(Renata Pellegrini)— Já disse, que não quero envergonhá-lo com a minha presença. — Digo mais uma vez.O meu coração dói, os meus olhos ardem pedindo para que eu libere as lágrimas, mas eu proibir-me de chorar. Não vou chorar.Filippo já deixou claro que não quer que eu tenha contato com a sua família, primeiro foi com a sua mãe: onde ele disse que eu era apenas uma amiga. Agora, depois do meu encontro com os seus irmãos, tenho a sensação que nos mudados para que eles não me vissem, já que no telefone deu a entender que eles não aceitaram a ideia de Filippo de irem para um hotel.— Já o envergonhei demais na frente dos seus irmãos. — Falo amarga, um caroço se forma na minha garganta.Estou com tanta raiva de Filippo, sinto tanta vontade de gritar, discutir e bater nele, mas não irei agir assim, não sou uma mulher louco, se as coisas continuarem como estão, apenas juntarei novamente as minhas coisas e sairei da sua vida.— Por que diz isso, ragazza? — Ele pergunta, mas fico em silêncio
Capítulo 57 (Filippo Valentini) − Você está deslumbrante! – A elogio sentindo a minha calça apertar. “Calma garoto, ainda não está na hora de rasgar esse vestido que atrapalha a nossa visão.” – Falo mentalmente para meu membro que se aperta dentro da calça com apenas a visão dela. Renata vem desfilando na minha direção, um vestido preto colado desenha todas as suas curvas, o decote não é muito revelador, mas o pouco da pele exposta já é o suficiente para me fazer salivar e querer enfiar a minha cara de novo no meio daquelas duas almofadas redondas e macias. Desço a minha vista para a parte inferior de vestido e observo a fenda mediana na lateral do vestido que deixa do joelho para baixo exposto, os seus cabelos estão soltos. − Obrigada! – Renata fala sorrindo timidamente. Estendo o meu braço para ela e ela aceita, saímos de dentro de casa. Estou a tentar manter-me calmo, eu realmente não quero levá-la, mas não consigo lidar com a frieza dela, já imagino a dor de cabeça que ter
(Filippo Valentini)Antes que o fila da puta consiga apertar o gatinho mais uma vez, eu aperto mais rápido acertando o tiro na sua mão, fazendo-o largar a arma, ele grita ao ver o seu próprio sangue e tenta correr, mas com prazer o faço parar o atingindo com um tiro em cada coxa. O bastardo cai de cara no chão, os seus gritos agoniantes são como uma melodia para mim. Aproximo-me dele e puxo o gatinho mais uma vez, acerto bem no meio da coluna o fazendo gritar e se contorcer ainda mais no chão, esse fila duma puta nunca mais vai conseguir mexer as pernas novamente.— Levem ele, mais tarde eu termino o serviço. — Falo para os seguranças que só agora entraram aqui dentro.— Sim senhor. — Eles respondem juntos, controlo-me para não atirar na cabeça de cada um deles.Corro para o altar, onde Matteo está desacordado no chão, sinto o meu coração parar por alguns instantes ao ver a poça de sangue aumentando em baixo dele. A nossa mãe segura a sua cabeça enquanto grita e chora, implorando para
(Filippo Valentini) — Você precisa comer! — Renata exclama de novo. — Não estou com fome. — Repito pela quinta vez sem olhá-la nos olhos. Desde a hora em que chegamos em casa, a única coisa que fiz foi tomar um banho e sentar-me na cama, coloquei o meu celular no centro do colchão e não tirei os olhos dele nem por um segundo. Já faz umas três horas e meia que estou na mesma posição, estou agoniando esperando por notícias. — Filippo. — Renata chama-me sentando-se ao meu lado sobre a cama. — Eu sei que você está preocupado com o seu irmão, eu também estou, mas preciso que tome pelo menos o copo de suco, não quero que desmaie de fraquejar, você está a mais de seis horas sem comer. Por favor, você pode fazer isso por mim? — Sinto a preocupação na sua voz. Desvio o meu olhar do celular e fito os seus lindos olhos, estão marejados, dá para notar o quanto ela está se segurando para não chorar, respiro fundo. Sei que ela está preocupada comigo, e é até bom sentir que alguém se preocupa se
