Seu rosto muda, ele está olhando para mim com divertimento.— Você pensa demais. Venha aqui! —Sua voz é autoritária.Eu estremeço quando ele me traz mais para ele. Seu polegar afaga meu lábio inferior, e eu deixo escapar um suspiro quando ele me puxa para mais perto ainda. Eu não luto e sou envolvida por seus braços.Sim, ele é esperto. Está se aproveitando da filmagem do corredor.—Não lute, Khadija.Sua boca toma a minha num beijo quente e urgente. Sua respiração ofegante no meu ouvido:—Eu quero você, mais que qualquer outra coisa.Ele retoma seus beijos leves antes de chegar a minha boca. Beijou-me suavemente, soltando ruídos pequenos nos cantos da minha boca. Escuto a porta se abrir e ele me empurrar para dentro.—Não, Rashid!Digo antes de entrar e o empurro para longe de mim. Ele fica a me olhar no corredor ofegante.—Se teu pai perguntar. Diga que brigamos por ciúmes. Masa'u Al-Khai.(boa noite)Fecho a porta na cara dele, me sentindo uma heroína. Não é fácil dispensar um homem
Os dias não foram fáceis com a viagem de Rashid me tornei uma garota nostálgica. Dividida entre a saudade do meu irmão e de dele. Eu me sentia muitas vezes desamparada.Rashid ocupou boa parte do meu pensamento durante os dias que ele ficou fora.Eu falei com ele todos os dias. E todos os dias atendi, tentando não transparecer na minha voz o quanto eu ficava emocionada ao ouvi-lo.Graças a Allah o sheik estava bem. Foi bom dar essa ótima notícia a ele toda vez que ele ligava. Depois disso, eu lhe contava a minha pequena rotina e só. Tudo muito impessoal, quase frio.A saudade de Rashid quer ofuscar meus objetivos de mantê-lo afastado de minha cama.Se já no meu normal não foi uma tarefa fácil, imagine agora cheia de saudade?Allah! Me ajude.Nove dias sem Rashid. É uma agonia absoluta. Eu sofro. Seriamente sofro. A casa parece tão vazia sem ele, meu coração sente-se frio. E o pior de tudo foi quando, esses dias, eu peguei Zilá vendo um jornal na cozinha. Ela fez de tudo eu não ver.
Eu não sou adepto ao celibatário. Mas quero uma mulher que condiz com minha condição social, uma mulher de família. Se possível com uma boa posição social e que não babe em mim. E isso está cada vez mais difícil de se achar.Nesses dias saí com uma mulher. Sexo sem compromisso. Anna Jones, a decoradora do meu hotel.A primeira vez que saímos foi tudo bem, eu estava muito necessitado. Há um bom tempo eu estava me virando sozinho, geralmente depois das negativas de Khadija, eu me aliviava no meu quarto ou no banho.Já na segunda vez eu não estava mais tão afoito como no primeiro dia e fiz o pior sexo da minha vida. Mecânico, tão mecânico que demorei para gozar. Minha parceira achou que eu estivesse prolongando seu prazer, mas a verdade é que eu estava quase brochando.Isso me deixou preocupado. Frustrado. Passei o dia seguinte tentando não pensar nisso, mergulhando no trabalho, aproveitando para fazer reuniões com meu staff.No terceiro e no quarto dia sem ânimo para nada, cansado, me e
Sentei-me à sombra do guarda-sol, pensando nas horas livres que tinha pela frente, repassando a conversa que tive com Rashid uma semana atrás, sobre desligar as câmeras internas e dar a desculpa para o seu pai que elas estavam com problemas. Inalo bruscamente.E foi isso que aconteceu. Rashid mudou comigo. Não havia mais beijos de despedida e nem tomávamos café juntos. Só tínhamos algo mais íntimo nos finais de semana, quando precisávamos encerar e apenas quando o sheik estava fora do quarto. Só então almoçávamos ou ficávamos na sala na companhia de Al Jain. Às vezes Rashid dava a entender ao pai que iríamos sair mais tarde para passear, mas isso não acontecia. Tão logo o sheik ia se deitar, Rashid sumia.É claro que ele estava me evitando. Ele cansou de ser uma brasa viva e eu um balde de água fria. Allah! Eu o entendo, como entendo...Um mês depois...As semanas se passaram e surge com elas uma espécie de rotina. Todos os dias estou levantando tarde para evitar Rashid. Passo algun
