(Filippo Valentini) Observo os móveis revirados, a minha coleção de armas espalhadas no chão, vidraças espatifadas. Mesmo tendo extravasado um pouco da raiva, ela ainda queima em mim. Encosto-me na parede e sento no chão. As imagens da dor nos olhos dela, enquanto me dizia o quanto eu não sabia de nada, das lágrimas que caiam dos seus olhos enquanto falava com a voz esganiçada, eu machuquei-a demais. Lembrar disso deixa o meu coração dolorido, estou com a respiração ofegante, sinto que estou perdendo as coisas mais importantes e me sinto impotente, isso está me deixando louco! Desde o início, eu sabia que iria machucá-la, mas eu não fazia ideia do quanto. Eu pisei no sonho dela de ser mãe, bem eu também queria que ela fosse a mãe dos meus filhos, mas não quis iludi-la, ao menos nisso, eu tentei ser transparente… mas… eu deveria ter ficado calado, arrependo-me tanto das coisas que disse a ela. Renata não merecia o que fiz. Não me seguro mais, deixo as lágrimas descerem. Nesse mome
(Renata Pellegrini) Observo os fleches de luz pelo vidro fumê da janela, um silêncio expeço paira dentro do carro, a minha mente vaguei para a lembrança da primeira vez que estive dentro do mesmo veículo que Filippo, o carro não é o mesmo daquela vez, mas assim como o outro, este tem cheiro de novo. Engulo seco, lembro das borboletas na minha barriga e do nervosismo de estar tão próxima de um homem como ele. Mas agora, é como se fosse a primeira vez, e, eu estou me odiando por isso! Por três longos dias eu ignorei-o e fugi dele, não atendi as ligações e nem retornei as mensagens, até cheguei a bloqueá-lo, troquei as fechaduras do portão e da porta para que ele não pudesse mais entrar, e agora estou aqui, dentro do carro dele. Sinto o olhar dele em mim, várias vezes, mas não tenho coragem encará-lo de volta, tenho medo do que os meus olhos dirão a ele, tenho medo de ser traída e ele descobrir que ainda sinto saudade dele. Ao vê-lo abrir aquela porta e as lágrimas brilharem nos olho
(Renata Pelegrini)— Preciso tomar banho. — Falo afastando a minha cabeça do peito de Filippo. — Quer me fazer companhia? Filippo sorrir maliciosamente, e eu sorrio cúmplice, não consigo evitar, estou a dois meses sentindo a falta de Filippo, e está dentro de mim, está incluso no pacote de saudade.Subo para o meu quarto e vou direto para o banheiro, tiro as minhas roupas e entro no box, ligo o registo do chuveiro, o contato da água com o meu corpo faz que eu relaxe, mas quando vou antes que eu consiga virar-me, Filippo prensa-me na parede e o contado do azulejo frio com os meus seios e a barriga faz eu arrepiar por inteira. — Você não faz a menor ideia da falta que eu sentia de você, piccola! — Filippo sussurra no meu ouvido e começa a fazer uma trilha de beijos do meu ombro até o meu maxilar me causando leves sensações de choques por todo o meu corpo. — Agora eu vou mostrar-te indo fundo e forte dentro de você o tamanho da minha saudade. A minha intimidade lateja com o que Filipp
(Renata Pellegrine: Um mês depois:) Hoje é o dia do meu casamento, descobrir que todos, menos ele, sabiam que eu era de verdade. A mãe de Filippo recebeu-me muito bem, ela me explicou como funcionava a casa e a hierarquia das mulheres aqui dentro. Eu e Laís nos demos muito bem, ele é uma pessoa muito doce e gentil, sinto-me triste por ela não ter conseguido gerar os próprios filhos e quando Filippo me explicou o destino da bebezinha nos braços de Laís, senti-me ainda pior. Matteo permitiu que ela continuasse com a bebê, mas disse que jamais seria filha dele e que nunca teria o sobrenome Valentini. Isso foi duro, mas pelo menos ele não arrancou a criança dos braços dela e deu para algum subordinado criar. “Eu queria que estivesse aqui, mãe, queria que o papai pudesse levar-me até o altar.” — Penso enquanto me olho no espelho. Eu ainda não consegui perdoa Dominic, mesmo agora entendo melhor a razão das suas escolhas, ainda não consigo ficar perto dele. Demétrio e eu nos aproximamos m
