Ele é o Diabo
Ele é o Diabo
Por: Autora Nalva Martins
Prólogo

… Eu te prometo ser fiel, te amar todos os dias da minha vida, ser o seu melhor amigo e seu amante…

Lindo, não é?

Eu sonhei com esse dia por meses. Cada pedacinho de tule branco, cada laço de fita de seda e cada pétala de rosa. Uma igreja linda, majestosa e lotada, com todos os meus amigos presentes sorrindo de felicidade por mim, e assistindo a esse momento único em minha vida. No entanto, como eu disse que sonhei, não quer dizer que esse meu sonho se realizou, pois nesse exato momento estou em pé no espaldar da porta de uma sacristia assistindo o homem da minha vida lendo os seus votos de casamento para outra mulher, enquanto ela sorrir amplamente para ele.

Ah não, eu não paguei por esse casamento, eu não sou tão idiota assim.

O fato é que a mulher naquele altar e eu estávamos fazendo isso ao mesmo tempo e para um único noivo. E como cheguei até aqui? É uma longa história e uma história que eu faço questão de apagar dos meus pensamentos.

… Eu vos declaro marido e mulher, já pode beijar a noiva.

E foi com essas palavras que eu dei as costas para aquele altar extremamente elegante e segui linda, e bela em cima dos meus saltos altos para fora da igreja.

Demorooou!

Meus amigos gritaram de dentro de um jipe que já me aguardava na frente da igreja e sorri, erguendo os meus braços para alto, me sentindo plena e maravilhosa.

— E que venha o Havaiiií!

 Javier gritou, tocando alto a buzina do carro várias vezes e ali mesmo na calçada me livrei dos meus saltos altos, jogando-os para o alto e depois o elegante vestido cheio de brilhos, e de babados, revelando meu jeans azul-anil tamanho 46 e uma blusa tomara que caia branca que agraciava o meu busto de seios fartos. Depois, corri animada para dentro do carro.

— Pisa no acelerador, Javier!

Mirela, minha amiga de longas dadas ordenou e ele simplesmente arrancou me fazendo cair de bunda para cima dentro do veículo.

— Mas que filho da mãe! — xingo alto quando escuto as risadas de todos e logo que me ajeito no banco de trás ao lado das minhas amigas, sinto o vento bagunçar os meus cabelos, os jogando para trás e acaricia o meu rosto de modo simultâneo. Nesse exato momento, sorri me sentindo liberta.

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