—Verdade? —Ele ri de leve. Allah! Ele quer se agarra a esperança que seu pai ficará bem. Eu rio com gosto, mesmo que meu coração esteja em frangalhos. —Ontem, ele estava tão bem que quis andar na praia. A senhora Taylor não deixou. Foi difícil segurar aquele velhinho. Pareciam que tinham dado corda nele. Rashid ri mais. —Meu pai é louco. Ele sabe que não pode abusar. Eu rio. —Ele estava tão obstinado a molhar os pés no mar. E o pior! Estava chovendo. Frio, muito frio. Rashid solta o ar. —Allah! Meu pai é um cabeça dura. Parece uma mula empacada quando coloca alguma coisa na cabeça ninguém tira. Eu me senti bem em conversar com ele. Há muito tempo isso não acontecia de maneira tão leve. —Seu pai se preocupa muito com você. Sabia? Ele sempre pergunta como está nosso relacionamento. Rashid acena um sim. —Minha vida de solteiro o incomodava há muito tempo. Ele me cobrava uma atitude, eu retrucava. Então ele me calava com seu sermão cheio de conselhos, indagações, às vezes as
Rashid olha para mim, o rosto transtornado. Lágrimas abundante em seu rosto. Eu me odeio por olhar para ele e acreditar que ele é humano, e não frio e calculista com tem se mostrado e mais raiva ainda eu tenho de acreditar, por um momento que seja, que ele precisa de mim. Porque ele me olha como se precisasse agora. Ele desvia seu olhar e foca o chão. —Eu vivo um pesadelo sem hora para acabar. E se ele acabar, meu pai se foi. Entende? Eu me sinto triste com as falas dele, eu o entendo muito bem. Rashid procura meus olhos novamente. Eu assinto para ele. —Perfeitamente. Eu passei por isso. Eu sei o que está sentindo. Aperto a mão dele na minha. Rashid fica a olhar para mim. Não entendo por que não consigo manter a guarda levantada. Tudo nele agora é caloroso, suas mãos, os olhos, a voz. Meu coração se agita. —Khadija...me abrace. Eu, sem pensar, o abraço. Ele estremece nos meus braços. — Khadija. —Ele diz rouco antes de me apertar mais nos braços e em seguida tomar meus lábios
Segurando seu comprimento com uma mão, ele lentamente me penetrou. Seu olhar é intenso no meu rosto. Ele o empurrou para dentro, deslocando-se um centímetro de cada vez. Fico desorientada com a intensidade do prazer que estou sentindo. Gemo ofegante, arqueando o pescoço para trás quando ele começa a se mover. Isso é incrível penso quando sinto uma explosão de prazer que vem em ondas.Seus olhos encontraram os meus, mas eu não consigo olhá-lo por muito tempo, sentindo as vibrações dentro de mim que surgem mais profundas e mais vertiginosas.Sim! Sim! Sim! Allah! Isso é muito bom! Seus beijos quentes aceleram meus gemidos. Apertando os olhos enquanto luto para respirar.—Olhe para mim! —Rashid pede rouco.Eu abro meus olhos, mas a sensação é tão boa que fecho novamente. Ele pede novamente, aumentando o ritmo. — Olhe para mim!Abro os olhos novamente e vejo seus olhos de em chamas, seu rosto vermelho, seu suor escorrendo nas têmporas.Ele é lindo...—Nunca senti isso com ninguém. —Ele di
Ah, se ele soubesse o que ele me pede, mas é impossível resistir ao pedido tão emocionado dele.— Prometo que farei de tudo para nosso relacionamento dê certo.Os olhos do Sheik se enchem de lágrimas.—Morrerei em paz agora... —Ele diz com a voz mais fortalecida.—Que morrer nada! Não fale assim. —Digo, esforçando-me para não chorar.—Está certo. —Ele sorri. —Chame a senhora Taylor e me ajude ir para o quarto.Com certa dificuldade, o levamos para o quarto. Ele estava muito fraco. Momentos depois, na sala, começo a pensar no gesto dele. Com certeza ele tinha se esforçado para conversar comigo.Tadinho... por isso, seu pedido pesa muito na minha consciência. Contudo, eu não posso me enganar. Eu amo Rashid e não foi tão difícil fazer a ele aquela promessa.As falas do sheik instigaram minha curiosidade quanto a vida sentimental de Rashid. Então, lembrei-me de Zilá. Com certeza ela deve saber alguma coisa a respeito de seus relacionamentos. Ela trabalha há muito tempo na casa.Com esses