashid como algo insignificante, apenas mais uma amante que ele carrega em uma festa.Em três goles, bebo todo o vinho. Deixo a taça em uma mesa que encontro pela frente. Procuro com os olhos Rashid novamente. Ele continua no meio de uma rodinha de cinco homens. Seus olhos procuram os meus, depois desviam para o senhor Yussef e sorri para algo que ele lhe disse. Mas ele parece incomodado.Estou tão concentrada a olhá-lo que dou um pulo quando ouço uma voz feminina atrás de mim:—Olá. —Eu me viro e dou com uma mulher de olhos verdes. —Rashid te deixou sozinha?—Negócios. Ele veio por causa deles. Eu entendo.—Vai se acostumando, ele é muito requisitado. Ah, desculpe não me apresentei. Sou Valentin
Eu olho para Rashid, ele se vira e olha para mim, sua cabeça está inclinada para o lado.—O que foi? —Ele pergunta.—Eu não estou me sentindo muito bem.Eu fico olhando para ele, Rashid suspira. Se inclina e fala ao meu ouvido.—Você está nervosa com a quantidade de itens na mesa?Eu coro. Ele me olha.—Sim. —Sussurro.Rashid me dá um sorriso do tipo "está tudo bem". Então ele procura a minha mão fria embaixo da mesa e a leva aos lábios, deposita um beijo quente nela. Depois fala ao meu ouvido.—Acalme-se! Observe as pessoas e faça o mesmo.Assinto para ele.—Rashid, meu rapaz. Como está seu pai? Sei que ele não gosta de reuniões, badalações.—Sim, meu pai é quase um ermitão. Gosta do canto dele. Ele está bem. Está aposentado.Eles continuam a conversa sobre economia, enquanto os garçons servem uma sopa dourada salpicada com salsinha. Ela parece ser de batata ou mandioquinha. Observei todos pegarem a colher maior, eu faço o mesmo. A sopa é divina. Maravilhosa. Como a sopa ignorando os
E se vocêPudesse me desejar longeE se você dissesse essas palavras hojeEu imagino se você sentiria a minha faltaQuando eu fosseChegou a isso, me solteEu irei antes do amanhecerMas essa noiteEu ficarei aqui com vocêSim, essa noite eu me deitarei aqui com você, mas quando o sol atingir seus olhos pela janelaNão haverá nada que você possa fazerQuando finalizamos a dança ele me dá um sorriso sexy .—Vamos embora. Acho que essa festa já deu o que tinha que dar.Depois de breves despedidas e agradecimentos, eu e Rashid nos dirigimos para a saída. Rashid é brecado por um homem e se vira dando as costas para mim, sinto um pé na minha frente e nessa hora quase vou ao chão. A garota loira de olhos verdes que colocou o pé, sai rindo e se afasta se unindo as outras. Eu fecho a cara, e a fulmino com os olhos, achando um absurdo isso.Logo Rashid me envolve e eu me sinto mais protegida. É um alívio voltar para casa. Eu já estou mais sóbria e agradeço aos céus por isso.Lá fora, Rashid m
Seu rosto muda, ele está olhando para mim com divertimento.— Você pensa demais. Venha aqui! —Sua voz é autoritária.Eu estremeço quando ele me traz mais para ele. Seu polegar afaga meu lábio inferior, e eu deixo escapar um suspiro quando ele me puxa para mais perto ainda. Eu não luto e sou envolvida por seus braços.Sim, ele é esperto. Está se aproveitando da filmagem do corredor.—Não lute, Khadija.Sua boca toma a minha num beijo quente e urgente. Sua respiração ofegante no meu ouvido:—Eu quero você, mais que qualquer outra coisa.Ele retoma seus beijos leves antes de chegar a minha boca. Beijou-me suavemente, soltando ruídos pequenos nos cantos da minha boca. Escuto a porta se abrir e ele me empurrar para dentro.—Não, Rashid!Digo antes de entrar e o empurro para longe de mim. Ele fica a me olhar no corredor ofegante.—Se teu pai perguntar. Diga que brigamos por ciúmes. Masa'u Al-Khai.(boa noite)Fecho a porta na cara dele, me sentindo uma heroína. Não é fácil dispensar um homem
Os dias não foram fáceis com a viagem de Rashid me tornei uma garota nostálgica. Dividida entre a saudade do meu irmão e de dele. Eu me sentia muitas vezes desamparada.Rashid ocupou boa parte do meu pensamento durante os dias que ele ficou fora.Eu falei com ele todos os dias. E todos os dias atendi, tentando não transparecer na minha voz o quanto eu ficava emocionada ao ouvi-lo.Graças a Allah o sheik estava bem. Foi bom dar essa ótima notícia a ele toda vez que ele ligava. Depois disso, eu lhe contava a minha pequena rotina e só. Tudo muito impessoal, quase frio.A saudade de Rashid quer ofuscar meus objetivos de mantê-lo afastado de minha cama.Se já no meu normal não foi uma tarefa fácil, imagine agora cheia de saudade?Allah! Me ajude.Nove dias sem Rashid. É uma agonia absoluta. Eu sofro. Seriamente sofro. A casa parece tão vazia sem ele, meu coração sente-se frio. E o pior de tudo foi quando, esses dias, eu peguei Zilá vendo um jornal na cozinha. Ela fez de tudo eu não ver.
Eu não sou adepto ao celibatário. Mas quero uma mulher que condiz com minha condição social, uma mulher de família. Se possível com uma boa posição social e que não babe em mim. E isso está cada vez mais difícil de se achar.Nesses dias saí com uma mulher. Sexo sem compromisso. Anna Jones, a decoradora do meu hotel.A primeira vez que saímos foi tudo bem, eu estava muito necessitado. Há um bom tempo eu estava me virando sozinho, geralmente depois das negativas de Khadija, eu me aliviava no meu quarto ou no banho.Já na segunda vez eu não estava mais tão afoito como no primeiro dia e fiz o pior sexo da minha vida. Mecânico, tão mecânico que demorei para gozar. Minha parceira achou que eu estivesse prolongando seu prazer, mas a verdade é que eu estava quase brochando.Isso me deixou preocupado. Frustrado. Passei o dia seguinte tentando não pensar nisso, mergulhando no trabalho, aproveitando para fazer reuniões com meu staff.No terceiro e no quarto dia sem ânimo para nada, cansado, me e