>Três meses depois: (Renata Pellegrini) Com os cotovelos apoiados na sacada do meu quarto, observo o céu estrelado, a noite está linda e agradável, meus cabelos soltos balançam com o sibilar do vento fresco. O som do carro de Filippo chama minha atenção e eu o vejo entrar na garagem; estou casada com ele há três meses, Filippo tem sido o melhor marido do mundo, sempre atencioso e gentil comigo. Eu sorrio e saio da varanda, pego meu roupão e o visto por cima do suéter. Não consigo andar muito rápido, mas tento ir o mais rápido que posso, abro a porta do quarto e desço o corredor, mas antes de chegar às escadas, Filippo termina de subi-las. — Você pretendia descer as escadas correndo, ragaza? — Filippo me pergunta com os olhos estreitados, em sua voz há um leve tom de reprovação. — Claro que não, marito! —"Marido", falo sorrindo para ele, que estreita ainda mais os olhos para mim. — Só vim recebê-lo em seu quarto, Sr. Valentini, siga-me, por favor — digo, dou meia-volta e volto por
Olá! Venho aqui agradecer a todos os leitores (as) que chegaram até o fim dessa história, principalmente as que vem me acompanhando desde o ano passado, que foi quando eu comecei a pública-la.@Paula; @Criatina Martins; @Grazy Soares; @Erika Santos A; @Kkgz; @Jane Aparecida Gomes Viegas Campos; ♥️🥰muito obrigada também a vocês meninas, que chegaram depois ( foi pela ordem que vi de comentários):@Socorro Miranda Cardoso; @Aline Marcelino;muito obrigada pelo incentivo durante os comentários e a interação com os personagens 😍🥰Eu não esqueci de vocês não, meninas, muito obrigada por cada comentário! @Beatriz Ramos; @Joanice Bianco Vitiello; @Paula Fernanda; @Maria da Graça Pinto; @Veronica Heerdt; @Denise de Souza; @Aline Vitor; @Valdiceia Jesus Rocha e @Simone Costa.muito obrigada a todas vocês! Amei ler cada comentário, me divertir muitos com as interações de vocês com os personagens rsrs espero que nenhuma tenha infartado ( eu li sim o comentário que dizia que ia acabar infarta
(Renata Pellegrini) Observando as nuvens, posso igualar o meu humor a elas, cinza. Parece que os dias vão passando e um vai sendo mais estressante que o outro. Preciso melhorar mais nas matérias de cálculo, não quero precisar ir para a prova final. Minha cabeça dói só de lembrar das fórmulas. "Espero não ser roubada" — penso enquanto suspiro e coloco os fones de ouvido, a música impossible de James Arthur toca e eu me permito fechar os olhos, apoiando a cabeça na janela do ônibus lotado. O trânsito hoje está como de costume, péssimo! Já são quase seis horas da tarde, e pelo andar da carruagem, só chegarei em casa por volta das sete. Que rotina horrível, levanto as quatro e meia da manhã, e só retorno às sete da noite, tudo isso apenas porque não tenho como comprar nem uma mísera lambretinha para não ter que ficar mofando no ponto do ônibus e ainda é lucro quando consigo voltar sentada.Nasci e cresci aqui, moro nessa favela há vinte e quatro anos, ela já foi um bom lugar para se mor
(Renata Pellegrini - Estados Unidos)— Você vai se sair bem — Carol tenta me passar confiança.— Obrigada por tudo, senhorita Carol — agradeço mais uma vez, mesmo que eu não consiga passar na entrevista, o que ela e a minha professora estão fazendo por mim, não consigo encontrar uma maneira digna de agradecer.Ela pisca e caminha para longe de mim, me deixando na frente desse enorme prédio.As cores azuis dominavam, mal se podia ver as partes de metal, o vidro espelhado cobria tudo como se fosse um lençol, com certeza aqui tem mais de quinze andares.Respiro fundo, não tem nem duas horas que eu pisei em terra firme e já sinto como se estivesse me afogando. Queria que meus pais estivessem vivos, queria muito poder trazê-los comigo, dá uma vida melhor para eles. Queria muito vê-los sorrindo, nem que fosse só mais uma vez…“Não é hora de ter pensamentos tristes!” — bato em minhas bochechas e estufo o peito, agora é hora de ter coragem.Abro as portas e seguro firme as alças da minha bol