(Renata Valentini)Tateio o lado de Filippo na cama e não o encontro, não estranho, eu nunca conseguir acordar antes dele, mesmo eu acordando às seis da manhã. Ontem eu dormir tão bem, Filippo ficou fazendo carinho em mim até o sono me consumir, eu espero que ele também tenha conseguido dormir, eu sei bem o que ele estava sentindo ontem.Balanço a cabeça, eu quero afastar as lembranças mais tristes da minha vida, a morte dos meus pais, bem na minha frente, odeio lembrar-me daquele dia.Espreguiço-me e saio da cama, com passos leves aproximo-me do banheiro, Filippo deve estar tomando banho agora. Mas, eu estranho não estar ouvindo o som do chuveiro. Giro a maçaneta e deparo-me com o banheiro escuro e vazio. ‘Será que ele está na cozinha?’ — Indago mentalmente e caminho, abro todas as portas pelo corredor, mas não o encontro em lugar nenhum da casa.Corro de volta para o quarto e pego o meu celular em cima do criado mudo, disco o número dele, mas apenas dá que está fora de área, sinto o
(Renata Valentini)“— Ao vivo, num galpão abandonado, os corpos de dois agentes do FBI foram encontrados, um homem e uma mulher, não temos informações de quem é o homem, ele está desfigurado, a mulher foi identificada como Camily Fox, chefe da equipe alpha... Um segundo... Acabamos de confirmar, foram encontrados três corpos, o terceiro é de uma mulher identificada como Verônica Lins, uma cível, ela trabalhava na empresa Computing Diamond, ela foi esquartejada, os membros do seu corpo foram queimados e...”Os meus olhos tremem e sinto a minha espinha gelar, um arrepio medonho percorre por todo o meu corpo, sinto como se o ar ficasse rarefeito dentro dos meus pulmões e eu acabo engolindo sem mastigar o biscoito, que Amanda me deu após eu acalmar-me da crise de choro no seu colo, arranhando a minha garganta. A voz da repórter fica muda nos meus ouvidos, apenas consigo ouvir o som do meu coração pulsando forte no meu peito. Camily... A mulher que estava a procurar Filippo é uma agente do
(Renata Valentini)Não consigo parar de chorar, já tem um dia que descobrir estar grávida do homem que me abandonou e que também, muito provavelmente, já está casado com outra mulher.Levei uma semana para aceitar que fui realmente abandonada, por longos setes dias, liguei a cada cinco minutos, parei apenas quando a voz feminina na linha disse que o número discado não existe. Aquilo foi como um balde de água fria na minha cabeça que insistia em dizer que ele iria voltar, iria se explicar e que continuaremos juntos.No trabalho, a Sophie sumiu no dia seguinte a discussão na sala de reuniões, perguntei ao Lucas, ele respondeu que ela voltou para o país dela junto ao marido. No horário do almoço, mesmo sem querer, acabei ouvindo umas meninas fofocando que o atual presidente (Lucas) tinha um caso com Sophie e que era por isso que ele estava tão irritado, pois a sua amante foi embora. Eu fiquei chocada, jamais imaginaria que uma mulher tão gentil como ela seria capaz de trair o marido.— M
(Renata Valentini) Uma semana depois: — Mi scusi! — ‘Com licença!’, falo com a cara ardendo de vergonha e rapidamente fecho a porta da presidência. Eu realmente não queria ter visto essa cena, meu estômago revira, as lágrimas ardem nos meus olhos. Aquela mesa... na mesma posição que aquela mulher estava, dois meses atrás eu também estava, e Filippo estava entre as minhas pernas enquanto nos beijávamos loucamente ante de irmos para a sala de reuniões. Sento-me na cadeira da minha mesa, e carinhosamente acaricio a minha barriga, eu agora estou com sete semanas de gestação e amanhã vai ser o dia em que poderei ouvir o coraçãozinho do meu bebê, ah, eu estou tão ansiosa! Novamente, sinto o meu coração se apertar, Filippo não estará comigo, ele não vai acompanhar o desenvolvimento do nosso bebê e nem o conhecer... Eu ainda sinto a falta de Filippo, mesmo tendo sido abandonada, eu queria muito vê-lo passar por aquela portar, entrar na sala da presidência, sentar na sua cadeira e dizer-me